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É só mesmo para dizer que...

...tenho tanto frio que estou de meias calçadas nos pézes,  com um xaile preto nas costas que mais parece uma velha de campo, uma manta em cima das pernas e ainda tenho frio. Estepilha, não tivemos outono, mas o inverno tá a chegar cedo. Ai, meu verão, vem aos meus braços! Este rural está diferente.

Animais nosso amigos

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Os animais merecem o nosso respeito e o nosso carinho. E, quando não há amizade entre os homens há um animal para colmatar esse vazio. Aqui, em Ourense, este gato encontrou um amigo que se preocupa com ele e em troca ele cuida do seu espaço.

Com comadres destas quem quer outras?

A minha comadre da Beira Baixa - mãe do senhor meu genro - mulher sabedora dos gostos refinados da comadre cá da ilha, e sabendo da sua apetência por enfardar figos - passados ou por passar, mandou uma safatinha deles, bem doces, lá das figueiras da avó Ginja; e como por aqui em casa mais ninguém gosta deste pitéu (também somos só dois - eu e o mê senhor, e ele não é apreciador), ora eu sentei-me no sofá com Moi-Même, que também adora figos e nem toma fôlego quando toca a comer, a saborear, quando dei por mim já tinha embuchado praí uma vintena deles. Ai comadre, isso não se faz, quando quiser mandar mande duas safatinhas que uma é pouco. Ou então deixe-os a tomar gosto que daqui a dias passo por aí e trago esses, mais uns litros de azeite, mais as azeitonas, o bacalhau, o queijo da serra, os enchidos e aquele belo do chouriço feito por si, comadre! Na próxima não convido Moi-Même, é que ela come mais que eu.

Toda partida

Aquele rapazinho vai matar-me sem que me dê conta. Poça, uma rapariga fica uns anos sem alongar, esticar, fletir, encolher, saltar e de repente aparece um rapazinho na vida dela que lhe dá a volta à cabeça e o corpo já envelhecido quer agradar ao rapazinho; e então, ela quer ser reconhecida e ter a atenção do tal rapazinho e derrete-se quando ele repara nela e a elogia, deixando-a com o sorriso número 46 - aquele de canto a canto. E o pior é que isto tudo é feito debaixo do bigode do seu senhor. Por isso, se virem uns cacos velhos espalhados por aí recolham com muito cuidado e enviem-me, são os meus, certamente, e vou tentar colar... Mania esta de querer ser esbelta!

Que beleza de ácer na Circunvalação

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Não consigo parar de olhar para esta conjugação de cores. O céu, dum azul intenso, foi rasgado por um avião. Como sempre, na Circunvalação, perto do Hospital de São João, os áceres deslumbram-me. No meu Porto.

Que desperdício! Por cá come-se ao natural

Quando falei das massarocas alguém que não me atrevo a dizer como se chama só deixo aqui a ligação (e vão às carreiras ver beleza de fotos) perguntou-me se era galinha. Ora, por aqui, no meu rural, come-se massarocas, tanto assadas na brasa, como no forno, como cozidas na panela, só não se come cruas. Uma coisa que me admirava quando visitava o norte de Portugal era ver campos cheios de milho e só exclamava:" Ai que belas massarocas!" E só me respondiam, olhando de soslaio: "Ah, é pós porcos!" Pós porcos?! , mais admiradas ficava. "Sim, e pás galinhas!" Dar aos porcos e galinhas. Deixem-me ser porca ou galinha (prefiro galinha, poça!, que cacarejar eu já cacarejo todos os dias e até tenho jeito, mas roncar...) Mas, adiante, massarocas é muito bom, e atão agarrar numa já cozida ou assada na brasa, empastar manteiga e colocá-la na boca se de uma gaita se tratasse, trincar aqueles milhos é algo que só uma rapariga de bom gosto pode e sabe saborear. E e