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Eu também já fui criança

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Falando da infância... Eu também fui criança. Embora pareça que ainda sou e tenho um grande prazer em ser/parecer uma criança embora crescida - pois que, com o meu pequeno metro e noventa, ninguém diria - esta situação agrada-me, porque para as crianças há desculpa assim a mim desculpam-me nestes meus desvarios. Adorei ser criança. Daí que não queira deixar de ser...ou parecer vá lá... Como costumo dizer às minhas Pulgas quando tentam me passar a perna "sabem, eu já fui criança, também tentei enganar a minha avó, mas ela também tinha tentado enganar a avó dela e não conseguiu. Por isso não vale a pena porque quando vocês iam eu já vinha". Fotografia: numa excursão pela ilha eu a dançar com a minha madrinha. Se há memórias que não fogem do pensamento esta é uma delas.

Não aguentava mais esta situação

Pus termo a uma relação que já durava há algum tempo. Não se admirem, aqueles que me conhecem sabem do que falo. Há uns tempos para cá sentia-me desconfortável, a sua constante presença tirava o ar. Era um sofuco, eu estava no limite. Olhava para ele e pensava no quanto o amei, o quanto sofri para o ter ao meu lado. Mas nestes dias, sozinha, equacionei esta relação e  cheguei à conclusão que já era altura de partir para outra que não me deixasse desconfortável, ansiosa e, acima de tudo, que me fizesse feliz. Ontem, depois de muito ponderar olhei bem para ele ali, esticado na cama disse do alto da minha pessoa, do alto do meu quase metro e noventa.... - Hoje vais sair daqui. Vais dar lugar a outro. Ele ainda questionou que "quem aguentou até agora aguenta mais uns tempos". Mas eu, altiva e orgulhosa, jogando todos os trunfos que tinha na mão, ripostei: - Chega! Ináfe (inglês). Esta relação termina agora. E, juntando todas as forças que ainda dispunha tirei-o da cama,

Pressa muita pressa

Estou na casa de banho a arranjar-me porque as Pulgas estão quase a chegar para o almoço - e só acrescento que "Pressa" é o meu segundo nome o primeiro é "Muita"- abro a gaveta e tiro ao mesmo tempo o desodorizante e o batom. Tenho de explicar a cena seguinte ou chegam lá? Pronto, foi isso mesmo. Debaixo do braço dei batom... Cabeça de catchu...

Mandem-me para Mercúrio, mas tirem-me deste mundo!

Macabro as notícias que se ouvem e que se lêem. Desta vez uma idosa que estava desaparecida desde quinta-feira passada foi achada congelada dentro de uma arca. Parece que foi um assaltada, tendo sido roubado 15 mil euros...(aqui abro os olhos de admiração por ter tanto dinheiro em casa), assassinada e colocada dentro da arca da casa onde residia. Julgam ser um acto de vingança. Pelo amor da Santíssima Trindade, quando é que estes actos de malvadez vão acabar? Nunca se viu tantos. E antes que me digam "sempre houve", é verdade sempre houve, mas no presente são mais rebuscados e mais atrozes.

Dia fresco

Hoje foi dia de mudar os lençóis da cama. Já não os mudava desde a primeira guerra mundial e hoje foi o dia. Atão, estou aqui desejando de saltar para ela, pois se há momentos dignos da minha adoração um deles é meter-me numa cama cheirando a fresco. E eu uso Lenor - amaciador - que vem directamente não da Tailãndia mas de Londres. Adoro o cheiro deste amaciador que perdura desde a primeira guerra até à segunda. Estou ansiosa para meter este belo corpo enxovalhado, cheio de pregas, nuns lençóis engomados pelas mãos da minha Paula  - a que substitui Moi-Même quando ela está sem pachorra para tarefas domésticas. Lençóis cheirando a lavado e a Lenor é qualquer coisa como ir ao Céu e voltar enquanto o diabo não vê. Aguarda-me um momento de verdadeira paixão.

O amor não se mendiga

Todas as manhãs acordava com a esperança de que ele olhasse para ela. Todos as noites rezava para que ele voltasse a ser o homem que povoava os seus sonhos. Todos os dias recolhia as migalhas de amor que ele deitava ao chão, mas não enchia o seu coração. Tão poucas! Cada dia menos. Ela sofria com a humilhação de ser trocada por outra mais nova, mas não mais bonita. Ele dizia que não existia nada entre eles. Mentira. Existia sim: os filhos. Crianças pequenas que também recebiam as migalhas de amor que o pai sacudia. À noite, sozinha na cama, olhando para o lugar dele vazio, dizia: "amanhã ponho fim nesta relação", mas quando acordava mudava o pensamento ao vê-lo. "Vou esperar...pode ser que volte a amar-me." Levanta-se e recolhe as migalhas de amor que ele espalhara ao sair...

