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Eu confesso-me...

...Também aderi ao botox. Sim confesso. Aderi à moda. Tenho botox. Localizado na barriga. Onde todas as mulheres (e também alguns homens) tiram eu coloco. Tenho um pneu , uma auréola, um bocado de botox em volta da cintura. Nasceu normalmente. Estou na moda. E não gastei um cêntimo. Tenho de engordar mais para ficar com as bochechas cheias. Rás parta a comida do Norte. Rás parta esta camada de gordura que me envolve as entranhas e me tapa os ossos.

Gordura é formosura?

Este dito antigo aplica-se na íntegra actualmente. Quantas mulheres já colocaram gordura na cara para suavizar as rugas? E de onde se retira a gordura? Pois é...retira-se litros de gordura do rabo e coloca-se nas bochechas. (Se minha avó fosse viva.... diria que o mundo está a acabar.) A propósito a minha sogra é gorda, cara de lua cheia e olhando para ela a sua pele está esticada, plana, rosada (efeito da gordura natural.) E by the way quando alguém emagrece o que se diz? " Tás velha !" Antigamente se víamos alguém gordo dizíamos: " Tás bonita! Tás gorda ." Mais nada certo:"gordura é formosura." (Isto veio a propósito do programa que estou a ver: Dr. 90210. Há cada pancada, cruzes!)

Dialecto madeirense

Se já a nossa pronúncia é difícil de se entender, imagine-se quando se acrescenta uma tradução ingleso-madeirense. Ouvido hoje no Tele-Jornal da Madeira. O jornalista estava a falar de um projecto desenvolvido ou a desenvolver pela Junta de Santo António chamado: Xpress Xmas . Ora vamos lá à tradução fonética do projecto: acompanhem-me a silabar: Chis - pre - sse chis -mas . Hã? Não perceberam? Eu também não estava a perceber. Nem ele o jornalista. Não se apercebendo que era inglês toca a ler em madeirense.: chispresse chismas em vez de : ecs - press christ -mas . Não há nada como ler sem se preocupar com a fonética correcta. Mas vá lá ele percebeu e rectificou.

Há duas coisas na vida

Diz a quadra que: "Há duas coisas na vida que para a mulher é um tormento ter os sapatos apertados e o marido ciumento" Só me lembrava desta quadra todo o tempo em que vi as pequenas em cima de uns andaimes chamados sapatos. Elas já não podiam. Além de serem altos eram novos. Ora" piquienas " que geralmente andam de sapatilhas; hoje para a bênção das capas calçaram sapatos de salto bem alto e não os usaram antes para não esfolarem a biqueira. Resultado: pernas tortas, joelhos flectidos e dores muitas dores. Uma das minhas antigas alunas estava contorcida de cara e pés. Até lhe disse: " na igreja tira os sapatos. " Era a cara empoada cheia de brilhantes e pó de arroz com maquilhagem pesada, os cabelos arranjados no alto num carrapito . De certeza que por esta hora já jogaram os filha da mãe dos sapatos e calçaram as sapatilhas. E fizeram bem. " Olarilha "

Quando se quer passar despercebida não se consegue

Estava eu a ver o cortejo dos finalistas a passar quando ao longe vejo uma antiga colega (bem chata por sinal) a aparecer. Olho para trás a fim de evitar cruzar o olhar, tentando que ela não me visse. Até que alguém atrás de mim chama por ela. " Bonito serviço " pensei eu. Calhou que ela não ouviu. Volto a olhar para a frente a ver o cortejo quando alguém me empurra tentando colocar-se à minha frente. Fiquei fula. Detesto que me empurrem e se ponham à minha frente sem respeitar o espaço. Olho para a intrusa a fim de lhe dizer algo , mas a boca ficou aberta e.... - Olá colega!-diz-me ela. " Jesus ". Não me safo agora. Nunca mais descolou do meu lado. "Deu-me o gancho" (meteu o braço dela no meu) e ficámos de braço dado. Claro já não foi a mesma coisa! Falou dos netos (que são espertos, que têm boas notas, que estão na faculdade com médias altas). Falou dos filhos, das noras (tudo boa gente) e só depois é que perguntou por mim: O que fazia, onde e

Benção das Capas

Hoje de tarde fui à Sé Catedral à bênção das capas de um grupo de antigos alunos. Antigamente era um acto solene. As ruas fechavam ao trânsito. Hoje em dia não. Os alunos tiveram de subir a Rua Fernão de Ornelas apinhados em cima do passeio. Eu quase que não os reconhecia. Entre o crescimento próprio da idade, as borbulhas na cara, também o facto de estarem de fato preto, com cabelos levantados, cara maquilhada faz com seja difícil o reconhecimento das carinhas de há 10 anos atrás. Até que ouvi: "Professora" e claro, soube que era para mim. Entre os beijinhos, abracinhos e miminhos o "obrigada" ouvi bem. "Obrigada por tudo". Até houve uma que me beijou a mão. Imaginem! São tão, mas tão queridas estas pequenas!