Uma história no Natal ou talvez não

Sentada no café à espera que desse a hora para ir ao dentista aproxima-se um pobrezinho (como se diz por aqui) e, olhando para a mesa aponta para a bica que eu acabara de beber. "Pode me oferecer um cafezinho?", pergunta ele.
Claro que sim, disse-lhe. E fazia já menção de se sentar à mesa comigo. Alertei que já ia levantar-me por isso, não valia a pena sentar-se e que fosse comigo ao interior, ao balcão. Em chegando lá, a empregada ou dona, brasileira e com ares de antipática, olha de revés para ele, pois que entrara antes de mim. Disse-lhe logo: "ele está comigo."
Eu sei que o alerta está lá prevenindo que não deve permanecer quando aparentar estar alcoolizado, só que poderia ter problemas mentais, não sei. Mas é Natal, e isso desculpa-se e apela-se à solidariedade.
Serviu-lhe o café, mas de grosso modo sempre com uma antipatia extrema. Fiquei ao seu lado até beber e certificar-me que não ia permanecer dentro do estabelecimento, também porque não queria que uma vez lá dentro mudasse de ideias e pedisse um copo de vinho.
Pronto, podia ser uma história de Natal, mas não, é somente um acto de boa-vontade nesta quadra.

Comentários

  1. Nós é que podemos fazer Natal a cada momento durante a nossa vida.
    É assim mesmo, Giselda !

    Um beijo.

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  2. As aparências levam a tanta julgamento e conclusões precipitadas.

    Beijinhos
    P.S. Como é que tens a tua mini aplicação de seguidores?
    A minha desapareceu e não sei como fazer.
    Help me?

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  3. Um gesto bem bonito! Sopas, sandes e comida, quando me pedem e posso, ofereço sempre.

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  4. Um gesto muito bonito AvoGi. Tomara que todos fossem assim :)

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  5. Precisamente o que costumo fazer - comam e bebam o quiserem (bebidas alcoólicas, não).
    Não me peçam dinheiro que não dou.
    Beijinhos

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