Deu-me uma...

...Branca, alva, clara,  nívea, assim como quem passou lixívia no cérebro... Não tenho nada para dizer. Estou vazia de palavras. Não me lembro de algo com substância e fico aqui a congeminar e a dar cabo da cabeça e não sai nada. Oca, vazia... Enquanto isso o mundo gira e as horas avançam... Rezem para que seja passageiro. Vamos fazer a corrente de oração.

Felicidade

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Abre a felicidade como se estivesse numa garrafa. Como se fosse champanhe. Inspira o seu aroma, espalha por toda a casa o seu conteúdo. Descansa com a garrafa vazia na mão e olha para ela derramada. Vive a vida. Procura uma garrafa e... ...abre a felicidade, pois então! "As ideias das pessoas são pedaços da sua felicidade."                          William Shakespea re

Um dia na cidade de Melbourne

Vi no feicebuque, lugar onde se sabe de tudo ou quase tudo, que um amigo meu viajou até à Austrália. Havia uma publicação em que dizia "um dia na cidade de Melboune" e apontava ter cerca de cinquenta fotografias. Corri a clicar para conhecer a cidade. Pois, as cinquenta fotografias eram a cara dele em primeiro plano na benditosa Melbourne. Escusado será dizer que da cidade não vi nada mas consegui contar os poros da cara e os pelos que constituem o seu bigode.

Sempre na vanguarda do bem servir

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Ai se não era eu não sabiam conjugar o decote com o colar. Não pensem que sou "ingoista" e guardo as dicas da moda só para mim. Que seria da blogolãndia sem os meus conhecimentos? Eu que vim ao mundo para ensinar a forma de usar correctamente os colares. Agora apareçam aqui com o colar de bico sobre a gola redonda que eu mando ver o manual!. Futilidades.

No Portinho da Arrábida

Nunca os meus lindos​ pés e sapatos tinham pisado este local e, a bem dizer, não achei tão lindo como se fala. Quiçá também ajudou o dia sombrio e cheio de maresia que dificultava a vista mas, de verdade, até passei por recantos mais bonitos. Mas não vou falar das visitas, vou falar de uma situação que a mim me incomodou. Éramos dezasseis e ficámos na parte coberta do restaurante que logo a olho nu não merecia nome de restaurante. Mas tinha uma óptima lista de peixe. (Por exemplo: robalo do mar a 42€ ao quilo e o que duas pessoas pediram tinham um quilo), garoupa também. Adiante... Na hora de pagar dirigimo-nos para a caixa de pagamento e vejo numa mesa ao lado duas senhoras e um bebé. O bebé chorava e agitava-se muito. A mãe pega nele deita-o em cima da mesa que até tinha as toalhas e muda-lhe a fralda suja de cocó. Se ela se importou que havíamos jantado lá (e deixados mais de trezentos euros), e merecíamos um um pouco de respeito, penso que não, naquele momento o que realment

Com chocolate nas unhas

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Eu não gosto de comer chocolate mas gosto de beber um bom cacau quente. Não aprecio bolos (de chocolate) e até a pronúncia da palavra "chocolate" que, à maioria das pessoas faz salivar, a mim dá-me uma volta no estômago. Não gosto não como, nem dou um passo à frente quando chamam para partir o bolo. Tonterias minhas, e eu não sei!? Mas voltando ao chocolate só o aprecio nas unhas. Adoro pintar as unhas​ da cor do chocolate. E quem mais não aprecia chocolate?

Estou aqui...estou aqui...

Estou aqui... aqui mesmo em frente a vocês de braço no ar para me verem...sim sou eu, regressei. Não me vêem? Claro, entendo... Foi muito tempo, não foi? Cá nada! Um fim de semana nada mais... Como!? Estou mais gorda!? Ai, não não comecem! Poupe -me Nannnnnn esses olhos enganam! Eu até nem comi muito! Tudo macrobiótico, dietético, orgânico, saúdavel. E foi robalo selvagem e foi carapaus com arroz de feijão. Também foi picanha, arroz de marisco, bacalhau com frutos do mar, lulas recheadas e grelhadas. Foi também arroz de pato e bolonhesa... Sim queridos e queridas da minha vida, eu sei que deixo saudades não estando aqui à vossa frente, mas, caramba, eu avisei... Não me vêem, e oiço ali uma voz rouca de tanto gritar pelo meu nome.... Estou aqui à frente de lenço branco no ar... aquiiiiiii.... Olá para ti também...para ti, para ti...aquele abraço tao sincero. Um abraço do tamanho do oceano que nos separa... E que nos une. Saudades minhas. Eu também tenho muitas... não minhas cara

Bom Fim de semana, pois então!

