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Quem diria!

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Este ano (atipico) até passa a correr. Tivemos Janeiro, Fevereiro, um longo tempo de quarentena em que os dias e, por conseguinte, os meses eram iguais, Setembro melhorou - e começamos a ter dias diferentes - e amanhã começa Outubro. Quem diria que estamos quase no natal! Até lá que seja um tempo de calma e de esperança, que se cumpram as regras estabelecidas para que possamos celebrar o natal. Q ue todas as festas em família sejam replectas de amor e carinho. Para que todos os abraços e os beijos reprimidos possam ser dados. Digo eu que sou uma rapariga dada a festejos! E a abraços. E a beijos. Fotografia: Romãs, fruta de outono

Felicidade...

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A felicidade não é palpável. Sente-se. É um estado de alma. É ter a família reunida à volta da mesma mesa, é assistir às brincadeiras das minhas Pulgas - os meus netos - e poder sentir o amor em cada olhar. É uma manta de retalhos e, no fim, estendida vislumbrar cada retalho vivido. Felicidade é ter a casa desarrumada cheia de brinquedos espalhados porque uma busica de dois anos assim a colocou, é ouvir a palavra "avóóóó" vezes sem conta. É estar sentada de pernas esticadas porque doem de tanto andar e levantar-se assim que um neto pede uma maçã, outro bolachas outro iogurte e a busiquinha quer colo, cada um a seu tempo. "Quero ser feliz", quem nunca disse esta frase...mas cada pessoa sente de forma diferente a felicidade. Para uns viajar, comprar roupas, ter um bom carro, passear. Para outros, como eu, basta estar viva, sentir-me bem e acima de tudo dar valor ao que temos. Apreciar os momentos sem nunca esquecer a manta de retalhos. Fotografia: as minhas Pulgas

Senhor que me conheces...

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Senhor que estás a olhar para mim de olhos arregalados, com as mãos para o céu e com aquele abanar de cabeça de quem sabe que não preciso disto. Senhor sempre que eu meter a mão na embalagem manda-me um calhau bem no centro do dedo mindinho porque eu, Senhor, quando começo não consigo parar esta compulsividade de meter-agarrar-tirar-e levar à boca-mastigar-engolir-e apreciar. E se ainda fosse um de cada vez, o pior é que vão aos pares. Sou tão fraca e esta fraqueza dá cabo das ancas...

Dona de casa não faz nada

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É verdade, correcto e afirmativo mulher que não trabalha fora de casa, que não tem emprego passa o dia de braços cruzados, sentada no sofá a ver as novelas. Elas têm fadas que trabalham para elas, eu não tenho fada mas tenho Moi-Même - a empregada que adoptei e que faz tudo por mim - basta estalar os dedos e logo ela pula da cadeira e faz o que lhe mando. Eu e Moi-Même nem sempre nos entendemos. Ainda hoje eu pedi-lhe para me fazer um café, senhores, um simples café e ela fez ouvidos de mercador, olhou-me fixamente como se ela é que fosse a patroa e eu a empregada e encolheu os ombros. Irritei-me, passei por ela, pisei--lhe o dedo mindinho do pé esquerdo e fui fazer o tal café. Ela, aquela peste, desavergonhada como só ela sabe ser, ainda me disse: "olha como estás de pé faz também um para mim". Olhei para Moi-Même desde a soleira da porta e fiz-lhe um gesto de Zé Povinho. "Ora queres café, toma". Abanei a saia, rodei nos calcanhares e deixei Moi-Même esbabacada a o

Ponho a pedra... tiro a pedra..

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 O Quim Barreiros, cantor popular cá em Portugal, tem uma cantiga "ponho o carro, tiro o carro" mas, aqui, na minha casa é mais ponho a pedra, tiro a pedra... Ontem o pedreiro continuou a pôr azulejos, bem, não são azuis, são brancos por isso deveria chamar-se branquelejos  mas, enfim, quem os baptizou de azulejos devia gostar muito da cor azul ou eram azuis e generalizou. Bem, andemos...ontem o rapaz - estampa capa de revista - colocou um azulejo na parede, digo um porque ele trabalha lentamente e, por dia, coloca dois três porque: corta, acerta, mede, limpa, limpa novamente, afasta-se para ver ao longe, aproxima-se para ver de perto, passa o dedo, passa o pano....é um nunca despachar... Atão, hoje estava a limpar o azulejo que colocou ontem e reparou que estava lascado. Tirou e novamente: corta, dá cimento, cola, bate, esfrega, olha, mira, remira... julgo que lá para o natal estreio a casa de banho. Fotografia: A minha buganvilia cheia de flor

Trabalho vai-te embora...

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Tenho cá em casa dois mestres: um pintor outro pedreiro. O pintor é um homem baixo, quiçá com pouco mais de metro e meio, muito moreno, magro, com 40 anos, disse ele, penso que se der uma ventania ele voa sem destino, o outro, alto, careca, com mais de metro e oitenta, uma figura de cartaz que, por sinal, faz hoje 39 anos.  Fiz uma sandes para cada um e uma cerveja bem fresca porque o calor faz transpirar e não há como abater a transpiração. Dei a sandes ao pintor que disse logo: "ah, pão não me apetece -massajando a barriga em movimentos circulares a indicar que estava cheio -, mas a cervejinha vai", o outro que benzaudeus come como gente grande, avançou logo em duas dentadas a sandes e a cerveja foi de um único golo. Portanto chego à conclusão que o trabalho de pedreiro é duro, cansativo e dá fome. O de pintor, além de ficar todo branco que até na brincadeira lhe disse " é pra pintar a parede não é para se pintar", é leve e não dá fome. (Malvadas obras de Santa E

Apaixonante

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É outono, está tudo dito. Fotografia: Póvoa do Lanhoso, ano passado.