Mensagens

Um dia arranco-lhe os dentes

Estou farta de que ele olhe para mim mostrando os dentes numa forma de dizer: "qualquer dia mordo-te". Sempre que me aproximo dele, obviamente,  mostra-me a dentadura perfeita e completa, mas irrita-me sobejamente esta atitude. Eu sei que ele tem dentes, eu sei que por serem perfeitos deve mostrar aos outros, não a mim que o alimento todos os dias.  Há dias, numa atitude desesperada, abri a porta da rua e disse-lhe: "Sai. Estou farta de ti!". Mas manteve-e estático sem perceber a minha intenção! Fiz-lhe ver que outros já repararam no seu comportamento e que sinto-me frustrada. Expliquei, fazendo um desenho pormenorizado, que devemos ser delicados com as pessoas, quanto aos intrusos que, porventura, possam invadir o meu palácio, a esses sim que lhe mostre a dentadura, e lhe ferre os dentes. Mas o estapilha do grade não entende (miolos de galinha dum caneco). Melhor dizendo: cachorro estúpido que continua a me mostrar os dentes!

Um dia acordo morta!

Vem a propósito de dormir tão bem que se a Morte me vier buscar nem dou por ela. Estou constipada, fanhosa e por isso sempre a assoar este belo nariz que vai parecer a abóbora que carregou a Cinderela para a festa e, durante a noite nem acordei, nem me dei conta da bruta da constipação que dormiu comigo porque assim que boto este corpo de sereia no leito conjugal nada me acorda nem que uma bomba, salvo seja, detone aos pés da cama. Por isso digo que um dia acordo morta num sítio diferente e nem sei que morri. Estranho, não é?

A Pulga faz anos. É dia de cantar os parabéns a ela

Imagem
Há onze anos, numa segunda-feira, pelas oito e oito da manhã nascia a minha Pulga - a Maiveilha. Assim que nasceu veio logo para os meus braços, a partir desse momento os nossos braços andam sempre entrelaçados. Uma pré-adolescente com manias de adulta, que julga saber tudo e, por isso, não aceita ser contrariada. A vida encarregar-se-à de lhe demonstrar que também é saudável aceitar outras opiniões e nem sempre temos razão. Faz-nos crescer com objectivos, dando segurança às nossas escolhas. Parabéns minha Pulga.

Ora adeus, passe muito bem

Imagem
Atão não dá que o Janeiro tá quase a ir? E dá-me cá uma alegria! É que Janeiro é comprido, parece que não tem fim! É daqueles meses que detesto e nem é pelo frio chuva ou vento qu' isso na m' atormenta. Tesa...Desfalcada...fico sempre "nas lonas" por causa do Natal. E dá que é preciso esticar as notas do dinheiro dum ano para a outro. Por isso, é com muita satisfação que desejo que ele - Janeiro - volte só para o ano e até lá, que venham aqueles meses que realmente gosto. Mas Janeiro tem coisas boas...Os dias a crescer e os passeios ao entardecer que, aqui, no meu rural é sempre um espectáculo único.

Que notícia mais triste

Em Madagáscar, noivos e convidados que se dirigiam para a festa de casamento morreram quando o autocarro em que seguiam se despistou. Que tristeza! Um momento que devia ser de alegria transforma-se em dor e mágoa. Nem consigo comentar esta notícia de tão absurda que é!

É com muita vaidade que anuncio que...

Imagem
...O meu rural é um destino popular. Alô gran-canários e esta que tal? Fiquem lá com as praias de areia amarela, quilos e quilos de areia a perder de vista, as dunas e os dragoeiros  que nós com o nosso basalto e areia preta entrámos a matar logo para quarto lugar. Não temos praias de areia amarela mas temos floresta, levadas, montanhas... Obrigada a quem nos visita. Voltem sempre.

Da Rússia com amor

Imagem
Desenganem-se aqueles e aquelas que ao ler o título julgavam que eu ia falar do filme: "From Rússia with love" Não. Não me refiro a um filme... Trata-se de Justiça. A Rússia prepara-se para descriminalizar violência doméstica se esta acontecer uma vez por ano no seio da família. Ora bem, vamos por partes: maridos, mulheres, filhos, avós e netos podem aquecer o pêlo (sim que por lá é frio, caramba), à família uma vez por ano, se for duas já dá cadeia. Até arrancar os dentes, desde que não vá para o hospital (faça o tratamento em casa, ora!). Tanta coisa por causa de umas chapadas entre marido e mulher, uns puxões de orelha e castiguinhos de dormir ao relento na neve aos filhos e uns abanões ao pai e mãe. Até mesmo um neto lindo de sua avó dar uma martelada nos dedos gelados é violência? Nada disso. É para aquecer os dedos! É carinho, é amor é acima de tudo respeito. Que mundo! Num país onde a cada 40 minutos morre uma mulher vítima de violência doméstica é um absurd