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Esta sou eu. Podia dizer que é o meu lema, é a forma que tenho de viver. Tento tirar sumo mesmo que a fruta esteja seca. Bom fim de semana que agora vou ali comprar fruta sumarenta. "Esta Lisboa que eu amo.....

Há muito muito tempo...esta sou eu e não tenho tempo para mudar. Nem quero.

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....era eu uma pré-aposentada sem "nada para fazer" - isto para brincar com aqueles que julgam que os aposentados e reformados deixam de ter fases: ou fazes ou não fazes nada - e a minha filha tinha um blogue onde eu comentava já com o meu célebre "avogi", e como já tinha Pulgas (sempre tive melhor dizendo), além da minha tia-velha, uma grande Pulga e que foi o mote para este  blogue, decidi escrever as minhas peripécias. Quem é novo por aqui não se lembra da minha tia-velha, mas ela deu origem a muitas publicações​ hilariantes devido à sua idade e esquecimentos (ali na etiqueta: "titia"). Oras... e horas passadas aqui neste meu humilde casebre. Tantas mas tantas alegrias (e tristezas mas isso são aqueles carrapatos de estimação que tenho grudados nas pernas)... Pois bem, são oito senhores e senhoras são oito anos a escrever neste meu projecto. São oito anos a relatar acontecimentos do dia a dia. Por isso meus amigos que todos os dias ou dia sim dia

Também tenho fases

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E é assim que digo a Moi-Même, a minha empregada do Belize quando de dedo no ar e a empurrar-ela (como se diz em madeirense), para o trabalho, lhe ordeno: "Ou fazes agora ou nunca mais fazes", porque Moi-Même trabalha de empurrão.

É já amanhã

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E eu que comecei a hiperventilar!

Esta sou eu a dar ideias

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Uma pêra-abacate por dia nem sabem o bem que faria. Acalmem-se, por favor, podem comer "quilhos" que não alargam as ancas. O mito de que a pêra-abacate engorda está fora de moda. Até li que ajuda a emagrecer. Ora, logo eu que dou um olho míope e um estrábico em substituição de um quilo ou dois. A banana, essa malvada, é que nos faz praguejar. Esqueçam a banana porque pior do que ela se alojar durante um século nas ancas é que nem na próxima reencarnação desaparece. Palavra de quem vive a informar os benefícios e malefícios da fruta cá do burgo. Ah, e parem de olhar para a fotografia porque esta está aqui (e faço círculos no estômago proeminente devido à ingestão desta coisa boa).

Já briguei, já aliviei e daqui para a frente "ai dele" se volta a fazer o mesmo

Ontem, na lista de chamadas recebidas e não atendidas estava uma de alguém que não vejo há mais de seis anos - e a Madeira é pequena, não é? Ligo de volta não sem antes no meu pensamento passar a imagem da pessoa, e o que terá motivado a chamada, e logo penso: morreu alguém?, alguma bilhardice pronta a ser partilhada, uma das boas, quentes e frescas, só pode... Como não atendeu mandei mensagem com a pergunta óbvia: "telefonou-me?" Recebo de volta a frase: "Eu liguei-lhe porque a professora ligou-me!" "Eu? Não me lembro. Mas já agora pergunto se esta tudo bem." Conclusão: este estapilha dum raio anda a ligar para velhos conhecidos meus sem minha autorização. Já  briguei com ele e daqui para a frente se quiser que eu fale com alguém, faz favor, vai dizer-me antes de ligar sem minha autorização. Mas depois arrependo-me e penso que... "Pode ser saudade" como me disse o Nuno da Câmara Pereira quando lhe contei este episódio.

