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Ora toma e vê lá com quem te metes!

Estava eu e a Pulga - a Maiveilha a cortar folhas velhas dos cântaros cá da quinta (cof cof), melhor dizendo: eu cortava e ela apanhava, quando o mê senhor que assistia às brincadeiras das outras Pulgas que andavam de bicicleta, diz que vai ao computador. Pulga sem tirar os olhos da pá e da vassoura diz com ar de desalento, já prevendo a vida de casada... - Ai - e dá aquele suspiro de desalento -  também quando eu for casada vou estar a trabalhar no quintal e o meu marido no computador. Embrulha avô, disse eu. E mete um laço de papel que esta piada vai de encomenda.

O "Francês" é um filha da mãe mãe dum judeu

Estou possesssa com o meu vizinho de apelido "O Francês". O sacristo tem ali a me fazer gretar "ei beiças" só de ver, uma figueira carregadinha de figos. Ora, o judeu, como eu o chamo deixa os frutos caírem, morrerem, ou falecerem como diz o mê Gu-Gu, e não vende, nem dá. Nem oferece. Este gajo é mesmo um furcas do demo. Ainda há dias alguém lhe perguntou se vendia, e ele simplesmente virou rabo e nem respondeu. Judeu do estapor que prefere ver os figos no chão do que oferecer aqui à vizinha do lado esquerdo uma safatinha de figos de mel, sabendo, como vocês sabem, a loucura que tenho poe figos que sou capaz de subir àrvores maiores que eu, e eu até sou mulher alta (aqui suspiro por só ter um metro e noventa), e vendo a cena dos figos espalhados no chão, apetece-me chamá-lo de judeu, furcas, inguista e outros epítetos que agora não me vêem ao miolo. Ah, acrescento que este sovina é também o "Mata gatos".

Parece um grande feito!

Falo do primeiro-ministro. Cunquentão licenciou-se aos 34 anos. E pergunto: o que andou a fazer dez anos na faculdade? Sim, que o curso dele não são assim tantos anos. E faz porta-estandarte desta situação? É até desagradável saber que "andou a patinar" em vez de estudar, quando outros com 24 anos têm o canudo e a cartola na mão.

Multimédia? Que raio de coisa é essa?!

Fui até à loja fnac para deixar o meu novo telemóvel pois que há algum tempo aquece que dá para frigir um ovo e descarrega como se nunca tivesse carregado. Ora, um produto que ainda não tem um ano fez-me ficar com uma raiva danada que entrei a matar pela loja adentro afastando tudo o que estava à minha frente. Em casa já tinha retirado toda a informação do telemóvel e entrego-o ao funcionário após dizer a "doença" do dito. Ele manuseia e diz que descarrega porque uso muita multi-média. Pergunto-lhe o que é multimédia, fazendo-me de tonta-parva-estúpida (às vezes é preciso). "Ah, é videos, fotografias..." Disse-lhe que video não vejo, mas para que é que quero eu um telemóvel top  se for só para fazer chamadas. Para isso comprava um de dez euros. "Mas assim descarrega rápido", disse. Ora tretas... Ele mexe remexe e diz que leva um mês entre ir e vir. UM MÊS?! Arregalo os olhos. Deixe-me o seu contacto para ligar assim que chegue. Qual contacto? - diss

É um erudito

O meu neto de cinco anos -  o mê Gu-gu - é um rapazinho que fala bem, usando as palavras finas - as do domingo e feriado. Ora, o meu Gu-gu não diz "morreu", "azougou", "finou"... Ele diz somente "faleceu". E aplica-a em todas as situações em que algo deixou de existir. E eu rio-me sempre que diz que uma planta "faleceu" em vez de murchou. Vai ser padre ou na pior das hipóteses, político. Tem queda.

Sou mulher fiel

É do conhecimento geral quão gulosa eu sou por poncha. Para não perder o paladar ontem foram a modos que cinco. Mas, atente-se foi desde as sete da tarde às cinco da manhã, com incidência por volta das dez. Poncha é aquela bebida tradicional da região que é um néctar divino. Atão agora há de tudo, desde couve e hortelã à tradicional "à pescador" que, quanto a mim é mesmo forte e só homens de barba rija e mulher de armas é que bebem. Eu bebo, prontus, já disse; não venham os "carrapatos de estimação" ou seja os anónimos lindos e fofinhos (e já agora vão até até à...que eu mando, sim? E fiquem por lá.) chamar-me epítetos menos bons... E ontem deu-me para inovar no capítulo das ponchas. E comecei com a minha escolhida a nível de sabores por ser muito nossa. Pitanga. Olhem nem sei o que dizer, ah, já sei, era boa pa deu-deu. Depois tomate inglês, tangerina, maracujá e para finalizar em beleza a mais forte de todas. "Regional" de seu nome. Ah, aquietem-se que

Se era para me fazeres aborrecer, enganaste-te

Tem sido uns dias de loucura total. Estas festas populares põem-me derreada, mas adoro. Verão é assim, com bailaricos até cair de lado, um equilíbrio nas pernas e na mão, pois que, o copo não pode verter o sagrado líquido. O pior, bem, o pior é aguentar até de madrugada a dançar em cima de uma calçada de pedra. Mas o melhor passou na noite de quinta-feira quando eu atravessava a arena, qual forcado amador de Sintra, à procura do touro, perdão, da família, sítio estava montado o palco para o Toni Carreira e que, pelas oito horas - e ele actuava às dez e meia, já o mulheredo vibrava e cantava: umas sentadas a aguardar o lugar bem por baixo do cantor, outras de pé a bambolear o corpo aos titmos modernos. Eu, rapariga a queimar os últimos dias nos meus cinquenta e nove anos (uma vez que em Dezembro entro nos sessenta), passo por um camafeu talvez com a minha idade, bem parecido, chapéu à venezuelano, calções curtos, tentando encobrir a idade julgando-se com menos trinta quem sabe?, copo d