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A minha cabeça já foi uma boa cabeça, agora só vestígios

 A Pulga de seis anos acaba de fazer um trabalho, como diz ela, e pede-me para fotografar, com o telemóvel, como faço com todos os seus desenhos. Olho e não o vislumbro por perto. Peço-lhe para me ajudar a procurar. Ela procura de um lado para outro enquanto eu espero sentada. - Avó procurei na cozinha, na sala, no teu quarto, em toda a casa e não encontrei.  Pensei, visto que tinha sido uma procura rápida: "andas a me enganar, sua peste, se calhar fizeste como eu, sentaste-te. E não é que o "esteporado" do telemóvel esteve sentado comigo enquanto a rapariga procurava!? Sempre ali, caladinho, na algibeira da blusa, só quando ele falou é que me apercebi! Ai Pulga tens que dar o desconto da cabeça boa que já foi já, mas agora já não é e tende a piorar. Malvada PDI

Dificl entender com este peso e medida

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Eu a Pulga de seis anos falávamos do dia da Criança e disse-lhe que  na minha altura não havia. Acrescentei que também já fui pequenina que fazia as mesmas asneiras que ela faz porque todos nós, adultos, já fomos crianças. E bebés. E reforcei: eu também fui bebé, sabias? - E como coubeste na barriga da tua mãe? Pois difícil não é? Com este peso e medida como caberia? Os avós foram crianças ...grandes. Fotografia: Mais um trabalho (como diz ela) da Pulga de seis anos.

Se respondesse assim à minha avó levava mazera com a pimenta nei beiças

Ao fazer o jantar cai-me um dente de alho ao chão, e como estavam as duas minúsculas Pulgas e baixinhas como são (estão mais perto do chão) pedi à Pulguinha, a atrevida de 4 anos para me dar, aliás ela estava de cócoras. - Apanha tu se quiseres. - Olha lá, podes me dar isso, se faz favor!? - Apanha tu.- E nem mexeu os olhos muito menos as mãos. - Tá bem! Estou de relações cortadas contigo. Não fales mais comigo. - E como estava olhando para mim, acrescentei - E nem olhes. Daí a pouco vem ela toda lampeira; aproxima-se, fica ao meu lado. Digo-lhe: - Já te esqueceste que não falo contigo? Por isso nem te aproximes. - Avóóóó, tu és linda! - E aquele sorriso maroto é que me adoçou o tempero. Pois, vai-se lá entender esta canalha. Interesseira digo eu! Prontes, e verdadeira.

Quando o prato do dia é placenta

"Uma novidade no mundo científico pode fazer com que você reveja sua educação alimentar: uma pesquisa da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, sugere que ingerir a placenta logo após o nascimento do bebê — algo comumente visto em documentários sobre o mundo animal — pode trazer diversos benefícios à saúde das mães e, até mesmo, dos pais. Os cientistas responsáveis por esse estudo querem entender melhor os motivos de outras espécies realizarem a placentofagia e como isso traria vantagens aos serem humanos. Entre os possíveis resultados encontrados está que, ao ingerir partes da bolsa que carrega o bebê, a interação entre a mãe e a criança aumentaria. Além disso, as substâncias presentes na placenta ajudariam a atenuar a dor — tanto em homens quanto em mulheres — e ainda melhorariam o processo de fertilização." Gentilmente roubado daqui Os animais comem logo a seguir ao parto, mas posso dar a minha opinião: nunca na vida faria isso. E já agora, vejam  co

Normais somos todos

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A Pulga, a neta de seis anos, está a estudar as raças humanas. Esta tarde explicava -me através do desenho que acabara de fazer as diferentes raças existentes. - Este - e apontava para uma figura cujo rosto estava pintado de vermelho - é os índios. Esta - e com o dedo em cima do boneco com a cara amarela - é os chineses; esta - e seguiu com o dedo para a fila de baixo - é  os negros e esta... - com o dedo em cima da boneca cor-de-rosa -... são os normais.

Estas Pulgas!...

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Vou eu buscar a Pulga (a mais velha) ao colégio e antes de pôr o pé na rua olho o espelho a fim de obter a prova final, a aprovação. Achei-me bem: calça de ganga, túnica, cinto por cima, lenço à cabeça, em modo de peixeira e : - estou bem, assim?  - pergunto a Moi-Même . Em resposta abana com a cabeça como que a dizer: estou mesmo aqui para te aturar! E vou. Logo, mas logo que a Pulga me viu, parou. E ainda antes dos preliminares beijos e abraços de olhos abertos, admirada, sem se aproximar de mim, a modos que envergonhada, exclama: - Avóóóóó, vieste de chinelas!? Eu até pensei, quando a vi admirada, que tinha um pêlo na cara, ou pintado os lábios até ao nariz, borrado os dentes, ou as cuecas de fora, sei lá, mas não, era tão somente as chinelas de andar em casa. E fi-la passar uma vergonha!  E foi a maneira de toda a gente ver as minhas chinelas. Fotografia: Eilhas , as chinelas da vergonha.