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Pensamento meu: os velhos não têm quereres

Incomoda-me saber que há quem trate os seus progenitores, ou familiares idosos, como se de lixo se tratasse. Incomoda-me saber que depois de tudo o que um pai ou uma mãe fez pelo filho ou filha, este se descarte com a desculpa para o institucionalizar, dizendo que "está melhor do que em casa". "Lá tem tudo" é o que oiço dizer. Acredito, mas os funcionários nunca substituirão a família, tem enfermeiros que fazem o seu trabalho mas, que nunca darão o conforto de um filho(a). "Os velhos não têm quereres. Ela não quer ir para o lar mas vai" diz-se à boca cheia, "é o melhor para ela" ouve-se dizer a quem se justifica. Ainda há dias, falando neste asunto com alguém que internou a mãe quando o Alzeimer lhe bateu à porta, dizia ela e passo a citar: " foi a pior coisa que fiz na vida. Nunca devia ter internado a minha mãe." Também sei que, presentemente, quem trabalha todo o dia não tem condições para cuidar de um idoso. Sei disso e não sei o

Começo a acreditar neles

Afinal, os senhores da metereologia acertaram quando, ontem, disseram que o inverno vai voltar. Mas digam-me lá, que esta cabeça anda torta de tanto olhar para o céu em busca dos números da sorte, seilhá, pode estar escrito nas estrelas, não é por estes dias que chega a prima Vera? Supostamente, não será altura do senhor inverno deixar de se fazer engraçado (embora eu não lhe encontre a graça, que eu cá sou uma amante do verão embora me inche a veia), e ir-se, será que ele ainda não percebeu que está na altura de abalar!? Quiçá, espera que a sua prima Vera o acorde com aqueles beijos quentes de sol e abraços de calor ao fim da tarde. Entrementes se o virem por aí, digam-lhe que ela está a chegar, que se prepare.

Como ter netos e não ter filhos?

Depois de ter dito às Pulgas que nunca na vida enquanto os meus filhos andaram na escola acartara as mochilas às costas ou aos ombros como agora faço por eles que, mesmo pequenos levavam-nas porque eu não era a mula de carga e que mesmo me pedindo eu dizia que era função deles ajudarem a mãe... Gu- Gu, nem me deixou acabar a lição de moral e bons costumes e interrompe-me. - Mas, avó, tu tiveste filhos? Tu tiveste filhos, avó? - muito admirado de com esta idade ainda ser fértil e produtiva e por não os ter visto nascer, quiçá, estou a caçoar, mas certamente é porque para ele filhos são crianças e não adultos. Baixinha que está mais atenta à vida alheia, olha-o de boca aberta de admiração e com as palmas das mãos viradas para cima como se estivesse a rezar o Pai nosso, diz. - Ó rapaz,  mas então de quem é que achas que é filha a mãe e o Bisalho, hã? Como é que a avó tem netos se não tivesse filhos? Credo! - diz muito admirada revirando os olhos numa de desconsolo por o irmão não perc

Como eu era e como eu sou

Ontem, em cada ombro trazia uma mochila, na mão três lancheira e ainda a minha bolsa mais três casacos, e ainda um Gu-Gu na outra (sim, que este menino é um estrepela e tenho receio que corra e pule, atão, afinco as garras na mão dele). As Pulgas, essas, iam à minha frente com as mãos a abanar. Em chegando ao bólide, mê senhor olha para mim e antes que dissesse algo, perguntei: - Mas alguma vez eu acartei as mochilas dos meus filhos? - e antes que respondesse respondi eu. - Nunca. Jamé. Sempre foram eles. Mudei, não?

Às vezes tenho a mania...

Imagem
...que sou fotógrafa. Regent's Park, Fevereiro 2015

Tem realmente muita piada! Eu sou assim

Há pessoas que não medem as palavras. Eu sou uma delas. Há quem não pese. E ainda há quem não pese nem meça. Medir palavras é um exercício que me dá muita maçada. E não tenho à mão um medidor, mas tenho uma balança. Pesar palavras é um exercício que me dá prazer.

Cameleiras ou Japoneiras vai dar ao mesmo

Por aqui, no meu rural chamamos camélia a flor da Cameleira enquanto que, no Norte de Portugal são Japoneiras. Seja por que mome échamada é sempre um regalo olhar para as camélias que enchem as árvores por esta época. Não me dá jeito nenhum chmar de Japoneiras, mas o que é certo é que nos referimos à mesma flor quando olhamos para uma camélia. Terá vindo do Japão a camélia e daí ser conhecida por este nome? Mas por que razão por cá se chama de camélia?

