Muito boa vizinhança...

A minha empregada, não Moi-Même, mas a que vem cá a casa passar a roupa a ferro, enquanto ela passa eu também passo...umas brasas...e, como que a dizer: ela estava a engomar e eu a descansar, mas compadecida por estar há algum tempo de pé a surfar na tábua, fiz um café e levei-o. Ela interrompeu o serviço e mesmo em pé bebeu o seu cafezinho ementes falava dos vizinhos que, embora sejamos vizinhas, eu não conheço os outros que ela conhece pois que vivem num bairro. "Aquele que passava aqui - e, de braço esticado, apontava para a rua - sempre bêbedo, morreu. Olhe foi uma caridade que Deus fez. Nem imagina o que a mulher disse. Coitado do pobre do homem, mesmo morto ela continuou a fazer das suas, das delas, credo, o que se diz do pobre do homem mesmo depois de morto!". Nem quis saber o que " se diz" depois de morto embora acivinho o que seja. E continuou... "Sabe aquela que anda sempre atrás do marido?" Eu respondi que não sabia, "não sabe? A pêca, essa...