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O varrer dos armários

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Aqui, no meu rural, o Dia de Santo Amaro marca o fim das Festas, o dia em que se desmancha o pinheiro e se guarda todos os ornamentos do Natal. Ontem e hoje é dia de varrer os armários ou seja, comer tudo o que restou do Natal. É o momento de guardar os frascos de licor. Por esta época as pessoas reunem-se em casas de amigos para dar fim das iguarias da Festa. Como manda a tradição, e eu sou rapariga de cumprir à risca, logo vou a casa de amigos para "varrer os armários". Ora bem, aqui deixo umas quadras da época Dá-nos licença de entrar Ó minha rica vizinha Queremos varrer os restos Que sobraram da lapinha Vamos varrer a lapinha Deixai-nos entrar senhora Trazemos connosco a pá E também a vassoura É o Santo Amaro Que hoje aqui vem Varrer dos armários Os restos que tem. Por isso meus e minhas darlingues hoje é dia de festejar o santo. O Santo Amaro.

Sexta-feira dia 13

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Usando as palavras da minha Baixinha, a neta de oito anos sempre pronta a responder, assim como eu, prontes, dizia ela para não me preocupar pois que é um mito. Ora bem, eu sou rapariga dada a medos e superstições, mas é coisa que não me atemoriza é mesmo sexta-feira dia 13. Logo eu que tenho amor pelos gatos pretos, tenho vão de escada por onde passo muitas vezes, mas também tenho uma cruz de alecrim debaixo do tapete para evitar os maus-olhados e deito uma pitada de sal para trás das costas. Viram? Não sou supersticiosa, mas não vá o diabo fazer cenas....

Eu também fui à neve

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Há quem viaje milhas para ir até à neve, há quem faça férias na neve todos os anos, pois eu, meus e minhas, nunca gastaria um cêntimo para sair da minha zona de conforto para ver branco mais branco. Detesto neve e frio já sabem, mas é agradável subir aos píncaros da Madeira para tocar no granizo. Apanhar frio e regressar ao calor... Por isso também fui à neve numa de: "veja a neve cá dentro".

Poupe água, ela não cai do céu

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Eis a prova de que não é bem assim... Ela cai do céu ali para os lados da Madalena do Mar. É lindo, não? E tem dupla função: lava o carro e a alma!

A ilha da eterna primavera

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Não sabem onde fica? A CNN descobriu-a. Mas eu sou rapariga simpática e gosto de divulgar aquilo que me faz feliz. Daí que essa "ilha da eterna primavera" é... Exactamente. É onde me encontro. A minha Madeira. E  (AQUI)  podem ler o artigo todo.

O poder da anona

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Diz que a anona é 10.000 mais potente que a quimioterapia. É das frutas que mais gosto e tenho uma anoneira plantada no meu terreno. Sei que, em adolescente, dava-me uma dor no lado direito, ao mesmo tempo que me dava também um medo terrível de ser operada. Tomei litros de chá de folha de anoneira para evitar uma cirurgia ao apêndice. A sério, nunca mais tive essa tal dor. Se fez efeito, não sei. Mas mentalizei-me que sim. Por isso, acredito no poder da anona. Hoje comi estas que a fotografia apresenta.

Há quem não resista a um molhe de grelos

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E se vier acompanhado de pimpinelas, vaginha e alface ainda melhor. Comendo o que a terra dá. Frescos de hoje.

Nem parece que vivemos no mesmo país

Oiço falar em chuva, mau tempo, cheias, frio. Vejo o jogo na Catedral da Luz e chove canivetes. Nas notícias aconselham cuidados que a temperatura vai ficar negativa neste fim de semana. Ora, eu vivo em Portugal, mas nem parece. Nós, por cá, até temos sol à noite (brincadeira), e uma temperatura que mais parece que estamos no Rio de Janeiro. Ai querem sol? Só há uma forma de o terem. Vinde até aqui. E deliciem-se com esta temperatura agradável de uns míseros vinte graus e....chuva qu' adela? Niqueles...

Há muito muito tempo era eu...

