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A mostrar mensagens de novembro, 2014

A propósito do primeiro congresso de madastras e padrastos

Cá para mim madrasta é aquela que substitui a mãe quando ela morre. Não a nova companheira do pai. Presentemente algumas crianças têm um pai, uma mãe, uma madrasta e um padrastro. Mais uma mostra do quanto eu sou antiquada!

Eu sou aquela que entra na confeitaria e...

...não come bolos, nem um, só pergunta preços. Agradece e sai quando o empregado todo gentil pergunta se quer alguma coisa. Não, só vim conhecer o espaço.

Mantenha o seu filho longe das tecnologias

Há muito que faço uso desta frase. E hoje até cresci quando li o artigo. E para mim perguntei: "mas é necessário um estudo?" Ainda há dias, lembram-se, de ter escrito que uma certa criança só come se estiver com o tablet na mão? Aqui em casa não há telemóveis (de brincar há muitos), para crianças, nem nada que se assemelhe, embora a Pulga - a maiveilha aponte sempre as colegas, e chama-me  com a frase: "avó, tás a ver, aquela menina é mais pequena que eu e tem telemóvel". Pois minha busica, mas tu não precisas pois eu venho sempre te buscar. Só se for tabletes. Mas de chocolate. Estou a brincar, até por que não sou avó de dar chocolate nem guloseimas às minhas Pulgas. Se estiverem interessados em ler o artigo, ide, por aqui.

Se um é lindo dois é...

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Acho que ontem todos os funchalenses andaram de nariz no ar. Ver dois arco-iris é motivo de alegria. E todos nós pedimos um desejo.

Esta coisa do vento é uma treta, não é?

Não se pode andar na rua que prece que somos jogados de um lado para o outro, e os peneiros que caem deixam-nos húmidos mas com vento não há hipótese de abrir o guarda-chuva. Mas é uma treta, não é? É que, por cá, estes alertas laranja e vermelhos não surtem efeito. E depois, chuva e vento é próprio desta estação e sempre houve não de agora, pois não? Mas esta coisa do vento é uma treta, não é? Encerrar o aeroporto, desviar aviões para Tenerife, cancelar a vinda de cinco cruzeiros que trariam oito mil pessoas à região e, os comerciantes estavam à espera de fazer algum, é uma treta, não é? E nós por cá a ver as ondas no mar alto, ferozes como só elas nem estamos aflitos, a vida segue igual porque a Madeira está para estas intempéries como os Açores para os vulcões e os tsunamis para o Japão. E o mais importante é que a água não chegue aos pés da cama, que o sol brilhe e que as crianças brinquem de mangas curtas. Mas é tudo uma treta, não é? Há gente que só passa na vida d' agent

Sexta-feira negra ou dia de dar movimento ao dinheiro?

E mais uma forma de não deixar que o ordenado crie raízes no porta-moedas. Mas, se antes havia o subsídio de Natal que se recebia neste mês, e havia dinheiro, agora com ele diluído pelo ano inteiro, a carteira está igual ao mês anterior. Se faz falta dias destes durante o ano? Sim. Se é uma oportunidade de comprar mais barato? Sim, creio. Mas é aqui que imagino as filas na caixa de pagamento, os empurrões, o puxa-empurra. A sexta feira pode ser negra para quem compra, vendo o dinheiro que sai a jorros, mas será clara para os que aderiram a esta ideia quando fizerem a contabilidade. Uma forma de atrair mais consumidores atravês dos descontos e, iniciar a época das compras de Natal. Lá vai o povo aproveitar as promoções, descontos, tentando agarrar a melhor oportunidade. Quanto a mim, sentada, espero que o negrume passe.

Orgulho d' avó

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Ter alguém que faz estas tranças sem levar dinheiro algum só por que eu sou cliente, é ter alguém que nos é querido. Todo o resto vem por acréscimo. E tenho orgulho em ter estas Pulgas vaidosas que quase nem mexem a cabeça.

Só numa de...

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...matar saudades deste bicho. Já fui tão feliz nele. E já levei a família a ser feliz, porque a felicidade que sinto gosto de partilhar com os meus. E, sempre que por aqui passa bate uma saudade. E esteve na Pontinha, hoje. Tão bom cruzeirar!

Mas que enjoo!

Acabei de passar por uma madame que de tanto perfume que tinha enjoava. Mê Dês, é preciso tanto para dar um ar de sua graça? Inda por cima daqueles fortes... Fiquei com uma dor de cabeça! Agora vou ali fazer uma cura de desenjoo. Com alecrim. Para tirar este pivete. Perfume em demasia cheira mal, ou seja enjoa.

Sou, realmente, abençoada

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Apanho as Pulgas e decido passar no cabeleireiro onde sou ciliente, embora, como já referi, há muitos anos que por lá não ia, mas a amizade ficou, para apresentar as Pulgas à dona do espaço, pois que na última vez em que lá estive havíamos falado delas. Entro e digo "pronto, o prometido é devido cá estão as minhas Pulgas". Depois dos cumprimentos... 'Ai, dona Gi, sente-se para dar um jeitinho" ao cabelo, mas respondi que não tinha tempo que queria ir ao cais e a  nmãe das Pulgas estava à espera... "Não sai daqui sem dar um jeitinho, não demora muito" e já me põe o penteador segura na escova e começa. Entretanto fazem duas tranças à Baixinha e uma à Pulga maiveilha. O mê Gu-Gu a ver que nada ia chegar resolve que quer uma crista. Alta, muito alta. Depois de todos penteados, Gu-Gu feliz com a sua crista não parava de a amaciar... A Baixinha, neta de seis anos com humor sui generis, olha para o irmão e diz... Ai, rapaz pareces um ananás.

Por acaso sabem me dizer...

...onde é que está o comando da televisão? É que tenho o técnico da Zon para arranjar a box já desmontei a casa e não o encontro. De uma coisa tenho a certeza: aqui há mão de Pulga. Elas escondem para que o outro não mude de canal. Já telefonei a ver se se lembram, nada; nenhuma escondeu, nenhuma sabe...não foi uma não foi outra e não foi o buzico... Até que... Baixinha lembra-se. Ah, já sei onde está, diz ela. Claro, foi ela quem escondeu. Desta vez. Mas que Pulgas que põem a cabeça da avó pior do que já está. E o técnico agradece! Eu também, mas quando estiverem aqui vão levar uma malha de fio de luz dobrado. Olarilha! Uora se vão! Aqui há mão de Pulga, não sei é de qual!

Eu, como sempre, muito convidada

Ainda não comprei nada, nadinha de prendas de natal. Ainda não decorei nada nadinha da casa, ainda nem sei para que lado me voltar devido a tantos convites para jantar. Viro-me para um lado, lá está um convite; viro-me para o outro, ops, um convite, levanto a cabeça, mais um. É de antigas colegas....ops...colegas de profissão (não venham lá os quiduchos levantar poeira outra vez!), é de amigos, família, dos aposentados, de ginástica, do voluntariado, do póquer, da canastra e depois as missas do Parto e o mais importante: o meu aniversário...hip hip hurra. Caramba, é tudo em Dezembro? E Dezembro só tem 31 dias. Sou, realmente, uma rapariga muito socialaite.

Árvores de natal dentro de casa ainda não, obrigada

Que se enfeite os shopingues (pois que é uma manobra de marquetingue), que se decore as ruas ainda vá-que-não-vá, que nos entre em casa a publicidade através da televisão, que se faça listas imaginárias e listas de desejos, que se prepare os licores e as carnes, bem como os picles aceito mas decorar a casa com o pinheiro e a lapinha...jamé. Vivamos cada mês intensamente...aproveitemos o Novembro sem antecipar o Dezembro.  Mais dia menos dia a lapinha é enfeitada em Outubro ou no primeiro dia de aulas. Ainda hoje comi castanhas assadas. Enquanto me cheirar a outono... ...E, no meu palácio, enquanto houver castanhas o pinheiro continuará na floresta.

Não percebo nada de política

Sou, portantus, inculta neste capítulo, mas percebo de justiça. Sei que pode tardar como o frio, que ande por onde andar no inverno há-de chegar. Entendo que, num de-repente muda o governo assim como se muda de meias e, aqueles que agora esfregam mãos de satisfação, cá fora, num instantezinho estão lá dentro. É uma questão de tempo. Também acredito em manobras de diversão tanto quanto acredito em bruxas.

E o que dizer disto?

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Estou pronta para sair. Lábios pintados de vermelho escarlate, cara fresca cheia de creme anti-rugas, carteira numa mão, chave do carro na outra, olho ao espelho e sorrio. Estou bem, muito bem mesmo. Ego nos píncaros e saio. Mas algo não batia certo nem mesmo a insistência do olhar das Pulgas me alertou. Só quando coloco o pé na degrau das escadas é que o branco do calçado contrastava com a meia castanha. Oh, diacho! Oh, mulher perdida! Nãn tás bem! Tinha as chinelas de andar em casa ainda calçadas. E não fazia conjunto! Estas que, aqui, estão nos pés da Pulga-a maiveilha.

Numa de reduzir encargos

Adeus Telecines 1,2,3 e 4 e tv séries. Fomos muito felizes enquanto durou. Mas olha, o dinheiro é pouco para supérfulos e prefiro alimentar a boca que viver de ilusões; é que não prescindo de um bom vinho acompanhado de um bom queijo antes da refeição. Posso ainda vir a cortar mais mas nisso eu não corto ou não me chame avoGi-aquela-que-abre-uma-garrafa-de-vinte-euros-para-molhos.

É tão fácil ser feliz...

...Nós é que complicamos a vida com as decisões que tomamos, com as escolhas que fazemos no caminho que traçamos. Para ser feliz há que dar apreço aos momento que vivemos, encontrar prazer no que fazemos. Para ser feliz há que viver a vida consoante as nossas expectactivas e não de acordo com o que os outros pensam ser melhor para nós. Para ser feliz não podemos permitir que as opiniões dos demais nos distraiam do caminho. A vida tem um fio condutor, é a modos que um elástico preso entre os nosso dedos; pelo caminho da vida deixe-o esticar até mais não, mas não o solte. Nunca. Assim perderá o controle sobre a sua vida, deixando que os outros se apoderem da ponta do elástico. Não tente agradar a todos, essa é uma missão impossível pois que somos todos diferentes. É este o meu lema de vida. E tento aproveitar ao máximo nunca me esquecendo de mim própria só para que os outros gostem de mim. Esta sou eu e não tempo para mudar, quem quer quer quem não quer que queira.

E dizem que os homens são mais desarrumados?

Meu povo, estais enganado. Há homens tão mas tão arrumados e mulheres tão mas tão desengonçadas no que toca à arrumação. Há homens que mesmo estando num hotel para passar duas noites, assim que chegam ao quarto, mesmo ainda antes de ver as vistas, vão logo tirar a roupa da mala e colocar nos cabides tão alinhados, milimetricamente colocados, no roupeiro. Eu, mulher despachada e com outros interesses em mente deixo a mala e dirijo-me à varanda, observo as áreas circundantes, olho para as varandas a ver se tenho vizinhança, ver as vistas vá lá...só depois é que faço uma vistoria ao quarto. Cheiro os lençóis, passo a mão na cabeceira, vejo debaixo da cama, sei lá, pode ter um esqueleto...e concentro-me na casa de banho. Verifico a desinfecção, cheiro as toalhas...e depois disto olho para a mala e penso: desarrumar para quê? Está tão bem assim. Já arrumada para a saída.

E depois há aqueles momentos em que...

...reparas que estão todos entretidos e aproveitas para te sentares no trono, porque quando lá estás precisas de estar só. E, sentada ouves passos. De repente entram três Pulgas apressadas, uma que quer pentear-se, outra que quer uma mola para o cabelo e o mais novo pretende fazer chichi, e já salta e pula logo seguidas pelo macho da casa que, sabendo o quanto gostas de sossego quando obras vem atrás (das Pulgas) para que não aborreçam a avó. E, assim, a obra que ia fazer...não foi feita. E existem mais dois tronos nesta casa. Pulgas mãos chatas não há, têm de destronar a avó.

Eu indico o caminho da luz, sigam-me

Dizem que não sou a única madeirense na internet. Oh, que coisa! Eu aqui a pensar que não havia mais ninguém com internet cá no rural. Chatice! Mas de uma coisa tenho a certeza: sou a única com este blogue. E, neste reino sou a rainha, por isso, mando eu, sim? Faço e aprovo as leis também. Aqui recebo amigos, faço as honras da casa e dito as regras. Quem vier com um sorriso recebe um de volta, ou até dois vá lá, os outros que vêm com pedras na mão cá estou de peito aberto para receber e me defender como posso. Cuidado, pode fazer ricochete. Este espaço não representa os madeirenses em geral mas sim eu e as minhas Pulgas, em particular. Que fique bem claro que escrevo como quero, uso as palavras da forma que gosto. Sou como sou e não deixarei de ser quem sou só para satisfazer egos que por aqui povoam. E agora falemos de flores e da fotossíntese. Ou se preferirem, e porque estamos a um mês da Festa, de sandes de vinha d' alhos e de cebolas descabeche. Chega de amargos de boca! A

Pensar uma coisa e fazer outra

Resume-se a isto. Pensava eu que ia ter uma tarde sentada de sofá a preguiçar depois de ter dado descaminho às Pulgas, ou melhor depois de tê-las entregue aos pais, eis que, aquele com quem vou à bola, lembra-se de ir até aos píncaros da montanha captar uns momentos pois que não chove, está sol e uma temperatura que convida ao passeio. Atão esta rapariga que vos quer bem, vai ter de se levantar âncora da cadeira que já tem lomba, e acompanhar o hôme. De uma coisa tenham a certeza: vou tomar uma bela poncha. Mas estes maridos não deslargam...

