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Eu tão só tão só

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Há muito tempo que não tinha um dia só para mim. E, sendo eu como sou, sagitariana ao expoente máximo, adoro estes dias. Dias em que não programo almoços jantares, dias em que tenho a casa só para mim e oiço até o meu estômago a roncar. Sem Pulgas, sem o mê senhor que foi para o rallie, nem vejo horas. E o que se faz nestes dias em que estou só? Queriam, se estão a pensar que relaxei deitei espreguicei e sornei, desenganem-se...escafiei a casa, desde banho de lixívia a cera e a roupas lavadas nada ficou por fazer. E Moi-Même? Essa bitche, nem levantou o aspirador do chão quando me caiu em cima do pé. Gosto de estar só, com a certeza porém que não estou só.

É já a partir de amanhã...

...que fico com o coração cheio. Aquela parte que me parte e reparte pela saudade chega logo pela manhã. Amanhã, de manhã, a família está completa. Chega o mê Bisalho com a sua Madame (projecto-nora) do norte. Amanhã salto de alegria. Se o mu do tremer ou chocalhar não se aflijam, saibam que sou eu com aqueles saltos que dou para me pendurar ao seu pescoço e enchê-lo de baba. Amanhã pode o mundo acabar que não me importo, pois tenho a família à minha roda. É e será sempre a minha maior alegria.

Detesto gente mal-humorada

Tenho o prazer de conviver de perto com gente carrancuda que não esboça um sorriso como se eu tivesse culpa do dia não ter corrido bem. Custa sorrir mesmo que a vida nos dê limões quando nós queríamos laranjas?

Vá lá chamem-me estúpida

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Tonta, tantã, parva, retrógrada, velha, inculta e outros, mas que eu não oiça, vá lá, respeitinho, sim?, mas comer bolas de Berlim na praia tem um não sei quê que não me agrada. Aquele açúcar, aquele creme, aquele pegajanço nas mãos aliado à areia que com o vento salpica na bola, deixa-me nauseabunda. E, bolas de Berlim com areia não é para mim, mas já se for um prato de lapas, camarão e polvo de cebolada vai tudo. Assim a modos que lamber os dedos desde o mindinho ao polegar. Bola de Berlim só mesmo ao longe. E no Inverno.

Procriar também é um acto natural, não é?

E podemos fazê-lo em público, assim como dar a mama? Esta dúvida corroi-me. É que por este andar vamos passar a ver tudo só porque são "actos naturais" de animais. E para quando um parto natural enquanto se debate a lei da adopção? Ou a da IVG? Isto (ainda) a propósito da deputada argentins que amamentou o seu bebé no parlamento.

Peste grisalha

Há para as bandas da Assembleia da República quem chame aos reformados "peste grisalha". Ora bem senhor deputado eu, na qualidade de aposentada tenho o prazer de ser grisalha, assim como a senhora sua mãe e pai, e, certamente devem estar triste com Vossa Excelência por serem assim considerados. Não sei o vosso relacionamento mas, tendo em conta, a forma como fala dos reformados julgo que os seus progenitores, neste momento, devem pensar que raio de filho que abrótea que misantropo conceberam. Eu ficaria triste se filho meu me chamasse e incluísse neste fragelo que é a peste. E já agora, deixo o artigo de opinião de Ferreira Fernandes sobre o assunto. "Porque me doem as cruzes, a figadeira já não é a mesma e... e... ai, queres ver que me esqueci do que estava a dizer... ah, já me lembro! Porque há razões para isso, só agora vou escrever sobre um assunto que veio à baila há duas semanas. Carlos Peixoto, deputado pela Guarda, deitou crónica no jornal i. Onde escreveu: