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E só assim para o rapaz chegar até mim

- Avó, olha o que o Gu-Gu fez-me - e a Pulguinha, de quatro anos espevitada como uma cozinheira, mostrava-me uma trilhadela minúscula feita pelo irmão na brincadeira. Eu olhei e para manter a ordem disse-lhe: - Vai já chamá-lo e diz-lhe que venha cá que vou-lhe aquecer o pêlo. - E faço com a mão o sinal característico de dar uma palmada. Ela sai a correr à louca, e julguei que o rapaz não viria quando vejo-os pela janela. Ela à frente ele atrás. Ao chegar ao meu pé, diz-me baixinho com a mão a tapar a boca, para que ele não ouvisse: eu disse a ele que tu querias dizer-lhe que ele é lindo! E piscou-me o olho. A rir a rir. E ele vinha tão feliz! Ora esta gasguita mente só para o fazer vir que se lhe dissesse que era para um correlativo ou advertência ele nao viria. Tem espertos na cabeça.

3 - O que não pode faltar no meu Verão

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Em absoluto e com toda a certeza que o verão só é verão a sério quando há calor e calor faz-se também com convívio. Os piqueniques e passeios na serra, os almoços tardios, os churrascos, sim, os churrascos feitos pelo mê senhor (ele é o homem da brasa) tudo servido com uma dose de alegria e diversão. Com a família e amigos na serra em alegre camaradagem, com Pulgas a saltitar à nossa volta, que mais se pode querer? Fotografia: No centro, o que melhor fiz: os meus filhos.

2 - O Verão numa cor

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Vermelho. Vermelho sempre. Do sol poente, do fogo, das brasas da fogueira, do coração. Do calor das tardes solarengas. Vermelho, como só o sol sabe transformar o céu no lusco-fusco do dia. Fotografia: Entardecer no Porto

Já que não fui ao Rock in Rio...

..Pelo menos vejo em casa sentadinha numa poltrona a meu gosto, pronto, bem sei que não é a mesma coisa, não pulo, não vibro, não esperneio, não arranco cabelos, mas já imaginaram o que me ia sair do bolso só para ir ao Rock in Rio ? E assim ele canta (e encanta) eu como. Uma coisa feita a dois.

Eu não sei, mas cá por mim ...

...Este novo programa do Malato é cá uma parveira. Monótono, e ele fala fala e diz aquelas parvoíces e ri-se e goza, pronto, não gosto dele. Nem do formato. Olhem, eu ontem vi ao jantar e quase que a cabeça caía dentro do prato. Foi cá um bodeão! Não, não estava a comer bodeão; dei um, ou seja, pesquei, sabendo que em madeirense "pescar bodeões" é o mesmo que pegar no sono ou adormecer. Foi tanto o sono que por pouco não meti o garfo no nariz. Pronto, será por não apreciar o Malato que à partida não vou gostar do concurso?

1 - O Verão da minha infância

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Nada melhor começar o desafio, no Dia  Mundial da Criança, falando da infância. E como costumo dizer: eu também fui criança. E adorei sê-lo. E se há coisas que não se apagam na minha memória são as excursões no autocarro da SAM (Sociedade de Automóveis da Madeira) pela ilha. No primeiro domingo de Agosto era tradição fazer o passeio familiar. Era contratado um acordeonista para animar. Chapéus de papel na cabeça feitos pelo senhor João - o excursionista. Pela madrugada, pelas cinco horas, reuniamo-nos no largo do Colégio, cestas cheias de comida, sapatos rasos e assim que chegávamos, o senhor João distribuía os chapéus. O autocarro saía pelas sete e, de casa até ao autocarro, íamos a pé. Assim que a camioneta saía o meu desejo era chegar à primeira paragem (no Monte) para comer uma das sandes de omelete e beber a Laranjada. E era já aqui que enfeitávamos o carro com giesta. Regressávamos pela noite dentro, mas a camioneta levava-nos até à porta de casa. Fotografia: O gr