Parecem bandos de pardais...

As minhas vizinhas do bairro até parece que vigiam a chuva é que, assim que dá um esteio, metem a chave da porta no dedo mindinho da mão, telemóvel última geração entre os dedos, porque as unhas de gel, compridas, com estrelinhas e corações não permitem agarrar, porta-moedas debaixo do braço, e caminho chão com elas até à tasca da esquina para aquele cafézinho em grupo. E viva a ajuda do senhor governo.

Se há coisas que adoro...

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...é poder passear pelo meu rural com as Pulgas, num dia de chuva, e ver este colorido, até parece que a natureza se deslumbrou para me receber. Aqui sim, é Outono. Tão pouco e sou tão feliz.

Eu, preconceituosa me assumo

Se por afirmar que uma educadora e uma ajudante não são colegas, se por entender que existe uma hierarquia dentro da comunidade educativa onde as auxiliares têm um papel importante, mas não são docentes, se por achar que não somos todos colegas só por que pertencemos à mesma instituição, se por não aceitar que as auxiliares tratem por tu cá tu lá as docentes, porque são mais novas, se existe um estatuto da carreira docente onde só fazem parte os professores e educadores e, sim, estes são colegas, se entendo que as docentes não são obrigadas a justificar perante as auxiliares certas atitudes da sua vida, certos comportamentos porque partilham o mesmo espaço então sim, sou preconceituosa. E se como já referi há uma hierarquia dentro da instituição é porque, afinal, há diferentes funções, se existem diferentes funções então somos colegas dos nossos pares e não de todos. Se o Sumo Pontífice é o Papa, o padre António não é colega do Papa embora pertença à mesma instituição. Ou seria papa ta

Escandalizada

Vou ao parque com as Pulgas ementes a mãe não passa para nos dar boleia mas penso seriamente em deixar de ir; é que, por coincidência, vai também à mesma hora um grupo de adolescentes e, não me incomodam que andem no balancé, nos baloiços, no escorrega, embora seja para as crianças o que me incomoda é o palavreado que usam uns com os outros. Ainda há dias ia perguntar a um deles se falam assim em casa com os pais, mas depois.. Mantive a boca fechada. E comecei a pensar se os pais também não falariam da mesma forma. E depois, sujeitava-me a ouvir umas bujardas dirigidas a mim. Não sou mulher de não dizer um palavrão, mas na boca de adolescentes dá-me uma coceira na sola do pé.

E com esta me despeço

Quando queremos dar por concluída uma conversa nada como mandar a outra pessoas "caçar grilhos". Ou então, como se diz em Câmara de Lobos, uma cidade piscatória cá do rural, "sai da minha trás". Por isso, a partir de agora discussão encerrada ali no andar de baixo. E isto é só blogues, não é?

Cada macaco no seu galho

Aquintrodia ou melhor dizendo aqui há dias, estava eu na porta do sítio onde vou dar uns pulinhos e umas carreirinhas, juntamente com o resto do maralhal que frequenta o mesmo e cumprimento uma ajudante do infantário onde a mãe das Pulgas é docente. Cumprimento-a e a senhora ao meu lado que também a conhecia pergunta-lhe. -Ah, conhece a avoGi? Ao que ela respondeu: sim, claro, é a mãe de uma colega. Eu reprimi o sorriso pois que, sem menosprezar cada qual e qualquer profissão é digna de respeito vai uma grande diferença entre educadora e auxiliar, assim como também as antigas servas do hospital agora promovidas a auxiliares, certamente, se virem a mãe do médico não dirão que é a mãe de um colega de serviço ou estarei errada? Somos todos irmãos, lá diz a Biblia, mas não temos todos a mesma profissão para sermos colegas.

Pensei que era hoje...

...que ia colocar o edredon de penas na cama, mas não. Está frio, sim, mas não o necessário para dormir com penas de galo em cima do corpo. Este frio já lembra a Festa.

Hoje bateu-me uma saudade

Às vezes fico assim, não que eu queira, mas fico. A saudade bate no coração e relembro momentos passados com aqueles cuja presença física não se faz notar. Hoje é um desses dias, quiça, porque se aproxima o Natal, época em que se reune família e amigos e, esses que partiram deixaram um lugar vago que nunca será ocupado. A minha tia-velha, a minha comadre...esta então tem-me feito deitar rios de lágrimas e, a pergunta sem resposta mantém-se. Como? Como deixaste a doença te levar? Nem um mês viveste com ela! Como não percebi, neste mês, há um ano atrás quando nos encontrávamos para o café que estavas tão doente? Saudade, essa palavra que só existe na língua portuguesa mas que nos acompanha como o fado.

Não entendo, por isso peço ajuda os mais entendidos

Os piscas nos carros servem exactamente para quê? Para sinalizar é que não, se assim fosse o marmanjo que ia à minha frente teria accionado quando parou assim sem mais nem, ontem, tendo eu que adivinhar o que pretendia. E ainda põe-se a gesticular, o sacristo, "passa por cima" dizia ele. Por cima de ti? Nem morta. Se é um adorno o pisca que o ponha na ponta dos....e assim sempre lhe embeleza a cabeça. E resmungo mais umas coisas só para mim.

Que vício este!

É superior ao que eu desejo, é deveras constrangedor, mas não consigo parar de roer os sabugos. Basta sentar-me a ver televisão que começo logo no serviço. Funciona assim, eu ensino se quiserem seguir este (bom) exemplo. Primeiro sentem-se relaxadamente em frente à televisão, em seguida estiquem as pernas de uma forma confortável, depois procurem uma pelinha de um dedo qualquer à volta da unha que já esteja levantada, segurem, não a deixem fugir, com os dentes puxe-a de soquête, como diria a tia-velha referindo ao puxão, quando já está eriçada é hora de juntar o indicador e o polegar da outra mão e puxar até sangrar. É uma alegria vê-las espetadas e, aí sim é como gosto, deito logo mãos ao trabalho e nem dá tempo. Depois é contemplar a obra tal qual Miguel Ãngelo contemplava os seus quadros. E havia logo de transmitir este vício ao mê Bisalho. Se ainda fosse um bom vício! Mas ter as pontas dos dedos inchadas e vermelhas de tanto puxar peles é feio.

