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Vinde até mim e digam

Mulheres do meu burgo, cheguem-se aqui, mas tragam o bordadinho que hoje vamos falar da vida alheia; escolham um banquinho, abram a cesta do bordado e façam filhitro à volta dos lenços para entregar na casa dos bordados. Mulheres minhas, já tão assentadas? Atão "vamilhá" a pôr a bilhardice em dia. Mas antes de se bilhardar da vida alheia, digam-me: já limparam os armários pá Festa? Já puserem as "images", os santinhos de molho na banheira da casa de banho? Já tirarem o pó do guarda-fatos e as teias de aranha do tecto? E sacudirem as roupas de cama antes de guardar-elas que o itono já tá a espreitar? E os cacarecos pa enfeitar a lapinha, já tirarem do sótio? Atão antes de saber da vida dos outros andor lá limpar a casa cu natal tá quasaqui.

No meu quintal...

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Esta trepadeira, que julgo ser daninha, cresceu num vaso sem ser plantada, e sempre por esta altura do ano cobre a parede e corre para o sol. Não sei o seu nome, mas também não interessa, pois não vou chamar por ela. Só sei que embeleza a minha parede de pedra. *Uma fotografia por dia.

Onde pára a polícia

Se fosse uma pergunta responderia que pára nos parques sem retirar o tiquete do parcómetro e sem cumprir o seu dever cívico . Estava uma viatura da Polícia estacionada num espaço reservado a utentes que retirem o bilhete e o coloquem visível, e os ocupantes - os policias - fora da viatura. As pessoas dirigiam-se ao parcómetro retiravam o bilhete e colocavam no respectivo carro. Isto tudo perto das 14 horas hora em que termina a obrigatoriedade de meter a moeda. O policia, atrevidote, ao ver as pessoas a formarem fila, diz com ar sarcástico e sorriso trocista: "não sei por que vêm tirar o bilhete, não estou cá para controlar quem mete a moeda". Diz o mê senhor, que cumpre o seu dever cívico sempre que lá estaciona, e, olhando para o tablier do carro da polícia, para constatar antes de falar... - "Pois não. Que moral tem de vigiar os outros se também não retirou o tiquete ?"  E como sempre, acabo com a frase que faço uso quando vejo que os cumpridores são goza

Navios na Pontinha

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 O porto do Funchal, hoje, sábado, com três navios de cruzeiro e um navio oceanográfico/hidrográfico (Beautemps-Beaupré) . E o clima? Nem me façam essa pergunta por favor... já sabem a resposta: só mesmo aqui no meu rural.

Eu ainda sou do tempo...

...Em que hoje era feriado e andávamos de saquinho às costas a pedir Pão por Deus, nada de doces e travessuras nem o rai quiú parta com estas modernices. Era dia de comer castanhas, nozes e frutos de  outono. A tradição já não é o que era. E isto de se mascarar neste dia acho uma aberração, um contra-censo. Carnaval antecipado é o que parece. Valha-nos as escolas que ainda mantêm a tradição, canão nem dia de pão por Deus parecia. Fora com estas americanizadas. Portugal ainda tem tradições e "vamilhá a manter-elas".

Quase que me matavam!

Em referência ao postezinho dali de baixo acerca do cruzeiro com as moedas recolhidas durante o ano, tenho a acrescentar que os há por menos de 300 euros a partir do Funchal. Refiro-me a um que custa somente 60 euros. Admirados? Eu explico. É um cruzeiro de um dia. Ao Porto Santo, ali imenso ao lado. A diferença é que neste cruzeiro temos de pagar o que consumimos, ao passo que nos outros está incluído no preço do bilhete. Por isso, não me matem mais. Há ou não há a menos de trezentos euros?