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Aqui mando eu

Na minha casa enquanto os meus filhos foram pequenos sempre houve democracia. Cada qual tinha direito a se expressar livremente e as conversas tinham assento na assembleia de mesa. Era, geralmente, ao jantar. Cada qual opinava sobre o assunto em questão mas, a decisão sempre coube aos adultos. A frase: "todos têm direito a dar a sua opinião" era muito usada cá em casa com o restante..."mas a decisão agora será nossa". Julgo que os meus filhos não ficaram traumatizados por não terem poder de decisão. É que traumatizada ficaria eu se estivesse à mercê da decisão das crianças.

Vamos falar das rotinas

"Crianças sem rotinas para dormir apresentam problemas de comportamento". E eu não sei? Durante toda a minha vida profissional debati-me, guerreei com mães por causa da ida para a cama a horas certas. "Às nove?, ela não gosta de ir cedo para a cama. Só depois da novela". Estas e outras do género: "não consigo metê-lo na cama cedo, ele vai quando quer" ouvi da boca de algumas, muitas direi, de mães que não queriam contrariar os seus descendentes. Um obrigado àquelas que por mim passaram que eram excelentes mães e que não se importavam de contrariar os filhos.

Eu sei, mas ele não

O meu gato Ruca é castrado, pobre bicho que não pediu mas teve de ser, a Juju é uma tigresa linda que neste momento está no período fértil e a notícia deve ter chegado a Santana, pela quantidade de gatos que vagueiam por aqui não são só os da vizinhança. Ruca - o Castrado,volha para as cenas e fica a modos que burro a olhar para o palácio do Governador das Indias, não sabe para que é tanto barulho nem a fila indiana de gatos prontos a .... Olha, mas é que nem se importa e mantém-se esticado a apanhar sol. Mas há um senhor que por sinal é meu que anda a fazer uma espera a cada gato que se atravessa à frente. E é vê-lo de vassoura em riste preparado para atacar. E tem avançado umas vassouradas fora do pêlo, é que ninguém consegue ser mais ágil que gato. Mas uma coisa é certa, assim que vêem mê senhor dão de frosques pelo terreno acima. E abaixo.

E eu a pensar que era o avô!

Uma criança de três anos, barulhenta, demasiado rebelde, a gritar e a pular estava acompanhada por um senhor de cabelo branco, com rugas, assim a modos que com a minha idade. O senhor falava alto, quiçá era surdo devido à idade, assim como eu, a criança abria e fechava a porta, pena que não trincou um dedo, assim sossegava, eram praí oito da noite e o crianço não se cansava de incomodar. Até que ouvi-o chamar "pai". Procurei de entre os presentes o pai do crianço. Era o tal senhor de meia idade cabelos grisalhos, assim como eu que, devido à idade de ser avô  não tinha paciência para educar o filho. Cheguei à conclusão que: Pais com idade de serem avós são demasiado permissivos.

Agora já posso esticar os braços

No mês de Janeiro, na sala onde dou uns pulinhos e cambalhotas, ou seja faço ginástica, nem podia esticar os braços nem alongar as canelas. Era tanta a gente a querer queimar as calorias devido aos excessos de carne de vinha d' alhos que não havia espaço nem para poisar um mosquito. Passou Janeiro, entrou Fevereiro as calorias derreteram tanto que já não os vejo. Ainda na última aula havia espaço suficiente para fazer uma maratona. Vamos para Março e a sala está cada vez maior. Agora já posso esticar pernas e braços sem dar chapadas no colega. C' alívio!

E pela primeira vez

Ontem, o me Gu-Gu queria tirar a rodinha que tinha na bicicleta, lá andou atrás do avô que ele lhe fez a vontade. Sozinho intentava andar, perna aqui, pé acolá, meia volta, um trambolhão, outra meia um raspão na parede mas, aos poucos, foi aprendendo sozinho. Hoje a história era essa mesmo: a de um menino que com perseverança começou a andar sem ajuda de ninguém. Contava eu às Pulgas, já na cama que quando queremos conseguimos com esforço e vontade. "Pela primeira vez " o menino conseguiu e que "pela primeira vez" andou... E fui logo interrompida pela Baixinha, a de seis anos, que rematou e "pela primeira vez" o menino rebentou com a bicicleta. Não há volta a dar, esta Pulga vai-me comer as papas na cabeça.