No rescaldo

Nada a acrescentar ao que já foi dito sobre Fátima, Futebol e Festival. Nada a dizer sobre o enorme orgulho - e saibam que não uso muito esta palavra - em ouvir pela primeira vez 12 pontos para Portugal. E mais 12,12,12,12,12... Portugal, Portugal Portugal . Nunca se ouviu tantas vezes esta palavra. Em 61 anos de vida nunca tinha chorado a ver a pontuação no festival da Eurovisão e nunca torci os dedos a fazer figas para que Portugal se mantivesse no cabeçalho, quiçá pela falta de confiança, quiçá por não acreditar... É uma alegria, depois de ver o vermelho a encher o Marquês só mesmo a vitória do Festival. De Fátima digo que foi preciso o Papa vir a Portugal para uma série de acontecimentos bons, por acaso, acontecer Dizer que estou feliz é um lugar-comum... Digo antes que não conseguirei viver mais sessenta anos para ver Portugal vencer a Eurovisão.... Para o ano será um acontecimento único por ser a primeira vez. Espero estar aqui, na Terra, para presenciar e apoiar o meu p

Hoje é dia F...

Fátima, Futebol, Festival... Dia Fantástico. Dia Fabuloso... Começou com Francisco em Fátima a rezar por nós... Depois um Futebolístico dia... Dia Fértil em opções que poderá ser Falado a nível mundial. Claro que é Facultativo, mas esperemos pelo Final do dia para sabermos se o Frágil Sobral no concede um Final Feliz. Um Fim de Semana Frutífero e Formidável para todos nós. Um abraço Fraterno daqui deste lado do mar.

Tenho cá uma sorte!

No supermercado cá do burgo pergunto à linda menina de cabelos aos caracóis e de óculos de tartaruga em cima do nariz que peixe era aquele que eu estava a apontar, pois que alabote - era esse o seu nome - não o conhecia. Queria eu saber a nível de sabor, textura, mas a linda menina de caracóis e óculos de tartaruga em cima do nariz pega na embalagem vira e revira e vira depois de revirar, e diz-me do alto da sua sabedoria uma coisa que eu não sabia: "Olhe, é peixe". E sorri. Sorri com aqueles dentes lindos em fila e puxa para cima do nariz os oculinhos de tartaruga que teimavam em descer. Eu olhei para ela com o meu sorriso 25 - o enigmático, tão enigmático que deixou de sorri ao mesmo tempo que passava a mão no cabelo​. Este meu sorriso é realmente difícil de decifrar. Eu  mantive-me a olhar fixamente para a menina linda de caracóis e óculos de tartaruga em cima do nariz e com um sorriso lindo que me fascinava. Fascinava-me ainda mais a sua desentura e abanar de ombros ao

Preciso de ajuda. Já não sei o que fazer!

Que chaga! Tenho a cabeça a latejar. Desde domingo que ando a cantar o fado da Ana Moura: "O dia de folga". Isso porquê perguntam vocês? Ora, porque no cortejo da Flor uma trupe levou esta música e durante as duas horas de cortejo era o que mais se ouvia cantar. Eu, cuja cabeça mais parece um moinho de água, tenho-a no pensamento e já estou farta. Mas o que é que eu faço para a tirar da cabeça? Sugestões, preciso de sugestões! Que coisa! E mudar de cabeça não está ao meu alcance! "Cada dia é um bico d'obra...uma carga de trabalhos faz-nos falta renovar...baterias.... há razões de sobra....,"

Mas é assim tão boa?!

Confesso: ainda não ouvi a tal canção linda, romântica, carismática que o tal Salvador Sobral interpretou ontem na tal semi-final da Eurovisão da Canção. Confesso: geralmente não aprecio as canções que levamos ao festival, mas parece que esta vai ser a salvação. Atão, se o intérprete se chama Salvador está tudo a dirigir-se ao pódio. Confesso: não me causa interesse sentar-me a ver um rol de cantigas que, a saber, já uma está predestinada a vencer. Confesso: não entendo a razão de a Austrália estar representada (mesmo sendo convidada) que até poderá ser a vencedora. Nem está perto da Europa... Confesso que este concurso é um cambalacho.

E, aos 61 anos 4 meses e 29 dias de existência​...

...fiz uma tatuagem. Podia dar-me para pior mas não. Fiz uma tatuagem linda que simboliza a minha família, aquela que constituí e está preparada para aumentar por cada neto que chegue. E com um simbolismo ainda maior. Oferta dos meus filhos no Dia da Mãe. Sim, eu sei que sou velha, sim, também sei que perdi o juízo (e não sei onde, é que não o consigo encontrar, caramba!), sim claro são coisas de adolescentes....sim....sim... sim...para tudo o que estão a pensar.... Mas estou feliz​ com a bela da tatuagem. E depois... até as minhas Pulgas adoraram. E porque não se sou jovem? Que culpa tenho eu de ter nascido antes do tempo?