Hoje deu-me para falar de beleza

Dizem por aí que a beleza não está por fora ms sim por dentro, eu, rapariga do rural, pergunto: atão por que raio as pessoas mudam de visual? Se está por dentro, o que têm a fazer é mudar os interiores, ou seja os órgãos, mas não, as pessoas preocupam-se é com o que vêem no espelho e não no raio x. Isto a propósito do noivo árabe que, depois de ver a sua mulher sem o véu pediu pernas ao demo para fugir. Mal sabe ele que a rapariga em um bom coração que bate forte por dentro, ao invés da má cara e que até os pulmoões são saudáveis, bem como os rins e a bexiga e que tinha ali uma mulher com uma longa longevidade e, como não gostou da cara, nada como vê-la sempre às escuras ou de véu. Mas não, a beleza exterior pesou mais que o interior. Beleza a quanto obrigas!

A beleza é como um pêssego

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Por fora uma textura fina, aveludada de cor suave, um delicado sabor doce e fresco, um aroma delicado que, apetece trincar mesmo antes de o ter. Pêssego uma fruta saborosa e plena de vitamina C. Pega-se num e, à primeira dentada algo não está bem. Um sabor amargo enche a boca. O pêssego que por fora estava apetecível, por dentro está estragado, corroído, cheio de hematonas, pisaduras... E deita-se fora. Estou a falar de pêssegos mas a beleza enquadra-se bem nesta descrição. Conheço mulheres que bem podiam ser pêssegos. Fotografia: Pêssegos da casa da comadre da Covilhã. Obrigada, oh comadre, sim?

Mas todas as vacas são felizes

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Está provado que as vacas felizes dão um bom leite e, até se faz disso estandarte. Acrescento que pelo que sei todas as vacas que conheço são felizes e todas têm tetas cheias. De leite penso eu. E as cabras também não são felizes? E ninguém fala delas. Mal-injusto! Agora, o que eu gostaria de saber era se alguém já provou leite de vacas infelizes numa de poder relativizar.

Casa e descasa no mesmo dia.

Um noivo não gostou da cara da sua esposa quando no dia do casamemto a viu pela primeira vez e, logo ali, pediu o divórcio. Não sei que cara tinha mas, isto das mulheres andarem de burka tapadas dos pés à cabeça dá nisto. Este casal resolveu casar-se sem nunca se terem visto frente a frente, uma espécie de casamento à moda dos tempos da guerra colonial e, quando o fotógrafo pede para tirar o véu para uma fotografia é aí que o mancebo fica desiludido. Coitado! Esperava uma Claudia ou uma Angelina... Mas não entendo um coisa: durante o casório a manceba esteve sempre de cara tapada? Na Arábia Saudita é capaz de ser assim. Até no casamento vêem atravez das quadrículas da tapagem. E a noiva, perguntam vocês. A noiva desfez-se em lágrimas, pobre coitada que casou e descasou no mesmo dia. Há cada uma! Leiam tudo,  indo por aqui .

É preciso tê-los no sítio para dizer isto

"Se é o meu filho que está no vídeo da decapitação, então que seja executado" Peter Kassig foi ontem vítima da violência do ISIS. Num vídeo difundido nas redes sociais, os terroristas do Estado Islâmico decapitaram o norte-americano. Mas nestas imagens apareceram mais pessoas e nela surge, alegadamente, um estudante de medicina, oriundo do Reino Unido, de nome Nasser Muthana. Hoje, em declarações ao Telegraph, o seu pai diz que se provar que é o seu filho este deve ser executado. E eu pergunto: O que leva um rapaz, estudante, a tornar-se um assassino a soldo de uma religião? Onde é que, durante o seu crescimento, houve uma quebra de valores? Onde é que os pais erraram, se erraram! Tantas perguntas que faria aqui, mas, certamente, não obteria respostas, estas só mesmo o rapaz. Agora, eu não teria coragem de dizer a frase que o pai disse.  Por muito que seja, c'um catano, é  filho.

Há quem não saiba o que isto é

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Eu e devoro assim um "quilho" delas. É uma na boca outra na mão. Que coisa mai baua!

Corijam-me, se estou errada

Para evitar birras, melhor dizendo, para evitar má educação, entre irmãos dá-se um telemóvel a cada e assim a família viaja de carro em paz e sossego? Mas antes passa a vergonha de ter filhos a lutar, a espernear aos berros chamando o pai, num puxa e empurra para tirar o que a outra tem nas mãos, porque toda a vida foi assim, as crianças sempre querem o que a outra tem. E, antes que lutem por um telemóvel o melhor é dar um a cada uma. Egoísmo a cem por cento. É a imagem que a Vodafone está a passar com este novo anúncio e, digo, crescem-me cabelos no céu da boca quando o vejo.

Tá tudo louco?

Como é possível esquecer uma criança de três anos num autocarro escolar? A quem imputar culpas? Mas não percebi muito bem a notícia. A criança ia para a escola, com três anos, sozinha, num autocarro sem supervisão?! Não entendo. Sinceramente.

Para mim tanto se me dá como se tira

Falo do chocolate. Já aqui referi que não me deito em troca de uma barra de chocolate. Sou eu, o mê Bisalho e a Pulguinha - a Baixinha nós os três não vamos à bola com ele, por isso, não me arrefece nem aquece uma barra ou um gomo. Agora, há sempre excepções e, aqui vou ser parva ao dizer isto mas, não gosto de chocolate e adoro cacau. Uá, ca coisa parva de se dizer! Sou estúpida, não sou? E o que malembra a Festa é, nem mais nem menos que, uma caneca de cacau, logo na manhã de Natal antes de abrir as prendas que o Pai Natal traz.

Fim de semana prolongado na casa da avó é a loucura.

Os pais das Pulgas foram dar uma volta até Londres e as crianças ficaram comigo, uote else? Foram uns dias de felicidade, brincadeiras, sestas não dormidas, cama a altas horas, enfim...a alegria delas. E minha. Hoje, quando eu lhes disse que a mãe ia chegar, uma ficou contente, "yep" outra rematou logo: "JÁááá? Quer dizer que vamos para casa?" Isto acompanhado com uma cara de mete nojo.

Ela já cá está

Veio e não sabe o caminho de volta. Desde sabádo que cai, mas não está frio, antes pelo contrário. Nada de mantas, nada de chocolates quentes nem botas de esquimó. Deixá-la (como se diz por cá), há-de se fartar de cair... E o sol brilha lá fora e mangas curtas a passear...

Vou ali ver se a cama está no sítio

E como está vou mazé dormir mais um bocadinho que este corpo não vive a levantar-se com as galinhas, mas também não se deita cus galos, bem, deitar até se deita, mas com um que canta toda a noite. Por isso, depois de ter posto as Pulgas porta fora para mais um dia de escola, eis que eu, aposentada da função pública, vou ali pós lados do quarto de dormir e... Até já, trabalhem muito que este Portugal precisa de gente activa.

