Mas toda a gente me pergunta...

....como ocupo os meus tempos livres agora que estou aposentada. Eu respondo: "faço voluntariado".
"Ah, óptimo", respondem. "E onde?" Eu respondo: na cantina.
Ficam a olhar para mim, uma vez que geralmente são professoras aposentadas como eu que frequentam: dança de salão, ginástica, arranjos florais, inglês...
"Mas em que cantina?"
Tenho de explicar tudo, não é? Tenho de abrir o livro na página da cuscuvilhice.
E começo: "como sabes tenho três netos que vêm a minha casa almoçar todos os dias desde que o mundo se formou".
Ficam a olhar e a apanhar papéis a ver se encontram a explicação e a relação entre o voluntariado/cantina/netos/almoço.
E recargo as baterias para dizer que faço almoço (e lanche sempre que necessário), de livre vontade e com todo o gosto em regime de voluntariado para os meus netos, porque entendo que a família está em primeiro lugar, por que muitas vezes os seus parentes são esquecidos, mas os outros não. Há muito boa gente que faz pelos outros, deixando os seus ao deus-dará. Dar sim mas na medida do possível de dentro para fora. E depois passamos a outros níveis. Por enquanto é assim.

Comentários

  1. Muitas vezes preocupa-nos em ajudar os de fora e parece que ignoramos que os nossos também preciso. Acho muito bem que se ajude no que se pode, mas não podemos deixar os nossos na mão.

    Beijinhos*

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  2. Avo Gi, sempre tive este pensamento, não é certo ajudar os de fora se ha os que ca mais próximo estão a necessitar de algo, é a mesma coisa que ter um pão a mão apenas, e em vez de dar ao nossos filhos dar aos do vizinho primeiro, isso para mim não é certo, nem de longe e nem de perto! Pois estou contigo, posso até servir aos demais, quando os meus ja de mim não necessitarem mais, até la o voluntariado parte primeiro dentro de minha casa! E tenho dito! Bjucas

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  3. nem mais... muito bem avoGi
    Ab
    xavelhinha

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