Amanhã é um novo dia. Melhor, hoje é um novo dia
Marcava meio dia no relógio da cozinha. Vou ao quarto chamar a tia-velha. "Que horas são?" pergunta ela. - Ainda ficava mais um bocadinho na cama- sempre a mesma frase: o chavão matinal. Mas hoje como eu estava de boa maré e logo após a toma das pastilhas e do café dei autorização (até me rio com esta palavra) a que deitasse mais um pouco. Duas horas da tarde. - Vamos se levantar- digo-lhe. - Que horas são? - O tal chavão matinal. - Cinco horas - respondo delicadamente. - Dormi o dia todo? - Vá. Toca a se levantar. Andei numas voltas cá em casa e ...de repente lembrei-me que não a sentia de pé. Pois...continuava na cama. -Titia, são 6 horas! Mas na realidade eram 4 horas da tarde - Hã? Dormi o dia todo? Levantou-se e dirigiu-se à cozinha. Sentou-se no lugar onde costuma tomar o pequeno almoço. Mexia e remexia na caixa de medicamentos. Olho e apercebo-me de que está pronta para a primeira refeição da manhã. Para ela era um novo dia!