...uma rapariga que vivia o carnaval em toda a plenitude. Era com alegria e ansiedade que começávamos logo após o natal a preparar os trajes para o cortejo alegórico do sábado, e desfiles nos hotéis. Eram dias e dias a trabalhar nos fatos, à noite, pois que durante o dia a vida seguia igual. Era mulher, mãe, docente, dona de casa com todos os trajectos necessários para que as actividades corressem da melhor forma. À noite era outra pessoa. Durante mais de trinta anos fizemos carnaval. Mesmo grávida participava no cortejo, dançava até ser dia, a barriga nunca me atrapalhou nem pesou (a minha filha nasceu em Abril o mê Bisalho em Agosto, por isso, no carnaval estava grávida). A gravidez não me inibia de dançar e participar no cortejo. Depois, os caminhos divergiram, o grupo acabou, o bichinho que roía o corpo morreu. Ontem reunimos alguns membros e foi um reviver de emoções. Saudades que eu tinha de estar no sítio onde tudo começou! Parecia que sempre estiveramos ali, que os anos nã

Eis aqui a fotografia daquele amor

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E perguntam vocês, meus aqueles e aquelas que me visitam: ainda falas nisso? Mas eu prometi, lembrai-vos? Eu prometi que assim que o galo m'acordasse ia eu a caminho do céu tirar a fotografia do dito. E como se diz em madeirense: "eilhos", em cima, a encabeçar o poste. Os tais amores de Burro planta daninha que se prega à roupa.

Amor de Burro, ai não sabeis!?

Cunquentão, não sabeis o que é Amor de Burro! Não estou a chamar burro ao amor nem a dizer que o amor é burro; somente fiquei cheia de amor de burro. Quiçá tem nome científico, eu não sei, mas no meu rural é assim que chamamos a uma erva daninha que por aqui abunda. Quem sabe o que é estique o dedo, sim? E digo, em boa verdade vos digo, se eu fosse boa pequena ia já agora tirar a fotografia, mas está escuro, estou de pijama, estou ca manta a aquecer os pés e não sou boa pequena, por isso, estejam atentas e atentos c' amanhã coloco aqui uma fotografia do dito.

Mê rico genro

Um genro violou a sogra de 88 anos até à morte. Dizem que, quando estava sério era boa pessoa, mas quando bebia ficava louco. Já tinha dado umas investidas à sogra que, certa vez, saiu nua para a rua, a fim de fugir dele. As coisas que oiço! E como as pessoas ficam quietas no seu espaço sem acusar! No meu rural, mais precisamente no Farrobo, São Jorge, no norte da ilha também há cenas destas. Cada vez mais desmotivada com a humanidade.

A propósito de "encher o peito de ar"...

Está calor e uma humidade que não se aguenta. Em Janeiro com esta humidade o que acontecerá em Fevereiro e por aí adiante até chegar ao verão? Encho o peito de ar mas não fico satisfeita, apetecia-me, assim, uma coisa mais fresca, uma ida até Braga que, quanto sei, está semenos...

Já leram as notícias de hoje?

E as de ontem? Pois, entendo, têm muito trabalho em frente ao nariz, se vos serve de consolo eu também e, vai daí, as notícias de ontem e as de hoje ainda não as li. Só sei que o meu rural, ou seja o meu Funchal está, outra vez, a ser falado, e desta feita por boas razões daquelas que enchem o peito de ar e apetece sair daqui e ir "simbora" pá cidade beijar cada pedra da calçada. Sim, darlingues, eu sei que não tenho costas para isso e até ficaria feio andar de rabinho no ar a beijar, mas há outras formas, não hã?, sem ser de rabo como alemães na guerra? Prontos, comecei a fazer uma canja e já vai num ensopado... Se me permitem, vou ler as notícias de ontem antes das de hoje, assim a modos de ter um fio condutor...

Uma má imagem!

