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A mostrar mensagens de dezembro, 2013

O mesmo...de sempre

Com o velho a bater as botas e o novo já a espreitar pelo buraco da fechadura, nada como trocar o velho pelo novo e esperar que seja mais aprazível, dedicado e que nos dê alegrias, que seja, melhor que o velho. E nada de promessas que todos estamos fartos delas. Por isso, é com enorme prazer que espero pelo novo que este velho já nada me pode dar. Por isso, amigos e amigas, senhoras e senhores venho desejar o mesmo...de sempre. E como já ninguém se lembra, aqui vai: saúde, amor, amizade, alegria, prosperidade, felicidade e muitos sorrisos, gargalhadas e brincadeiras. Um feliz e próspero ano 2014 para todos nós.

Para cortar os excessos do Natal...

...Nada como ao almoço ter de injectar, lá terá de ser desta forma que pela via normal já não há quem aguente meter um garfo pela boca abaixo, um Cozido à Portuguesa. Ou como nós dizemos por cá: "para desenjoar as comidas pesadas da Festa". E venha o Cozido para a mesa que havemos de dar conta do recado.

Não restam dúvidas de que...

...o melhor da Festa é esperar por ela, lá dizia o meu sogro e dou-lhe razão porque até este dia - dia de Natal, os preparativos é o motor que faz a máquina trabalhar. O dia de Natal é passado em família, não completa como seria o meu ideal, pois sou uma rapariga que leva a peito a união da família e a presença nos dias assinalados,  mas, infelizmente, o mê bisalho, não picou o ponto na mesa de almoço de natal. Por isso, falta-me sempre algo... De qualquer forma, este dia - de natal, já está a acabar e, neste momento, só a pasmaceira própria de quem teve um bom repasto se apoderou desta família. Amanhã, aqui no meu rural é feriado pois que nós festejamos a primeira oitava do natal. Por isso, e como diz o senhor meu genro, beirão de gema: "na Madeira são três semanas de festa". E que venha mais...

Somente para desejar...

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São os desejos sinceros de quem vos escreve. Sejam, acima de tudo, Felizes e transmitam essa felicidade a quem vos rodeia que eu, vou dar o meu melhor para que estas Festas sejam as extraordinárias, as esperadas, as de sempre. Façam isso também. Fotografia: alguns pormenores da decoração de 2013.

Uma pessoa sai de casa...

...para roubar um galho de alegra-campo que estava ali ao virar da esquina e acaba no Santo da Serra que, para quem não sabe, é longe pa burro, a bebericar poncha acompanhada de tremoços e amendoim e a comprar galhos de pinheiro, mais agrião e manhãs de páscoa e ainda cabrinhas e, claro, alegra-campo, pois que perto de casa não havia e, para acabar a noite, compra uma garrafa de poncha -  que são "festas' - depois vai daí para a casa da cu..madre para uns peticos, regressando tarde e mal a casa. Uma pessoa, quando pensa que já comprou tudo, repara que ainda falta mais um berloque para enfeitar a lapinha. Uma pessoa, depois da visita à da cu...madre, ainda vem para casa dar uns retoques, tarde e mal, à dita cuja lapinha, e só depois é que descansa as pernas no cadeirão da sala. Uma pessoa já tá preparada para a noite do Mercado e mais um jantar de natal antes de ir curtir os bofes e a carne de vinha d' alhos. Uma pessoa não sabe mais que fazer...uma pessoa não dá pás en

E não há como fazer a lapinha

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E já está feita, foi assim rápida de confeccionar devido ao corte na compra de hortaliças e frutas. Até na lapinha a crise passou. Bolas, em 2010 estava cheia de iguarias, foto em baixo, em 2013, foto de cima, fotografia é cá de uma crise! Só o Menino Jesus teve direito a mudar de fatiota, mais rica, mais bordada, para compensar a falta de comida. Meri Cristemas, ho ho ho ...

