Fui apanhada a roubar, que vergonha!

A minha tia-velha, em vida, vendeu um aparador a alguém. Nunca me disse a quem.
Ontem fui ao governo regional tratar de uns documentos e vejo o aparador na sala do secretário. Os meus olhos não se mexiam, fiquei extasiada, pois não sabia que a tia-velha tinha vendido o dito ao goveno. Mas, uma dúvida pairava no ar. Seria o da tia-velha? Não seria? Tudo indicava que sim. Por via das dúvidas fui até ele sem a presença do secretário, claro, e procurei uma gaveta secreta que o aparador tinha.
Lá estava ela. Que felicidade. Abri, devagarinho...ainda tinha os colares, pulseiras e lenços da tia-velha, sinal de que ninguém sabia da existência da gaveta.
Como eu tinha um saco de compras, tratei logo de esvaziar a gaveta do seu conteúdo e meter tudo no saco, mas sempre controlando a porta a ver se o senhor secretário entrava. Estava quase a terminar, e um sorriso de felicidade iluminava o meu rosto quando me tocam no ombro. Várias pancadinhas a lembrar que não estava só.
O meu coração batia tanto que se abrisse a boca ele expedia do corpo. Pum...pum...pum...pum pum pum. Que sufoço; fui apanhada a roubar!
Acordei deste torpor sempre com o coração descompassado, e com as pancadas no ombro.
Abri os olhos. Era o mê senhor que, com a mão me tocava no ombro a fim de me cumprimentar quando, pelas sete e meia da manhã ia para o trabalho.
Estava eu a dormir e acordei...acordei com o coração nas mãos e com as pancadas no ombro, julgando ser o secretário que, havia chegado e me via a roubar. Confundi a realidade com o sonho.
Acorda, avoGi, não roubaste nada, rapariga do abono, só sonhaste. Mas o susto ficou...e ainda sinto-me envergonhada...

Comentários

  1. Ahahahaha ... só espero que não encontres o secretário esta noite num novo sonho! Agora é capaz de ele já estar acompanhado pela polícia! ;)

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    1. Espero que não. Mas se voltar que me deixe trazer os bens da tia-velha
      Kis:>}

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