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A mostrar mensagens com a etiqueta Esta sou eu e não tenho tempo para mudar

Porque eu tenho tomates

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São pequenos mas são meus. Plantados, regados, cuidados e ainda há pouco comidos. Eu também acho, e respondo aos vossos pensamentos, pois sei que em boca pequena estão a dizer: "Caramba, ela merecia ter uns tomates maiorzinhos que estes." Mas prontes e como se costuma dizer: "cada um tem aquilo que merece" e este deve ser o tamanho próprio para mim, mas sei que há quem os tenha grandes, carnudos e pesados, mas os meus são assim: enfezados, pequenos e murchos mas pelo menos tenho tomates, e depois?

Porque dia da mãe é sempre que alguém chame mãe

Só mesmo para pedir a todos os filhos que nunca, por motivo algum, se esqueçam da sua mãe. Digo mãe: - aquelas mulheres que pariram e protegem as crias dos ventos e tempestades e de todas as agruras da vida; - aquelas que não pariram mas são mães em toda a acepção da palavra; - aquelas que insistem e depois de esgotadas todas as possibilidades não cruzam os braços e abraçam outras hipóteses; - aquelas que não podendo gerar cruzam os braços e olham pelos filhos das irmãs, como a minha tia-velha (eu tinha de falar dela, não poderia não falar). E... - Àquelas que se esquecem do seu papel sendo só a mera portadora de um bebé que se demitam da sua função de mãe espero que um dia reflitam e que as suas filhas não tenham a mesma atitude.  - àquelas que fazem filhos como quem faz tricot e os deitam ao vento, - àquelas que fazem dos filhos o bombo da sua fúria, - àquelas que olham para os filhos como a fonte de rendimentos, a estas e a outras aqui não incluídas, desejo que um dia, um

Eu dou-me nisto. E venha o sol o vinho as flores...

Logo pela manhã a chuva bate nas persianas da janela e chama-me à razão. Era hora de levantar este corpo (outrora Danone agora baleia assim a modos que azul meia-noite) e passear. Dez horas diz o galo no campanário da igreja da Sé e a galinha da vizinha cacareja no quintal. Dez horas de um dia chuvoso mas não frio. Depois de levantar o corpo outrora Danoninho agora Michelinho, fazer as orações matinais, e obrigações inerentes ao levantar, tais como espreguiçar, bocejar e outros fui ao encontro de doze pessoas (apenas conhecia duas) para um passeio tipo meia-volta à ilha. Pelas dez horas de hoje abandonámos o Funchal e a chuva e fomos ao encontro do sol. Vimos as montanhas, olhando de baixo para cima e de cima para baixo, tanto subimos como descemos, atravessámos túneis, cortámos caminhos. Houve trambolhão e joelho esfolado. Houve risos, abraços, choros e cansaços. Foi um dia pleno de amizade. Foi dia de unir Madeira ao continente português...porque somos Portugal.

Festa da Flor 2017. A Madeira está em festa

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Não preciso dizer nada. A beleza das flores sobrepõem-se às minhas palavras. Desfrutem da beleza ímpar de cada flor. Só digo que ao  vivo é um sopro no coração.

Fiquei possessa! E foram só quatro dias...

Ontem foi dia de peso. De me pesar quero dizer. Atão, como eu sei que a balança marca sempre um pouco mais (é defeito dela), eu coloco o ponteiro antes do zero. Mas hoje ela irritou-me. Andou muito mais do que eu pensava. Só me apetecia pegar num malho que o mê senhor tem na oficina e dar até o ponteiro desaparecer como o sol no horizonte. Ora, uma p'ssoa vai de minimini-férias, a p'ssoa fica na casa da comadre e para não fazer a desfeita diz que sim a tudo: "gosta de arroz de pato? Gosta de favas guisadas com carne de porco, vaca e galinha? E coelho, gosta? E para sobremesa quer leite-creme? E quer provar um vinho cá da casa? Verde ou tinto? Para digestivo vai uma cachaça? Ah, o jantar ainda não está pronto mas vai sair uns queijinhos com presunto e uns rissóis. Prefere chouriço ou paio? O depois é que está a pôr-me possessa. Dois quilos?! Mas como!? Se andei a pé pela margem do Lima, se andei por Braga de mala na mão, se pus as pernas numa roda-viva sem descanso!

Então, já comeram uma cerejinha hoje?

Pois eu, rapariga de meia serra a viver nos subúrbios onde cada género alimentício custa um olho no mercado negro (isto porque no meu rural quem paga o custo de transporte somos nós e, a saber, uma mercadoria descarregada nos portos da Madeira custa quatro vezes mais que descarregada em Leixões), mas adiante que já me perdi... Perguntava se já tinha colocado na boca a bela da cereja. Porque eu, rapariga que dá os bofes por um "quilhinho" (é assim que se diz em madeirense puro) viu ontem a 5,89€ por um mísero "quilho" que eu gulosa como sou como-o enquanto o diabo dá uma volta. Gostar eu gosto mas não sou gastadeira. Vou esperar uns dias a ver se baixa o preço. Tão bom viver numa ilha turística!

Madeira não é Portugal

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O presidente do Governo Regional afirmou hoje que não tenciona conceder tolerância de ponto no dia 12 de Maio, uma vez que “não faz sentido”. “Se estivéssemos num território com continuidade territorial fazia sentido”, afirmou Miguel Albuquerque, explicando que só se justificaria caso os madeirenses tivessem a possibilidade de irem para Fátima. Pois é assim: os funcionários públicos vão ter tolerância de ponto aquando da visita papal a Fátima, no dia 12 de Maio, mas, nós, madeirenses não. O governo dos Açores concede a tolerância nesse dia. Se formos a ver a geografia de Portugal Continental e insular vemos que a ilha do Corvo e das Flores é todo o arquipélago dos Açores é uma continuidade territorial...fica assim, a modos que, ao lado do Santuário de Fátima daí a razão da tolerância.

O problema é que eu dou-me nisto

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Fui feita para viajar, tenho alma de viajante, sedenta de encontrar novos caminhos, novos desafios. Sou, portanto, um ser caminhante... Desde quinta-feira, numas curtas mini-férias conjugais que andei mais que muito. Sozinha, falando com o meu pensamento (dá-me para isto de vez em quando, isto de falar sozinha), palmilhei Braga, vi-a por um canudo, arrastando a minha mala, descansei os pés até que o mê Bisalho me apanhasse. Um calor que aquecia a alma e aqueceu os meus tristes pézinhos de cinderela ao ponto de os inchar (prontes, coisas de velha, eu sei). Em Ponte de Lima, na sexta, novamente só, caminhei ao longo do rio (credo, não pensem que foi desde a nascente até à foz, não fiz promessa, tá bem?), e descansei na relva húmida da margem do Lima. Sábado foi dia de reabastecer forças e pela aldeia onde pernoitei vi paisagens que de outra forma passariam despercebidas. Dei atenção ao pormenor e à beleza da singularidade. Domingo, logo cedo, arranquei de Ponte de Lima em direcçã

Qual a razão?

Ora digam lá que eu não consigo entender por mais que ponha a mão na cabeça e faça círculos e um esforço que parece que os miolos já fervilham. Aqui vai a perguntinha... Por que é que as pessoas assim que o avião pára põem-se de pé no corredor (ou na passerelle como disse a hospedeira francesa a comentar com a colega)? E ficam ali a criar raízes até que venham pôr as escadas que a voar ninguém vai. Cansaço por virem sentados? Se viessem a nado era pior. Desejo de começar a visitar a ilha? Caramba, ela não foge. Olhem, se souberem digam se faz favor. É que eu fico sentada no meu lugar até que a confusão acabe e acabo por apanhar o mesmo autocarro.

Receba as flores que lhe dou...

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...e em cada flor um beijo meu". Cantava assim alguém que não me lembro quem, mas para o caso pouco importa. O que importa mesmo é que "vou daqui para a minha terra que desta terra não sou", assim cantava alguém que não me lembro quem, mas para o caso pouco importa. "Adeus aldeia, eu levo na ideia..." também cantava alguém que não me lembro quem... Mas para o caso pouco importa...

Estive lá...

Hoje foi o dia do encontro. Logo de manhã meti as unhas no volante do carro e dei ao pedal até ao sítio combinado para que uma deusa me levasse ao Olimpo, perdão ao restaurante. Entre mimos, beijos e abraços daqueles fortes, calorosos fomo-nos apresentando. Mas quanto a mim nem era necessário pois que sem nunca termos tido contacto físico já nos conhecíamos. Tem piada, não tem? É uma coisa que até nem sei explicar, pessoas que não se conhecem a não ser pela escrita, começam a falar como se fossem amigas de há muito, como se se tivessem​ visto no dia anterior. Uma coisa vos digo: levo-os no meu coração, levo na bagagem os beijos trocados, os apertos de mão e o som da voz. Até ao próximo que pode ser amanhã.

Olá Braga

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Feliz por estar aqui...

Quando se pensa ser uma rainha e passar o dia no relax

.... sai uma gata Borralheira ou uma bruxa agarrada ao cabo da esfregona a limpar água todo o dia. Eu explico, afinal para que nasci eu senão para vos ensinar o caminho da luz e da água? Acordei cedo, ali pelas dez horas de uma manhã​ que tinha tudo para ser perfeita. Acordei e fiquei-me no ron-ron do calor das minhas penas. Mas, de repente, disse cá pra mim, uma vez que só eu é que me ouvia. "Levanta-te corpo de Cristo e vai mazé procurar que fazer." Enchi o peito de ar e, assim que coloco o pé no chão, sinto que algo não está perfeito! "Ah, diacho, ah estapilha que coisa (eu não disse coisa, disse outra, tá bem?), santo Cristo? Água!? Meus queridos, eu pus os meus lindos pés na água. O meu quarto estava alagado, os sapatos nadavam alegremente, a água dava pelos tornozelos e já descia as escadas com tanta intensidade que  o eu por mais que corresse não  é a apanhava. Do tecto do andar de baixo pendiam estalactites e gotas de água em fila. Até que fumo subia pelo a

Logo eu que as adoro

Com a idade as doenças crescem como cogumelos no inverno. É a artrite, a tensão alta, a osteoporose, a perda de audição, da visão, do olfacto, das faculdades mentais e outras que tais. O que nunca pensei adquirir com o avançar da idade é...um conjunto de moscas. Sim, moscas nos olhos e que vão acompanhar estes belos olhos azuis, tipo Liz Taylor (mentira, são castanhos - terra, mas eu queria tanto!), até serem comidos pelos bichinhos. Bem queria que fossem incomodar outra velha como eu, mas não. Estas moscas são minhas. Eu que as adoro e mato as que se cruzam no meu caminho. Castigo. O que não vem em pacote "terceira idade" é o dinheiro. Esse malandro escasseia e é tão necessário para, com dignidade, gerir os cuidados de saúde que merecemos. Os idosos assemelham-se a uma ave, um condor creio. Com dor aqui, com dor ali...

Mas diz-me, tu vais a Braga a um almoço?

Perguntava-me a minha neta Baixinha, de nove anos franzindo o sobrolho, olhos arregalados​ e mãos nas ancas a modos que peixeira do Bolhão (sem ofensa), quando lhes disse que na próxima quinta feira vou viajar para me encontrar com amigos que não conheço pessoalmente. - Não conheces pessoalmente? Nunca os viste? - parou para pensar e remata depois de refazer as ideias. - Espera....Vais encontrar-te com pessoas que não conheces?  Respondo que sim. - Não é perigoso? - e aqui está a demonstrar preocupação. E repetia "vais sozinha a um almoço com pessoas que não conheces". E abanava a cabeça como a dizer: "eles recomendam para não falarmos com estranhos e depois vão almoçar com estranhos! Não entendo os adultos".

Onde estavas tu no dia 25 de Abril de 1974?

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Começo  por mim. Era eu uma menina de dezassete anos....(pronto, já estão a contar pelos dedos para descobrirem que idade tenho), que estudava na Escola Industrial e Comercial do Funchal no antigo quinto ano (agora nono), e não percebia nada do que se passava, mas a palavra fascismo inquietou-me e aguçou a minha curiosidade ao ponto de na aula de História que, por sinal a tinha nesse dia, perguntar à professora o que queria dizer. Ela explicou para a turma e continuámos nas aulas sem saber bem o que era uma revolução pois que em História aprenderamos que revolução tinha havido uma em França há muitos anos. E houvera também muitas guerras. De resto, nada. E depois..... Era muita areia para a minha bicicleta e eu queria era namorar. E vocês meus amigos lindos, também eram assim como eu: burrinha, tapadinha dos olhos? Claro que não! Um...Dois... Três...É a tua vez. Fotografia: um hibisco ou cardeal da minha casa.

Shite, para aqueles que se esqueceram do português

Como sabeis vou muito a Londres uma vez que tenho lá os meus irmãos e, a coisa que me faz saltar a brotoeja e coçar o carrrolo o dia todo é, precisamente, aqueles portugueses que saem do seu país e, assim que chegam a Gatuíque , sim que os portugueses usam as laucostes, começam logo a falar inglês. É o indergrounde , é o base , vão logo aos shopes,  deixam de comer peixe e começam a comer fiche. Dizem  camone em vez de vamos, todas as pessoas são uns sanofabiteche. Mas o melhor é deixar de levantar um dedo, o do meio, e passam a levantar dois em forma de v. Se os filhos nascem lá, aí sim, a sua língua materna fica encostada na parede e dali para a frente só o inglês predomina. O problema é que sem saber falar o inglês correcto deixam a sua língua arrumada na gaveta e só falam português na presença dos filhos quando brigam....Uma forma de poder mandar para  o alto do mastro do navio sem que as crianças entendam. Olhem que conheço e cumprimento este casal. Ora, como pode uma família

Piscinas Naturais do Seixal

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Sou rapariga de palavra como podem comprovar. O que é prometido é de vidro, perdão, é devido. São de água do mar, salgadas e naturais. Um regalo olhar para elas. "Soberbo", como dizia um estrangeiro retendo a respiração.

Hoje é domingo dia de cruzar as pernas

Domingo... Se antes detestava este dia é só a pronúncia do seu nome dava-me uma brotoeja no corpo e ficava de trombas o dia inteiro: por ser véspera de semana preenchida de aulas, dia de preparar as lições, programar, projectar a semana, presentemente, só a pronúncia do seu nome faz aparecer um sorriso rasgado na cara. Domingo, na actualidade, é um dia para relaxar. Nao que não faça planos semanais, mesmo sem ser profissional o hábito ficou, mas agora aproveito para passear pela minha ilha, captar bons momentos, brincar com os netos e retomar energias positivas. Uma leveza portanto. À noite mostro alguns sítios bonitos do meu rural. A todos um excelente domingo, força para iniciar a semana de trabalho. Custa, eu sei, mas no fim é compensador. Palavra de avoGi, Técnica Superior de Lazer.

Eu não morrerei com palavras atravessadas na garganta

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Pensamento a ter em conta, por isso há que dizer tudo, nada de guardar para dizer amanhã o que se pode dizer hoje.