Um conselho por que eu nasci para vos ensinar o caminho certo

Quando sentirem que a vida está amarga, se esgotaram todos os pacotes de açúcar e mesmo assim não adoça, dêem uma mexida forte, agitem bem, abanem a vida é que por vezes o açúcar está no fundo.

Porque eu tenho tomates

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São pequenos mas são meus. Plantados, regados, cuidados e ainda há pouco comidos. Eu também acho, e respondo aos vossos pensamentos, pois sei que em boca pequena estão a dizer: "Caramba, ela merecia ter uns tomates maiorzinhos que estes." Mas prontes e como se costuma dizer: "cada um tem aquilo que merece" e este deve ser o tamanho próprio para mim, mas sei que há quem os tenha grandes, carnudos e pesados, mas os meus são assim: enfezados, pequenos e murchos mas pelo menos tenho tomates, e depois?

Porque dia da mãe é sempre que alguém chame mãe

Só mesmo para pedir a todos os filhos que nunca, por motivo algum, se esqueçam da sua mãe. Digo mãe: - aquelas mulheres que pariram e protegem as crias dos ventos e tempestades e de todas as agruras da vida; - aquelas que não pariram mas são mães em toda a acepção da palavra; - aquelas que insistem e depois de esgotadas todas as possibilidades não cruzam os braços e abraçam outras hipóteses; - aquelas que não podendo gerar cruzam os braços e olham pelos filhos das irmãs, como a minha tia-velha (eu tinha de falar dela, não poderia não falar). E... - Àquelas que se esquecem do seu papel sendo só a mera portadora de um bebé que se demitam da sua função de mãe espero que um dia reflitam e que as suas filhas não tenham a mesma atitude.  - àquelas que fazem filhos como quem faz tricot e os deitam ao vento, - àquelas que fazem dos filhos o bombo da sua fúria, - àquelas que olham para os filhos como a fonte de rendimentos, a estas e a outras aqui não incluídas, desejo que um dia, um

Eu dou-me nisto. E venha o sol o vinho as flores...

Logo pela manhã a chuva bate nas persianas da janela e chama-me à razão. Era hora de levantar este corpo (outrora Danone agora baleia assim a modos que azul meia-noite) e passear. Dez horas diz o galo no campanário da igreja da Sé e a galinha da vizinha cacareja no quintal. Dez horas de um dia chuvoso mas não frio. Depois de levantar o corpo outrora Danoninho agora Michelinho, fazer as orações matinais, e obrigações inerentes ao levantar, tais como espreguiçar, bocejar e outros fui ao encontro de doze pessoas (apenas conhecia duas) para um passeio tipo meia-volta à ilha. Pelas dez horas de hoje abandonámos o Funchal e a chuva e fomos ao encontro do sol. Vimos as montanhas, olhando de baixo para cima e de cima para baixo, tanto subimos como descemos, atravessámos túneis, cortámos caminhos. Houve trambolhão e joelho esfolado. Houve risos, abraços, choros e cansaços. Foi um dia pleno de amizade. Foi dia de unir Madeira ao continente português...porque somos Portugal.

Festa da Flor 2017. A Madeira está em festa

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Não preciso dizer nada. A beleza das flores sobrepõem-se às minhas palavras. Desfrutem da beleza ímpar de cada flor. Só digo que ao  vivo é um sopro no coração.

Fiquei possessa! E foram só quatro dias...

Ontem foi dia de peso. De me pesar quero dizer. Atão, como eu sei que a balança marca sempre um pouco mais (é defeito dela), eu coloco o ponteiro antes do zero. Mas hoje ela irritou-me. Andou muito mais do que eu pensava. Só me apetecia pegar num malho que o mê senhor tem na oficina e dar até o ponteiro desaparecer como o sol no horizonte. Ora, uma p'ssoa vai de minimini-férias, a p'ssoa fica na casa da comadre e para não fazer a desfeita diz que sim a tudo: "gosta de arroz de pato? Gosta de favas guisadas com carne de porco, vaca e galinha? E coelho, gosta? E para sobremesa quer leite-creme? E quer provar um vinho cá da casa? Verde ou tinto? Para digestivo vai uma cachaça? Ah, o jantar ainda não está pronto mas vai sair uns queijinhos com presunto e uns rissóis. Prefere chouriço ou paio? O depois é que está a pôr-me possessa. Dois quilos?! Mas como!? Se andei a pé pela margem do Lima, se andei por Braga de mala na mão, se pus as pernas numa roda-viva sem descanso!

Então, já comeram uma cerejinha hoje?

Pois eu, rapariga de meia serra a viver nos subúrbios onde cada género alimentício custa um olho no mercado negro (isto porque no meu rural quem paga o custo de transporte somos nós e, a saber, uma mercadoria descarregada nos portos da Madeira custa quatro vezes mais que descarregada em Leixões), mas adiante que já me perdi... Perguntava se já tinha colocado na boca a bela da cereja. Porque eu, rapariga que dá os bofes por um "quilhinho" (é assim que se diz em madeirense puro) viu ontem a 5,89€ por um mísero "quilho" que eu gulosa como sou como-o enquanto o diabo dá uma volta. Gostar eu gosto mas não sou gastadeira. Vou esperar uns dias a ver se baixa o preço. Tão bom viver numa ilha turística!

Madeira não é Portugal

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O presidente do Governo Regional afirmou hoje que não tenciona conceder tolerância de ponto no dia 12 de Maio, uma vez que “não faz sentido”. “Se estivéssemos num território com continuidade territorial fazia sentido”, afirmou Miguel Albuquerque, explicando que só se justificaria caso os madeirenses tivessem a possibilidade de irem para Fátima. Pois é assim: os funcionários públicos vão ter tolerância de ponto aquando da visita papal a Fátima, no dia 12 de Maio, mas, nós, madeirenses não. O governo dos Açores concede a tolerância nesse dia. Se formos a ver a geografia de Portugal Continental e insular vemos que a ilha do Corvo e das Flores é todo o arquipélago dos Açores é uma continuidade territorial...fica assim, a modos que, ao lado do Santuário de Fátima daí a razão da tolerância.

O problema é que eu dou-me nisto

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Fui feita para viajar, tenho alma de viajante, sedenta de encontrar novos caminhos, novos desafios. Sou, portanto, um ser caminhante... Desde quinta-feira, numas curtas mini-férias conjugais que andei mais que muito. Sozinha, falando com o meu pensamento (dá-me para isto de vez em quando, isto de falar sozinha), palmilhei Braga, vi-a por um canudo, arrastando a minha mala, descansei os pés até que o mê Bisalho me apanhasse. Um calor que aquecia a alma e aqueceu os meus tristes pézinhos de cinderela ao ponto de os inchar (prontes, coisas de velha, eu sei). Em Ponte de Lima, na sexta, novamente só, caminhei ao longo do rio (credo, não pensem que foi desde a nascente até à foz, não fiz promessa, tá bem?), e descansei na relva húmida da margem do Lima. Sábado foi dia de reabastecer forças e pela aldeia onde pernoitei vi paisagens que de outra forma passariam despercebidas. Dei atenção ao pormenor e à beleza da singularidade. Domingo, logo cedo, arranquei de Ponte de Lima em direcçã

Qual a razão?

Ora digam lá que eu não consigo entender por mais que ponha a mão na cabeça e faça círculos e um esforço que parece que os miolos já fervilham. Aqui vai a perguntinha... Por que é que as pessoas assim que o avião pára põem-se de pé no corredor (ou na passerelle como disse a hospedeira francesa a comentar com a colega)? E ficam ali a criar raízes até que venham pôr as escadas que a voar ninguém vai. Cansaço por virem sentados? Se viessem a nado era pior. Desejo de começar a visitar a ilha? Caramba, ela não foge. Olhem, se souberem digam se faz favor. É que eu fico sentada no meu lugar até que a confusão acabe e acabo por apanhar o mesmo autocarro.

Receba as flores que lhe dou...

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...e em cada flor um beijo meu". Cantava assim alguém que não me lembro quem, mas para o caso pouco importa. O que importa mesmo é que "vou daqui para a minha terra que desta terra não sou", assim cantava alguém que não me lembro quem, mas para o caso pouco importa. "Adeus aldeia, eu levo na ideia..." também cantava alguém que não me lembro quem... Mas para o caso pouco importa...

Estive lá...

Hoje foi o dia do encontro. Logo de manhã meti as unhas no volante do carro e dei ao pedal até ao sítio combinado para que uma deusa me levasse ao Olimpo, perdão ao restaurante. Entre mimos, beijos e abraços daqueles fortes, calorosos fomo-nos apresentando. Mas quanto a mim nem era necessário pois que sem nunca termos tido contacto físico já nos conhecíamos. Tem piada, não tem? É uma coisa que até nem sei explicar, pessoas que não se conhecem a não ser pela escrita, começam a falar como se fossem amigas de há muito, como se se tivessem​ visto no dia anterior. Uma coisa vos digo: levo-os no meu coração, levo na bagagem os beijos trocados, os apertos de mão e o som da voz. Até ao próximo que pode ser amanhã.

