Rezando e andando para não perder tempo

Hoje foi dia de consulta no Hospital. Lá carreguei a tia-velha sempre atrelada ao meu braço porque não via bem do olho. Naturalmente que tem a ajuda da bengala, mas nao é o suficiente.
No final, telefonei ao "meu senhor" para a respectiva boleia (eu sei conduzir, mas estacionar no parque do hospital leva-nos couro e cabelo, poça!).
Começo a andar e combinei um pouco afastado do lugar onde estávamos mesmo de propósito para pô-la a andar . É que se não for assim não mexe as pernas. Encetámos a corrida.
- Ainda falta muito?- perguntou arefando de cansada.
- Não. Fata um bocadinho assim. E fiz como no reclame do Danoninho.
-Ah Mê DÊs! - cramava e andava.
Ao fim de três passos mais...
-Já tá quase?
- Sim é acolá.
-Acolálém?-perguntava olhando para o fim da rua - Ai MÊ DÊS!!
- Ande, vamos, se não fôr assim não anda nada. Já sabe que comigo tem de andar.
-Mas eu ando! Tu é que não vês! - e começou na ladaínha: Quando chegares a velha vais ver o que é! A idade não perdoa". Falta muito?
- Não.
- Ai Mê Dês!
Uf...uf...

Comentários

  1. Estes diálogos com a tua tia-velha são por demais, e tens razão em fazer com que ande. Dupla responsabilidade por teres mais "uma criança" e já deu para perceber que é super mimadinha.

    ResponderEliminar
  2. Mimada, teimosa, casmurra, e acima de tudo orgulhosa.

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Como? O que disse?
Não ouvi nada.
É melhor escrever...

Mensagens populares deste blogue

Tabaibos ou figos da Índia

Usar óculos é um adereço e não uma necessidade