"O meu filho, de dois anos, só come a brincar com o tablet"

O meu comia mas era um par de palmadas naquele rabo, disse eu, em voz baixa. E o ar de felicidade com que o papi disse isto, deu-me mas foi uma volta no intestino. Dois anos e já com tablet? Dois anos e dependente dos jogos? Será que o crianço já se lembrou de jogar o aparelho à cabeça do pai quando não gosta da comida? Uá mãe, que vontade mórbida de chamar chamar uns nomes ao pai. Mas serei eu uma cota retro que acha um desperdício dar a uma criança de dois anos um tablet? E porque não uma mota para o rapaz quando não quiser comer dar uma volta e colocar o papi a correr de taça na mão pelo caminho acima? Já disse que sou cota retro, não já?

Coisas do arco da velha!

Uma idosa de 91 anos, polaca, foi declarada morta e onze horas depois, os funcionários da funerária aperceberam-se que o saco, onde o corpo se encontrava mexia (aqui eu pedia pernas ao demo para fugir!). Foi do género:" levanta-te e anda", a velhota voltou a sua casa sã como um pêro, quiçá, a precisar de uma boa vodka. Mais um morto-vivo. E diz a médica que declarou o óbito que ela estava bem morta. E eu digo que ela estava bem enganada!

Mas que rica ideia!

A minha neta de seis anos, a Baixinha como eu a chamo, tem um humor fora do vulgar e umas ideias um tanto ou quanto espatafúrdias. Ainda há pouco numa conversa sobre carta de condução dizia-me ela. "Quando eu for grande não vou tirar carta de condução". "Mas porque razão" -  perguntei eu. "Ora, avó, eu roubo uma carta de condução de alguém e colo a minha fotografia".

Londres, o quanto eu fui feliz!

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 Há quem tenha dado um saltinho por esta altura até lá, e, se há cidades dignas de se visitar no Outono é esta mesmo: Londres. Londres tem folhas no chão espalhadas pelo vento, Londres tem o frio característico, Londres tem as batatas quentes e milho doce em barracas espalhadas pelas ruas, Londres tem cheiros típicos do aglomerado de povos, Londres é o lugar onde o delicioso cheiro a especiarias se confunde com o nevoeiro. Mas Londres também tem o sol de Outono, sem calor mas brilhante. E o Portobello! Ai o Mercado de Portobello, o quanto eu fui feliz deambulando pelas ruas de nariz aberto a inspirar aquela miscelânea de odores! Londres é, por assim dizer, a cidade que não escolhi para viver! Fotografia: Portobello Road Market, 5 Março 2011

Lumber...quê?

"Os lumbersexuais definem-se por terem barba, usarem camisas de flanela aos quadrados e apresentam uma espécie de desleixo que dá a sensação de que estes acabaram de vir do meio da floresta." E tomam banhinho só ao domingo ou não? Asssim tipo homem das cavernas. A modos que os metrossexuais passaram à história. E, digam-me, aqueles que fizeram remoção definitiva dos pelos, agora vão implantar, é isso? Leiam , se quiserem, não obrigo ninguém.

Será que os vistos Gold vão dar pulseira de metal na perna?

Tanto se empolga o povo quando é descoberto mais um caso de corrupção e batemos palmas e pensamos que sim, a justiça tarda mas não falha. Mas depois... Passa o tempo devagar nem é dia nem é hora... E só gostava de saber em que loja chinesa é que estão os tais dez postos de trabalho. As que conheço nem um português tem.

Maldigo este vício que tenho

E não há maneira de emendar, e não me digas não faças, modera-te, antes de fazer pensa que, o diacho está intrincado em mim e sendo eu mulher de quase sessenta não há remédio, não aprendo novos hábitos nem desaprendo os velhos. Ainda há pouco vi uma mancha vermelho escuro nas calças, oh, não! Esta coisa não!, não fosse voltar a ter aquilo mensal, deus me livre e e guarde de tamanha treta, antes cabra toda a vida. A mancha era de beterraba, sim, tinha acabado de cortar rodelas e, comme d' habitude, limpara as mãos nas calças. Mas que cagaço apanhei!

Alguém vai a Paris?

Não vá, anda por lá um tigre à solta. Diz o CM que a polícia continua nas buscas do  tal felino que foi visto no parque de estacionamento de um supermercado. Caramba, já não se pode ir às compras? Deve pensar o tal tigre.

Eu digo estas e outras

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E o meu tio - o Cambado também, principalmente, quando alteia a racola.

Com netos destes...

O mê Gu-Gu já sabes escrever o seu nome em maiúsculas com letra de impressa, e identifica as letras (nome e o respectivo som). No nome dele há um R e um P, e ao escrever faz, ainda, alguma confusão. Atão, há dias, dizia à mãe já saber a diferença entre eles. É que o R é o P com uma pilinha. Como não rir com saídas destas?

Hoje descobri

Que estou a ficar com duplo queixo. Com papada, prontes, já disse. Por isso, meu pipol, se me virem pelo caminho abaixo com nariz de confiada, ou seja empinado, não julguem que estou a ser emproada ou a me fazer de fina, não, é para disfarçar a dita coisa pois que, é quando vou de olhos postos no chão que piso que fico assim a modos que Churchill. O meu medo é ...pisar titica de cachorrro ... Ou melhor dizendo: boseira mole. Bosta.

Aos meus queridos anónimos deixo este poste

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Que se faça luz nas suas cabeças.

Oh, a sério?! Não me digam!

Li que "o mau comportamento das crianças é fruto da educação dada pelos pais desde o berço", diz Luís Maia, psicólogo e pergunto eu, professora aposentada, se era necessário uma investigação para se chegar a esta conclusão? Quilhos de tempo, quilhos de dinheiro, e a resposta está ali, no berço. A educação começa no momemto do nascimemto. E digo, os filhos tornam-se para os pais um recompensa ou um castigo segundo a educação que recebem, li esta frase e assenta que nem milho. Pronto, não sei o que me deu, se foi jeito no dormir mas hoje tirei o dia para falar de crianças... Mas era preciso um estudo? De pequenino é que se torce o pepino.

Bruxo! Há canos eu digo isto

"Demasiadas horas na creche afectam crianças" é uma das notícias de hoje do Jornal de Notícias, e não é necessário um trabalho exaustivo do estudo de caso para se chegar a esta conclusão, basta ser humano, basta colocar-se na pele da criança. Bem sei que, presentemente, a vida profissional é exigente, há que fazer mais horas e mostrar resultados, o brio profissional, o esmero são factores que condicionam uma promoção. Mas, e os filhos? Os filhos são o elo mais fraco, o sítio por onde quebra. Dez horas num berço a olhar um mobile que se move é frustrante até para o ser mais forte do universo. Leiam, aqui , a notícia completa. E, pronto, hoje deu-me para falar de crianças.