Ponte de Lima (como eu nunca a tinha visto)

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Tantas vezes venho aqui a esta vila erroneamente considerada a "mais antiga de Portugal" e nunca a tinha visto reflectida na água do rio Lima. Desde Arcozelo, freguesia situada na outra margem do rio Lima, é possível passear pelos jardins e, à beira rio, desfrutar da beleza singular desta vila medieval.

Olá Braga

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Feliz por estar aqui...

Quando se pensa ser uma rainha e passar o dia no relax

.... sai uma gata Borralheira ou uma bruxa agarrada ao cabo da esfregona a limpar água todo o dia. Eu explico, afinal para que nasci eu senão para vos ensinar o caminho da luz e da água? Acordei cedo, ali pelas dez horas de uma manhã​ que tinha tudo para ser perfeita. Acordei e fiquei-me no ron-ron do calor das minhas penas. Mas, de repente, disse cá pra mim, uma vez que só eu é que me ouvia. "Levanta-te corpo de Cristo e vai mazé procurar que fazer." Enchi o peito de ar e, assim que coloco o pé no chão, sinto que algo não está perfeito! "Ah, diacho, ah estapilha que coisa (eu não disse coisa, disse outra, tá bem?), santo Cristo? Água!? Meus queridos, eu pus os meus lindos pés na água. O meu quarto estava alagado, os sapatos nadavam alegremente, a água dava pelos tornozelos e já descia as escadas com tanta intensidade que  o eu por mais que corresse não  é a apanhava. Do tecto do andar de baixo pendiam estalactites e gotas de água em fila. Até que fumo subia pelo a

Logo eu que as adoro

Com a idade as doenças crescem como cogumelos no inverno. É a artrite, a tensão alta, a osteoporose, a perda de audição, da visão, do olfacto, das faculdades mentais e outras que tais. O que nunca pensei adquirir com o avançar da idade é...um conjunto de moscas. Sim, moscas nos olhos e que vão acompanhar estes belos olhos azuis, tipo Liz Taylor (mentira, são castanhos - terra, mas eu queria tanto!), até serem comidos pelos bichinhos. Bem queria que fossem incomodar outra velha como eu, mas não. Estas moscas são minhas. Eu que as adoro e mato as que se cruzam no meu caminho. Castigo. O que não vem em pacote "terceira idade" é o dinheiro. Esse malandro escasseia e é tão necessário para, com dignidade, gerir os cuidados de saúde que merecemos. Os idosos assemelham-se a uma ave, um condor creio. Com dor aqui, com dor ali...

Mas diz-me, tu vais a Braga a um almoço?

Perguntava-me a minha neta Baixinha, de nove anos franzindo o sobrolho, olhos arregalados​ e mãos nas ancas a modos que peixeira do Bolhão (sem ofensa), quando lhes disse que na próxima quinta feira vou viajar para me encontrar com amigos que não conheço pessoalmente. - Não conheces pessoalmente? Nunca os viste? - parou para pensar e remata depois de refazer as ideias. - Espera....Vais encontrar-te com pessoas que não conheces?  Respondo que sim. - Não é perigoso? - e aqui está a demonstrar preocupação. E repetia "vais sozinha a um almoço com pessoas que não conheces". E abanava a cabeça como a dizer: "eles recomendam para não falarmos com estranhos e depois vão almoçar com estranhos! Não entendo os adultos".

Onde estavas tu no dia 25 de Abril de 1974?

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Começo  por mim. Era eu uma menina de dezassete anos....(pronto, já estão a contar pelos dedos para descobrirem que idade tenho), que estudava na Escola Industrial e Comercial do Funchal no antigo quinto ano (agora nono), e não percebia nada do que se passava, mas a palavra fascismo inquietou-me e aguçou a minha curiosidade ao ponto de na aula de História que, por sinal a tinha nesse dia, perguntar à professora o que queria dizer. Ela explicou para a turma e continuámos nas aulas sem saber bem o que era uma revolução pois que em História aprenderamos que revolução tinha havido uma em França há muitos anos. E houvera também muitas guerras. De resto, nada. E depois..... Era muita areia para a minha bicicleta e eu queria era namorar. E vocês meus amigos lindos, também eram assim como eu: burrinha, tapadinha dos olhos? Claro que não! Um...Dois... Três...É a tua vez. Fotografia: um hibisco ou cardeal da minha casa.