Pensamento meu: Cada macaco no seu galho

O problema dos macacos é que alguns se esquecem em que galho estavam quando, nas suas brincadeiras saltam para outros galhos. O problema é que há macacos que não saltam e por isso não saem do seu galho, na esperança de que, nenhum o ocupe. O pior é quando o rei da selva manda que saiam do lugar para dar lugar a outros. Aí, os macacos discutem uns com os outros por causa de um galho, porque na sua perspectiva aquele seria um galho vitalício. Macacos há que choram quando o seu galho se parte ou quando é partido, deliberadamente, por outros.

Há cada uma! Esta do padre até tem piada.

Atão não é que o senhor padre, homem de Fé, da Esperança e da Caridade não fez o enterro de alguém que devia uns míseros trezentos e tal euros, referente à côngrua, que como diz a Wikipédia "contribuição financeira dadas pelos paroquianos para a honesta e digna sustentação do seu pároco" (a bem dizer, nem sabia da existência desta contribuição). Eu com esta fico a pensar que ninguém vai enterrar o senhor dos Passos Coelho, aquele que deve uns míseros milhões à Segurança Social (ah, deve ter sido perdoado por falta de conhecimento, sim, é diferente deste caso). O morto sabia que tinha esta dívida. O senhor dos Passos não.

O que fazer num sábado à noite?

Aceito propostas. Mas desde já digo que não me apetece fazer nada. Fazer algo ou não fazer nada. Dilemas só dilemas esta minha vida!

Isto é que vai ser mandar papaias!

Num cântaro cá do jardim, e sem que tivesse eu deitado sementes à terra, nasce a olhos vistos papaieiras. Ainda perguntei a Moi-Même, aquela minha empregada que não tarda muito vai de volta para a Jamaica, se tinha plantado. Responde-me, olhando para mim com aqueles olhos esbugalhados como se eu tivesse a doença do esquecimento, e tamborilando os dedos no tampo da mesa vira a cara como se fosse a rainha deste palácio. Preparada como estava ainda pensei, já de seguida, mandar-lhe umas papaias, mas abri a boca e fechei. Mas não perde pela demora. Sou senhora de mandar algumas.

Gosto de mulheres que falam português...

...e utilizam todas as letras, calmamente. E se possível ensinando aos filhos a maneira correcta de silabar palavras e expressões que não se encontram no dicionário. Um mulher com o marido e filhos a falar aquele português da ribeira. Para cima de "...que pariu" vale tudo. O marido ri-se, os filhos pensam: "que bem que fala minha mãe, p******  que a ....ariu" Ai vida!

E vão devolver o dinheiro?

Afinal as SCUT's são ilegais? O nome diz "Sem Custos para os Utilizadores" mas os iluminados de Portugal, que deviam iluminar a cidade não sabem o que quer dizer: Sem Custos para o Utlilizador e toca a taxar quem por lá passa. E eu, rapariga do rural sempre que ia à civilização avançada tinha de andar a procurar um posto onde pudesse pagar as tretas das portagens antes que os custos fossem superiores ao valor estipulado. E quando saía de Portugal pela porta grande rumo a Espanha e por lá ficava alguns dias? Era "um vê se te despachas" a pagar antes da fronteira que, dar de .....eu ia aqui deixar uma palavra mas é melhor não...comer ao estado é coisa que a mim não me agrada. Afinal comprova-se que são ilegais as taxas. E vão devolver o que foi pago? Este nosso país já foi um bom país agora é o que se vê.

Basta eu saber que ele está ali...

...que corro para satisfazer esta gula. Sim, sou gulosa por ele. Se não o tenho não lhe sinto a falta mas se pressinto que está no mesmo espaço que eu, não consigo deixar de pensar nele. E agarro-o com estas mãozinhas sedentas, e meto dedo após dedo dentro dele, bem para o fundo a procurar algo que me satisfaça. Quero tudo, só para mim. Tiro cá para fora e fecho os olhos a saborear o momento. Chupo cada dedo...lambo a palma da mão...limpo os vestígios na boca. Que maravilha! Não é sempre que o agarro com todos os dedos. Hoje sim, e desejo-o porque sei que está ali à minha frente. A minha mente está ocupada, vou lá e agarro-o novamente. Não, é melhor não. Mas só penso nele. No prazer que me dá meter na boca, aos poucos, e trincar... Meu Deus, porque razão não páro de pensar no pacote de batatas fritas?

Uma chapada nas beiças...

...é o que me parece quando olho para pessoas, digo pessoas porque não são só as mulheres, que colocaram botoquesse nos lábios e neste caso no superior. Olho e penso que está inchado. Levou uma chapada. E nem digo o que me parece quando estão os dois insuflados. Feio, caramba!