The Voice Kids vs exploração infantil

Sou só eu a achar que é um martírio para as crianças este programa? A pressão a que estão sujeitas é uma situação indutora de tensão e ainda saem do programa com historial de doença cardio-vascular. Eu até choro com eles em solidariedade ou porque sou chorona ou ainda porque as minhas "armonas" de meia idade são sensíveis à exploração infantil. Digam-me que estou a ver para além do que é, desenganem-me que eu aceito. Não estamos diante de um caso explicito de exploração infantil?

Salta-me logo a brotoeja

Oito e meia da noite, de uma bela noite melhor dizendo, entro na padaria a fim de mercar o alimento para a matina e que vejo? Vejo crianças a lanchar. Sim, criancinhas de seis anos de mochila às costas, sentadas à mesa com um copo de leite com chocolate, um papo-seco com queijo e fiambre, mais um bolo de chocolate. E eu pergunto: oito e meia não são horas de jantar? Ou será que estão a jantar? Não sei porque razão me preocupo, não são da minha família, não tenho nada a ver se jantam, lancham ou o caneco, mas na minha maneira de ver entendo que a esta hora se deve estar portas adentro sentados à mesa com a família a comer tudo menos um papo-seco com leite achocolatado e um bolo.

Madeira perto do trópico

Não há no mundo maior felicidade, maior orgulho como este que tenho em viver perto do trópico. Viver numa ilha tropical com um clima fantástico, uma temperatura de água do mar de tal forma amena todo o ano, frutas deliciosas dá-me uma verdadeira alegria. É um paraíso na terra. A sério. Ainda ontem à noite estava eu de mangas curtas a comer o bacalhau, a ouvir o meu querido Vasco a cantar...(Vasco é assim a modos que o Marco Paulo ou Tony Carreira cá do rural), sentada no adro da igreja em amena cavaqueira com família e amigos ali perto da meia noite. É com tamanha vaidade que digo isto. E, neste momento, tenho o sol, essa maravilhosa fonte de calor a bater-me nas pernas. Não quero com isto fazer inveja, mas é somente a vaidade de ser ilhéu. Uma ilha privilegiada do Atlântico onde se deveria exportar o que melhor temos: o clima.

...Ariu...e aralho...(poste mal-criado)

Não, eu disse a frase toda completa aquela que começa com pu e acaba em ariu, depois de dar uma valente cabeçada ao entrar no táxi que me levou ao aeroporto. Vou a entrar e alevanto os cornos de repente, perdão, a cabeça e, dou uma cornada...perdão, cabeçada na porta ao mesmo tempo que a pancada me empurrou para o chão ficando eu em posição de defecagem. O taxista até arregalou os olhos perguntando se me magoei. - Cá nada! - respondi para não dar ar de fraca, mas mentalmente só dizia: pu....ariu! E o aralho também veio de seguida quando passei a mão pela cabeça! As lágrimas, essas biteches, teimavam em correr, mas não deixei é que, não havia tempo para as apanhar...por isso reprimi. Ariu...e chegando ao aeroporto ainda eu dizia: ariu e aralho! E, agora, neste momento disse novaamente pois acabei de passar a mão nos cornos! Perdão, cabeça. Eu assim comássim também digo palavrões

Isto sim é boa vida! Ah, depois de hoje podem falar de Natal

Véspera de São Martinho e, a partir de hoje, contagem decrescente para a Festa. Mas nada como chegar ao meu rural e ter já um convite para comer o bom do bacalhau, com quilhos de manteiga d' alho num bolo do caco. Isto sim, pipol é vida. E nem digo mainada, tá bem? Canão inda ficam a salivar...

Desta forma não chego longe

Mas que fim de semana, podem crer, daqueles que não deixam saudades. Depois da saga da mala, do carro que não pegava, da chuva copiosa que caía ainda tive mais uma facada nas costas. Chego a casa e, olhando o relógio comprovo que sendo dez e um quarto e, as lojas fechando às onze no Parque Nascente, não dava margem para compras. Assim, não houve remédio senão jantar. E é aí que vejo as horas no relógio. Dez horas. Dez horas, como pode ser? Se já tínhamos empurrado o carro pelo caminho abaixo e gasto tanto tempo nesta treta, como pode ainda ser dez horas? O tempo anda para trás? Não ... Mas porque não me avisaram que a hora tinha mudado ementes eu não estive cá? E porque não me disseram que o relógio de parede não atrasa uma hora sozinho, hã? Que fim de semana atribulado! Tudo junto dá uma sopa minestrone!

Ora, adeus que me vou embora

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Que mimbora vou. Vou daqui pra minha terra que desta terra não sou.

A reter: Primark num domingo às cinco da tarde nunca na vida!

Mas quem no seu perfeito juízo se lembra de ir à Primark, num domingo, perto do natal (prontes, lá tou eu a falar do Natal), pelas cinco da tarde, de um dia frio de Novembro. Quem? Eu, claro! Não havia lugar nem para uma formiga! Filas intermináveis para pagamento, filas como daqui até Bagdad para os provadores, filas e filhas a correr, pequenos a berrar cheios de sono, pequenos em carrinhos mais as compras dependuradas nas manetes a esbarrar em toda a gente. Não é sítio para mim, a minha condição, o meu estatuto social há que mantê-lo a todo o custo. Jamé, jamé. Je e muá-méme enquanto nos lembrarmos das cotoveladas, dos encontrões, das pisadelas nas lindas pernas nos metemos na loja do shope pelas cinco da tarde num domingo, perto do natal. Vou sim mas às onze menos uns minutos quando a canalha dorme, quando os carrinhos de bebé repoisam atrás da porta, quando as mamãs estão a dar de mamar aos crianços, quando as adolescentes estão adormecidas em cima da cómoda escolhendo o outefit

Se me dão licença vou ali à Primark

Recuso-me a falar de natal, recuso-me a aceitar este natal antecipado com que os shopes e os comerciantes, numa ânsia atropelada nos impingem, mas... Quem, como eu, vive numa ilhota aproveita o natal antecipado quando sai da sua zona de conforto. E é o que vou fazer já de seguida. Meter-me no "barato e bom" e atestar a cesta com algumas prendas de natal. Prontes, lá disse a palavra "natal" em Novembro, umas poucas de vezes neste poste, numa perspectiva de convencer-me. Portanto, se me dão licença, vou ali e já volto.

Mas ele tem um humor inconstante

Estas mudanças de humor do senhor São Pedro deixam-me escadeirada. Julgo que ele está a entrar na menopausa. Isto de num dia levarmos com baldes de água e noutros sol de rachar pinhas deve-se às suas hormonas. Ou à incontinência, sei lá! Mas, amanhã se o vir à porta do céu quando resvalar por lá pode crer que vou mostrar-lhe a língua e mandá-lo plantar semilhas. Não há cabeça para aguentar estes humores incontinentes.

E isto ainda não terminou! O mundo virou-se contra mim.