Shite, para aqueles que se esqueceram do português

Como sabeis vou muito a Londres uma vez que tenho lá os meus irmãos e, a coisa que me faz saltar a brotoeja e coçar o carrrolo o dia todo é, precisamente, aqueles portugueses que saem do seu país e, assim que chegam a Gatuíque , sim que os portugueses usam as laucostes, começam logo a falar inglês. É o indergrounde , é o base , vão logo aos shopes,  deixam de comer peixe e começam a comer fiche. Dizem  camone em vez de vamos, todas as pessoas são uns sanofabiteche. Mas o melhor é deixar de levantar um dedo, o do meio, e passam a levantar dois em forma de v. Se os filhos nascem lá, aí sim, a sua língua materna fica encostada na parede e dali para a frente só o inglês predomina. O problema é que sem saber falar o inglês correcto deixam a sua língua arrumada na gaveta e só falam português na presença dos filhos quando brigam....Uma forma de poder mandar para  o alto do mastro do navio sem que as crianças entendam. Olhem que conheço e cumprimento este casal. Ora, como pode uma família

Piscinas Naturais do Seixal

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Sou rapariga de palavra como podem comprovar. O que é prometido é de vidro, perdão, é devido. São de água do mar, salgadas e naturais. Um regalo olhar para elas. "Soberbo", como dizia um estrangeiro retendo a respiração.

Hoje é domingo dia de cruzar as pernas

Domingo... Se antes detestava este dia é só a pronúncia do seu nome dava-me uma brotoeja no corpo e ficava de trombas o dia inteiro: por ser véspera de semana preenchida de aulas, dia de preparar as lições, programar, projectar a semana, presentemente, só a pronúncia do seu nome faz aparecer um sorriso rasgado na cara. Domingo, na actualidade, é um dia para relaxar. Nao que não faça planos semanais, mesmo sem ser profissional o hábito ficou, mas agora aproveito para passear pela minha ilha, captar bons momentos, brincar com os netos e retomar energias positivas. Uma leveza portanto. À noite mostro alguns sítios bonitos do meu rural. A todos um excelente domingo, força para iniciar a semana de trabalho. Custa, eu sei, mas no fim é compensador. Palavra de avoGi, Técnica Superior de Lazer.

Eu não morrerei com palavras atravessadas na garganta

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Pensamento a ter em conta, por isso há que dizer tudo, nada de guardar para dizer amanhã o que se pode dizer hoje.

De que serve ter um amigo?

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Vem isto a propósito de alguém que está a atravessar um momento crítico na sua vida e é quando mais precisa de desabafar para expurgar a alma, pedir conselhos e que as amigas comprovem a veracidade dos factos e as amigas, essas, não comparecem ao tribunal. Acobardam-se. De que serve dizer-se amigo de alguém se na hora em que mais precisa lhe vira as costas? Por isto digo, minhas senhoras e meus senhores, ponham os olhos em vez do coração ao escolherem os amigos. E sabem?, falo com conhecimento de causa. Por isto, reforço a minha teoria que: amigos é uma palavra que muitos não conhecem o significado. Acreditem. E, relendo a frase, digo que "há amigos que te ajudam a cair".

Podia ser o Havai mas é Santa Cruz, ilha da Madeira

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E no Havai não há pedras de calhau há um areal amarelo que com vento nos torna num croquete ou rissol pronto a ir à frigideira quando damos um creme para proteger a pele. Tão bom sair da água sem areia entre os dedos dos pés! Tão bom mastigar uma maçã sem ter areia entre os dentes!

A vítima ou o assassino?

Depois de muito meditar sobre o assunto chego à conclusão que sou a favor da prisão perpétua. Durante muitos anos achei que era uma violação dos direitos humanos, o facto de privar a liberdade, que é um direito consagrado, mas pergunto-me: porque há-de ter direitos um humano que renegou esse direito a alguém? Crime, quanto a mim é devolver à sociedade um assassino. Crime é saber que esse um dia depois de cumprida a pena vai sair em liberdade, essa liberdade que ele tirou. A prisão perpétua é um castigo do mais severo que há, mas é também um acto de misericórdia - não tirar a vida a alguém que a tirou. Não há dor maior que acordar de manhã sabendo que não poderá ver a pessoa que um dia amou e que num outro a odiou o ponto de a matar. É o maior castigo que se prolongará por todo o tempo até morrer. Até se arrepender se se... A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adoptada pela Assembleia-geral da Nações Unidas em Dezembro de 1948, reconhece a cada pessoa o direito à vida (art