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A hora do sono na escola de casa

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Pulga. AVOGI Pulga deitada no chão. Ao lado alguns bonecos também deitados todos de barriga para baixo. - Deita-te. Abafa-te. Tens calor?  Abafa-te já. Não ouves? Abafa-te tá frio e chuva.  Dorme.  Queres fazer chichi? Outra vez? A tua colega já está a dormir. Dorme também. Não tens sono?  Abafa-te e dorme. Onde pensas que vais? Já para a cama. Deitados. Ainda não acendi a luz. Tudo dito de seguida quase sem respirar acompanhado de uns XuuuuUUUUU  que começa baixinho e vai subindo de tom. Algumas vezes levanta-se do chão e vai até junto dos bonecos que têm os nomes dos colegas (embora sejam mais frequente dois nomes) e abafa-os (só com gestos).

Ao telefone

A Pulga com uma caneta no ouvido a simbolizar o telemóvel. -Gu-Gu? - falava a Pulga com o irmão que ainda não nasceu -...... -Tás bom? -...... - Já nasceste? -...... - Ah, tá bem. E desligou a caneta.

No avião

Na altura da descida quando os ouvidos se ressentem da descompressão, começa a Pulga aos berros (pois tinha os ouvidos tapados). - Avó? Hã? Não ouves? - perguntava-me. - Eu também não ovo .

Mas esta tem cada ideia!

Íamos para o jantar de domingo na casa da bi (bisavó). Sai-se a Pulga. - Gostava de ex-pe-ri-men-tar (e soletrou bem a palavra) andar de cavalo. - Bom - digo. - Mas num dia de sol! Pudera, estava escuro que nem breu de certeza que não veria o cavalo.

Ma que bilhardeira!

Estava a dar creme Halibut nas partes baixas da Pulguinha. A minha filha pede-me para não besuntar muito. Bem adiante, estava a Pulga ao lado (sempre) e olha para a "fanfinha" da irmã e ... - Eu vou dizer à mãe que tu deste creme na fanfinha. - Mas com um ar acusador que eu tremi como varas verdes (com medo da mãe, chiça). - Tá bem diz. Olha, posso ir pôr-te a casa agora e já dizes. - Não. Dá tempo. Digo quando eles chegarem aqui. Ah pois dá tempo, mas logo que a mãe chegou, bumba, disse logo. Bilhardeira a gasguita.

Um dente. Já?

Mal abri a porta do carro das Pulgas, ao chegarem a minha casa... - O Gugu tem um dente - diz-me a Pulga com um largo sorriso, referindo-se obviamente ao Pulguito. - E quem viu o dente? - Pergunta mais que retórica nesta situação. E estupidamente fui eu quem a fez. - Eu cá não vi. - Resposta sincera de quem não entende as tradições.

Enchi-me de coragem e lá fui!

Depois do café na padaria do costume sugiro que se vá fazer um reconhecimento do que se passou. Ainda não tinha ido ao Funchal. Lá fomos pela zona hoteleira onde os turistas passeavam descontraidamente. E digo muitos turistas. Se bem que houve uma quebra de 15% não dá para reflectir-se na quantidade a passear na zona dos hotéis. Não fui ao centro da cidade na zona mais afectada, mas passei pela ribeira de Santo António a mais caudalosa (aquela da fotografia da onda a galgar o muro). Tudo a decorrer na normalidade. Mas o meu Funchal não, não o vi ainda. Só andei nas zonas circundantes. Preciso de mais coragem talvez de um empurrão para descer...