Depois da saga da mala no aeroporto, que contei ali no andar de baixo, nada como ter de empurrar o ponto vermelho, pela rua abaixo devido a não ter bateria. Atão mê senhor coloca-se em posição de ataque, que é como quem diz rabo espetado mãos em cima do porta bagagem do bólide e eu, madame, com as unhas cravadas no guiador, acelerava pelo caminho abaixo até que via o mê senhor grande pelo retrovisor e depois já só o vi mais pequeno cumaformiga achei de guinar para a direita e.. Vai-se abaixo, o estapilha dum raio que o parta! Espero pelo triste do hôme que estava à chuva, manga curta, sim, cagente veio-se do trópico e lá o sol brilha até à meia-noite e um quarto. Mas o diacho não vinha. Nem vinha nem o carro ia. Dava a mise e ele não ligava, nem fechava vidros nem andava. E o hôme não aparecia! Saio do carro e tento passar por entre a chuva sem me molhar, mas não consegui. E tinha ido ao cabeleireiro. Shite! E o hôme não vinha! Até que aproximou-se a tiritar a bater os dentes de f

Epá, como o gelado

Mas que poça é esta caté me faz falar tipo lisboeta. E sai epá como o gelado mas não me refiro a isso. Refiro-me sim a este tempo por aqui neste penico do norte, que se chama Porto. E perguntam-me o que vejo da janela? Não vejo nada, nadinha é ca chuva é tanta que me molha as lentes dos óculos. E tenho frio, tou assim a modos cas velhas com um xaile em cima dos ombros. Tá frio, pá (novamente a falar à lisboeta, chiça...) E saber que no meu rural estão todos de bico aberto a bufar ondas de calor, até me aperta os calos.

Só faltou vomitar quando vi isto!

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E o Norteshopping está pronto a receber o Natal....em Novembro. Eu, se fosse frequentadora asssídua deste shope, em Dezembro já rabiçava galhos de azevinho, lãmpadas, espiguilha, neve e o Menino Jesus vinha por acréscimo. Só não rabicei porque reprimi. Mas deu-me engulhos, como se tivesse prenha. E continuo esperando o dia de comer o bacalhau assado e contar a lenda de São Martinho.

Um susto do tamanho do aeroporto.

Malas iguais dá azo a que se confundam e foi isso que aconteceu ontem. Ao chegar ao aeroporto do Porto, depois de uma viagem para lá de agradável, agarro na mala que, por sinal era a única no espaço por cima das cabeças e ala que faz-se tarde e chovia, como sempre, aqui, neste penico do norte. Pelo caminho mê senhor, para vestir a camisola deixa cair a outra, que ficou mais molhada que um bisalho, e já ia esbaforrido. Chegando ao tapete rolante esperando pela mala de porão, ele,  homem previdente como daqui até Bagdad, abre a que eu trouxe para tirar o porta-moedas, quando... Oh, mas o que é que enfiaste aqui?, pergunta à rapariga ao lado dele, que por sinal era eu, e eu, que não tinha metido Cd,s olho esbugalhada para ele. Hã? Cd,s?! Mas o que é isto? E isto? Oh, raio, esta não é a nossa mala! E pede pernas ao diabo para correr,  sei lá para onde, procurando a sua mala que, como eu lhe disse, até podia estar a caminho de Paris, uma vez que o voo seguia viagem. Nunca o triste do hôm

Se eu tivesse um buraco metia-me

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- Mãe, olha uma Barbie. Foi desta forma que uma criança de três anos alertou a mãe para mirar uma rapariga alta, de cabelos compridos louros, calças pretas justas, sapatos de salto bem alto com correntes à roda, boca pintada de vermelho e uma blusa esavoaçante que estava na fila do balcão do check in. A mãe do crianço arrebata-o antes mesmo de ele voltar a dizer a mesma frase, mas não chegou a tempo. - Mãããe, olha uma barbiiiiiiie - como a mãe não fazia caso, ele puxava -lhe a saia e apontava. A mãe puxa-o para a frente, numa tentativa de distraí-lo para que não repita, mas ele continuava firme e hirto. A barbie fez de conta que não percebia o que ele dizia. Mas foi só ela.

Isto sim é um homem, caramba!

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E, além disso, sincero. Merece estar lá, desejo que por lá fique e que nunca lhe falte o jantar com fatias de estricnina. Sossego.

Lindo, como só ele!

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Uma conjugação perfeita.

Onde andas tu, mulher?

Ora bem, ando a fazer tempo. A respirar ar puro, a olhar a malta debaixo da placa do uifi (como diz o funcionário da tasca), ando também a olhar o céu a ver as nuvens, a espairecer os pensamentos, em suma, a mentalizar-me que daqui a pouco tenho de me meter num grande pássaro e voar...

E, por favor, não falem em Natal

É que o São Martinho ainda não chegou. Temos, ainda de provar o vinho e a água-pé, comer o bacalhau assado, as castanhas e as nozes, depois, falemos de natal, pois então! E que venham os perús, as prendas, os enfeites e a iluminação mas... ...Uma coisa de cada vez, é o meu lema há muito tempo. Nada de atropelos, e sim, o natal é a época que mais adoro, pelo espírito familiar que envolve, mas só em Dezembro, e senhores ainda é Novembro, lembrem-se disso. Falemos, então de São Martinho e do seu verão.

Só visto! E de bico fechado obedeci!

Hoje tirei o dia para fazer umas renovações cá ao pêlo. Há muito que ninguém metia as mãozinhas no meu couro cabeludo. Olho para o espelho e pergunto-lhe o que modificar, ele responde: pinta pinta pinta. Eu revolto-me e dou-lhe um soco, mas pensando que se calhar ele tem razão. Pego em mim e saio para ir ao cabeleireiro com a palavra "pinta" no miolo. Entro no espaço e digo que vou pintar o cabelo. De branco. "Ai não dona Gi, isso não." Vá lá, dona Ana - disse à cabeleireira há muito do meu cabelo. -perguntei ao espelho e ele mandou-me pintar. Não não não. O seu cabelo tem uma cor magnífica. Os brancos misturam-se com os mais escuros e parece madeixas. Atão corte - ordenei. Isso sim, dona Gi, isso faço, agora pintar não. E de tesoura em punho zuca zuca zuca cortou-me o pêlo pelo carrolo. Mas pintar, jamé.

Uma nova dieta

A partir de segunda feira, dia seis de Novembro, começo uma nova dieta. Silêncio, não me perguntam porque razão é só na proxima segunda e não hoje? Cá nada! Não é por ser o primeiro dia da semana, nan senhora; também não é por ser a segunda semana do mês, não, não é por estarmos quase no natal. Por causa do biquini, ouvi perguntar, mas eu vou ao Brasil ou quê!? Não acertaram. Mas eu digo, porque não sou de guardar estes segredos e quero que vejam o "antes" e "depois" e digam de sua justiça. É que vou dar um pulo, ops, já dei, ms não me refiro a este pulinho mas sim ao pulão que vou dar até Braga. E por isso, lá em Braga toca a enfardar a mula. É bolas de Berlim com recheio de frutos silvestres, é pernil, é bacalhau à Braga, arroz de pato...sarrabulho? Disseram sa-rra-bu-lho? Mas eu sou vampira para comer sangue, sou?

Não deitem fora as cascas das nozes

Diz quem sabe que o excesso de "castrol" será eliminado com o chá feito com as cascas das nozes. Além disso previne as insónias, enxaquecas, tensão alta; e mais, ajuda no tratamento do fígado, diabetes, etecetera e tal. E, como estamos na altura delas há que ferver dois litros de água e deitar uma colher de sopa de cascas de noz (mas como é que se faz uma colher de cascas de noz? Aqui é que a porca torce o rabo!) Ai não acreditam? Atão leiam  aqui .

Avançava logo uma tapona nas beiças

Há crianças tão guinchonas que nem à estalada se calam. Hoje, uma criança gritava tanto enquanto o seu papi e mami alheios ao guinchar e consecutiva birra do crianço, bebericavam café. Os outros que se lixem e se estão mal abandonem o espaço. O crianço berrava, guinchava, esperneava e batia na cara da mãe, eu até acho que ela merecia mais, mas enfim... O papi ria-se e, desculpem a palavra, maribava-se para a cena. De vez em quando a mãe lá pedia para ele se calar, mas o gasguito guinchava tipo porco, ainda mais alto. Entre bofetadas à mãe, pedidos de calma e risadas do pai, já os presentes olhavam para o estapilha, com olhos atravessados. Até que... Saíram como se nada tivesse acontecido. Criança ao colo, pai atrás com ar de jingão, mãe a comer o bolo. E o crianço a guinchar, mas desta feita nas orelhas dos pais. Rás parta esta canalha...e estes pais surdos e imunes ao barulho.Uma chavena de chá de boa educação em jejum juntamente com pedagogia aplicada no rabo é remédio santo.

E se o Governo Regional proibisse os chineses?

Bem, a quantidade de "mandalim" que se ouve por aqui, no meu rural, até mete dó. E se o governo proibisse os chineses de falarem a sua língua materna? E se nós não entrassemos nas lojas chinesas quando o rádio que lá está passa o Marco Paulo chinês enquanto a dona do espaço lê um qualquer livro em "mandalim"? E se proibissem os computadores de mostrar os caracteres chineses? E se...deixassem as crianças falarem português lá nos Luxemburgos como nós deixamos os chineses falarem a sua? Em mandalim ou em português cada um é como cada qual.

Como eu detesto!

Abaixo a hora de inverno, abaixo o entardecer às seis da tarde. Quero de novo a hora de verão com pores do sol tardios com esplanadas cheias de gente. Quero a hora de volta, nao quero viver a hora que já vivi. Detesto a escuridão da tarde, as luzes dos carros, crianças de mochila às costas noite cerrada. Detesto e desejo a hora de verão. Aqui, a petição pública, assinem.

Antes morrer que mentir

A vida tal qual ela é deve ser vivida em pleno. Viver amargurada não faz sentido.  E se há amargurados por aí, ó ó,  basta ter um tempinho e folhear jornais e revistas. Mas a vida nos blogues é toda pintada de rosa, toda azul com flores, há quem escreva como nunca ninguem escreveu, há relatos, acontecimentos tão surpreendentes que me deixa a duvidar... Mas isto sou eu que cheguei a uma etapa da minha vida em que já não acredito na fada do dente. Blogues lindos rosinhas e azuis é o que mais há.

Fora com os portugueses!

Não há volta a dar, o mundo está contra os portugueses. Em Luxemurgo proibiram as crianças de falar português, em Timor expulsaram portugueses, no Reino Unido limpam o país e os tugas estão na corda bamba, primeiro recrutam depois expulsam. Nós somos, realmente, um povo votado ao esquecimento. Se até no seu próprio país somos expulsos... E agora vamos às contas... E se, num de-repente voltassem todos os espalhados a se reunirem na terra natal? Havia de ser o bom e o bonito. Não temos estofo para tanto português, infelizmente!

Morrer com dignidade

Chamem-me retrógrada, cota, estúpida, sim, podem até me chamar de estúpida, mas programar a morte é algo que não entendo. Dignifiquemos a vida... Autanásia, desculpem, não entendo.

E, por favor...

...parem de pedir chuva só porque querem calçar as botas, essas, que estão por estrear. Chiça, é tão bom este calor morno de Outono, este sol amarelado, quente à tarde, tornando as folhas douradas. Parem de pedir chuva só porque estão fartos de calor. Não sou a única a amar este tempo? Irra, gente incorformada. Pedir chuva só porque tem umas Uggs para estrear? Apá calcem as benditas das botas e suem dos pés, mas deixem o sol brilhar e aquecer o mundo.

Eu também quero o outro

Quando o marido chega a casa a mulher, que atenta às novidades, diz-lhe que quer o Iphone 6. O marido olha para ela admirado e pergunta: - E o outro? - Ora o outro...O outro deu-me um tablet - responde alegremente. Que sortuda. 

Sexo com animais?! Que mundo este!

Ouvi dizer que sexo com animais é negócio em Espanha. Se minha avó fosse viva benzia-se três vezes ao ouvir esta frase e rezava o "creio em Deus Pai" desde manhã até à noite. Mas, presentemente, as pessoas viraram-se para o negócio como o mosquito para a luz. E este tem dado uns valentes trocos. Cães, ovelhas, cavalos e burros são criados para este fim. Zoofilia, um nome a fixar e refere-se a isto mesmo: sexo com animais, e custa somente 140 euros uma sessão de sexo com cão. Pelo que li a malta anda cheia de dinheiro por lá. Que mundo cão!

Atão era isso!

Agora as pessoas mascaram-se duas vezes no ano: no Carnaval e na Noite das Bruxas. Boa pessoal, a gente até gosta destas tretas! Aliás, em Portugal andamos mascarados todo o ano. E adoramos copiar modelos estrangeiros. Queremos é borga. Mas digam o que digam, detesto este carnaval em Novembro. Isto só vem dar lucro aos comerciantes que assim vendem os fatos de bruxa que sobraram do carnaval.

"Tens uma vida de sonho"

É o que dizem as minhas Pulgas. Tudo porque não trabalho, não tenho de estudar, estou em casa e não faço nada. Só jogo. Olha-me esta canalha a ideia que têm da avó!

Foi é e será sempre...

...O Dia de Pão-por-Deus. E mais não digo a não ser que bruxas só lá para meados de Fevereiro, no Carnaval e o "trique ó trite" aqui não entra. Para as minhas Pulgas é e será sempre "Pão-Por-Deus. E toca a partilhar os frutos da época.