Meu querido Pai Natal

Como todos os anos, lá vou eu escrever a minha lista de desejos para estas cristemas (inglês). Sabes, amigo, posso tratar-te como se fôssemos velhos amigos, eh pah, conheço-te praí há 58 anos, por isso, este tratamento de tu-pra-cá-tu-pra-lá. Este ano eu até estou em contenções, como o governo... Prontes, bastou mencionar esta palavra - governo - pa me dar aquela brotoeja plo corpo acima... Mas, adiante.Só vou pedir uma coisa... O que queria, desejava até, é que neste natal e para o ano novo, meu ilustre pai natal, tu conseguisses que eu não levasse tanto tau-tau no cuzinho, como tenho levado. Era só um descanso, é que já tenho as nalgas a arder de tanta pancada. Sabes, meu velho rabujo de barbas brancas, não sei tu, mazé, cus os aposentados têm levado tanto no rabo que não há cachadas que aguentem. Se também estás nesta equipa até tenho pena de ti, nãn sei como vais poder vir sentado no trenó, se o teu tá como o meu, tens deveras dificuldades de aguentar "a viage".

E perguntam-me vocês como se sinto com mais um...

...ano em cima do lombo? Eu respondo, que não sou rapariga de ficar de bico calado, e respondo à altura da pergunta. Sinto-me bem. Nada pesada, nada velha, nada rabuja. Em suma: nada. Nada. Igual ao dia de antes de ontem. Ou seja, já era pesada, velha e rabuja.

Ajudem-me a soprar as velas

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Nem queria acreditar quando, dia após dia, sentia um peso nas pernas. Será cansaço? perguntava-me, quando, sentada comigo mesma no cadeirão reservado aos idosos sentia aquele peso... Não, respondia a mim própria sentada nesse mesmo cadeirão, pois que, ainda não tinha dado as carreiras do dia a dia. Atão o que seria? Fome? Sono? Mal do dono? Cá nada! Descobri aos poucos... Era o peso da idade! Senhores e senhoras, meninas e meninos hoje faço, nada mais nada menos que... 58 anos. Batam palmas, digam "heieeeeee" , elevem o copo de champanhe ao ar e em coro cantemos Parabéns a você... nesta data querida...muitas felicidades muitos anos de vida... Pelo menos até aos... 105 anos. É pouco? Sessão fotográfica em Lorvão, Penacova. Modelo: AvoGi; fotografada por Pulgas - a maivelha e a Baixinha.

Vouzela

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Antiga ponte  ferroviária  de Vouzela. Hoje, esta bela ponte, desactivada nos anos 90, está convertida em travessia pedonal constituindo um miradouro fabuloso.

Não é que eu seja de intrigas, mas Moi-Même...

...mas ela - Moi-même - é mesmo tonta. Atão não é que ela, a tal que vos escreve - Moi-Même,  pôs grão de bico a cozer sem antes deitar de molho? E cozia, e cozia, e continuava rijo que nem cornos. Até que, o mê senhor, homem entendido em artes manuais e não em culinária me perguntou com aquela vozinha de macho sabedor: "puseste de molho antes de cozer?" Aí sim, assegurei-me que o homem, afinal, percebe de cozinha. Agora, jazem ali, dentro de uma panela, a inchar depois de terem sido cozidos. Despedimento com justa causa para Moi-Même.

Deixai vir a mim o espírito natalício...

...e levai este espírito preguicício, esta sorna que se instalou no meu ser...este desejo de nada fazer...este "deixa assim que tá bom"...e como dizia a minha tia-velha (que muita falta me faz) "para quem é bacalhau basta". Portantes, por aqui só lanzeira a tapar os poros a modos que carneiro pronto a ser tosquiado.

Expliquem-me que eu sou burra

Muito se tem falado, se bem que eu, só agora é que vou fazê-lo, sobre a temática das 40 horas semanais... Eu, que sou burra quem nem imaginam, pergunto e desejo que me exoliquem: sair meia hora mais tarde e ter menos meia hora de almoço aumenta a produtividade? Isto quer dizer que se produz mais? Mais, o quê? