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E agora vivós noivos que se vão casar

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Mê Dês, é hoje o tal dia! Dia do casamento do mê bisalho. Tenho uma grande responsabilidade: levar o noivo até ao altar e esperar que a noiva branca e radiante chegue. Será que vai chegar a horas? Será que vai chover ? Será que vai correr tudo como planeado? Será que vão estar felizes? Será que... Tantas perguntas! Tantas incertezas! De uma coisa tenho a certeza: foi tudo planeado ao pormenor. Eu estou feliz, além de nervosa, ansiosa, cheia de tiques, cheia de esperança, cheia de memórias! E para acrescentar esta felicidade que me enche o peito o facto de terem escolhido este dia para o casamento. O dia de anos da minha mãe, que se fosse viva faria 93 anos. Enche-me de alegria. Parabéns, Bisalho. Parabéns, Mãe! Fotografia :Os nubentes

Projecto-nora faz anos

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A um dia do casamento a noiva faz 26 anos. Sim, que amanhã é o grande dia de casamento desta linda rapariga de Ponte de Lima com um lindo rapaz da Madeira. O mê bisalho. Parabéns, Madame, muitas felicidades. Amanhã é o teu grande dia. O teu, o meu, o nosso, o de todos os convidados.

E depois há aquele nervoso muidinho...

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(...De mãe de noivo, acrescento) Julgo que todas nós, mães, nestes dias sentimos esta dor. Algo que é nosso (e continuará ser) mas que soltou-se. Uma dor de perda, de quem vai dar um fígado, um rim, um coração, um braço, sim é isso, um braço, é como viver sem um braço. Neste momento já só tenho um, o outro levou a minha filha quando casou. Mas esse braço já se multiplicou e essa multiplicação está ali a quatro quilómetros; agora os bisalhos do mê bisalho!... Chiça, já estou eu a pensar a nível de futuro, que vício e feitio este, de sofrer pelo amanhã? De penar em pensamentos? Mas o elástico...(depois explico noutra publicação) de tanto ser puxado, aos poucos perde a elasticidade, mas não se solta. Jamé ou néva (francês ou inglês, escolham, sff) Fotografia: Plátanos (ainda) verdes na Circunvalação, Porto, Captada com o telemóvel a 24 Setembro 2012.

Venham comigo ver os aviões

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E por ser vésperas do casamento começam a chegar os convidados. E quem vai vestir o uniforme de motorista com direito a barreta na cabeça e luvas brancas, quem é? Precisamente, estão a olhar para ela embora não a vejam. É que chegam de Londres os tios do noivos. Lá vou eu a caminho do "orioporto." Voltinha pela baixa para conhecerem e fazer tempo para voltar ao "orioporto" desta feita com uma abelha afretada (carro alugado). Voltar a ver os aviões porque chegam as Pulgas ( yep ) respectiva mãe e mê senhor. Só mesmo de carrinha de nove lugares para caber toda a família! Se virem uma  vane (inglês) cheia de Pulgas lá dentro a saltar, a pular alegres como se o mundo fosse acabar e tivesse que se despedir da alegria, já sabem, toca a "açanar" (acenar) que somos nós. Fotografia: Pulgas da AvoGi no Calhau de São Jorge-Madeira

E depois há aqueles dias...

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...em que apetece andar à chapada. Precisava de ir à casa de banho.Como estava na baixa e não aguentava entro num café. Pedi um carioca (que custou cinquenta e cinco cêntimos) porque na porta da dita, estava um cartaz "para uso dos clientes canão paga 0,50€" e fui à casa de banho. Além de suja não tinha cabide para dependurar a mala e sacos. Penduro na mão da porta. Ainda nem estou acabada do serviço que ia fazer quando alguém mexe na mão da  porta sem bater e parecia que tinha uma vontade louca de entrar (calha que tranquei canão ia logo mostrar os entrefolhos). Ora, a bolsa que lá estava pendurada, com a força com que se tentou abrir a porta, caiu ao chão. Assim que senti, corro logo para a amparar antes da queda mas infelizmente não cheguei a tempo. A minha mala que foi dada pela minha filha com pegas de madeira ... estatela-se no chão! E partiu uma pega (gandaaaaa...esse mesmo, esse nome que estão a dizer baixinho). Saí à pressa e, antes que lhe fosse às fuças, re

Um desabafo desabafado

Não sou eu quem vai casar, mas parece. Ando a tomar as dores alheias como minhas e ..ai, nem sei o que dizer... estou com uma grande responsabilidade: a de levar o noivo ao altar e caminhar pela nave da igreja de braço dado e...entregar à noiva. Mê Dês! E se... e se... e se eu, orgulhosa, não o entrego à madame? Se...quando o padre perguntar "se há algum impedimento para este matrimónio diga agora ou se cale para sempre" eu não me cale? E com voz de trovão eu disser: "sim, há. Eu não estou preparada." Não, não estou ainda preparada, mas aos poucos terei de me acostumar à situação de que estaremos separados. De que o mar que sempre nos uniu agora irá nos separar. E custa e dói. Eu que, como sabem, o meu ideal de família, o meu desejo era ter marido, filhos e netos ali à minha roda; não, nao sou matriarca, mas guardadora daquilo que eu e o mê senhor formamos: a nossa família. Eu que fui filha (e ainda sou irmã e tia) de emigrantes agora sou mãe...de emigrante. S

Se não perguntasse não ouvia o recado

Vou ao banco para levantar dinheiro. Espero pela minha vez o senhor de fato diz-me pode sentar-se aqui . Cá comigo pensei e disse a Moi-Même "queres ver que vai demorar?" Sento-me. Ponho a perna esquerda sobre a direita. Desfaço o que fiz. Estico as pernas. Bocejo. Vejo fotografias no telemóvel, escrevo mensagens em rascunho. Escorrego na cadeira já farta de esperar. Volto a olhar, o senhor de fato ainda atende o rapazinho. Chega um casal de idosos. Sentam-se. Vem outro senhor de fato e atende-os logo. Disse pa Moi-MÊme: "Devem ter entrevista marcada." Ela nada responde. Também!Tá cus humores! Volto a cruzar as pernas. Descruzo. Abro a boca tipo jacaré. Fecho e vejo a chuva lá fora. Conto as pingas que ficam no vidro. Poça! Ca demora! O banco fecha as portas. Passa uma hora. O casal sai do gabinete e vem o senhor de fato todo prestativo e .. - Posso ajudar? Fulminei-o com os olhos ao mesmo tempo que... - Já podia ter ajudado antes de atender o casal. É que eu