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Para quem acompanha o campeonato de futebol da Liga Portuguesa sabe que, muitas vezes os encontros entre Nacional, União com outras equipas não se realizam devido ao nevoeiro. Um esclarecimento que se impõe: a Choupana fica situada no alto da montanha, não é de todo o melhor sítio para um estádio, mas adiante... Sabendo que a Madeira é uma ilha montanhosa, e que é no alto das montanhas que se forma mais densidade de água, pode estar a nevar no Pico do Areeiro, pode nevoeirar na Choupana e não em toda a ilha. Os micro-climas fazem estas diferenças. Por isso, minhas darlingues, custa-me ler o que dizem sobre o nevoeiro e a Madeira e a ligação que fazem uma com a outra. A região é cheia de micro-climas. No mesmo dia numa saída de passeio apanhamos com as quatro estações. Por isso, minhas e meus darlingues não julguem que por estar nevoeiro na Choupana está em todo sítio. É desagradável constatar a generalização do micro-clima da Choupada para toda a ilha.

São onze

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Para a passagem de ano estão esperados onze barcos na baía do Funchal. Na foto vêem-se oito, mas foi captada às três da tarde, de uma bela tarde, onde os milhares de turistas despem-se para receber os raios de sol. E será novamente uma noite memorável.

E depois há os otários

Ontem um dia lindo de sol e, como as Pulgas tinham os capacetes para estrear, foi-se em modo "carro de ciganos a caminho da feira" sem ofensa, para Santa Cruz e, se não sabem onde é digo que é onde se encontra o "orioporto". Atão três Pulgas, três bicicletas, três capacetes, três casacos, três pares de olhos e dois pares a cuidar, sim, que Pulgas não são carneiros por isso não andam atrás uma das outras e por isso tenho de pôr olhos tipo radar... Parou-se o bólide no parque, pagou-se o "ero" para uma hora e beira-mar passear. Ai que coisa boa é passear à beira-mar ouvindo o barulho dos aviões com o sol a bater na cara e as Pulgas a tirarem o casaco e a avó a carregar! Parecia um bengaleiro! Sentados na esplanada nem demos pelo tempo a passar e passou tão rápido que ao chegar ao carro ementes mê senhor fazia o inverso de quando parou, ou seja mete bicicletas, mete capacetes...eu, rapariga dada a observar o redor vejo um papel na montra do carro. Ai, que

O que ainda falta!

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Já estou cansada e o Natal ainda não chegou nem o Pai Natal, pese embora já tenha saído da Lapónia. Novamente ao supermercado ultimar as "coisas" para o Grande Cozido à Portuguesa na Primeira Oitava do Natal. E foram chouriços, farinheiras, alheias, mais as morcelas, os toucinhos, os bacons e presuntos. A carne de vaca e porco não foram esquecidas. Amanhã serão as couves, semilhas, batatas doces, pimpinelas e couves-flor sem esquecer as cenouras. Ai Gode, esta cena do Natal é bué cansativa. E, hoje, fiz a lapinha. Está em cima no cabeçalho.

E que tal este calorzinho, hã?

Mas está mesmo como se gosta e se quer. A minha irmã é que tem umas beiças de zanga daqui até Barcelona. É que, na semana passada, caíu agulhas e canivetes do céu, além de um espectáculo de relampejada que toda a gente, excepto eu, tirou fotografias. Mas, a minha mana anda "cus"azeites e pimenta no nariz a bufar quanto mais pode devido a estar um dia de verão, hoje, e de saber que vai estar toda a semana. Não há quem a aguente nem eu que tenho uma paciência sem limites. A bem dizer, julgo que quer levar o sol engarrafado ou no corpo é que não sai de baixo dele, salvo seja.

Estou aqui viva e sadia

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Eu sei que venho atrasada, mas caramba, eu sou uma rapariga do rural, ocupada, com família, com Pulgas, com trabalho até dizer ináfe. Daí que, ontem, foi dia de receber família e amigos (e saibam que a chuva só me aborreceu, porque churrasco não se faz dentro de casa, não é?). E hoje a mana quis ir até à banda do norte ou melhor, até ao Porto Moniz e, vai daí, este meu humilde casebre ficou a modos que abandonado. Amanhã a mana (de 75 anos) regressa ao sítio de onde veio e eu regresso à rotina. Abençoada rotina! Fotografias: Porto Moniz, hoje, domingo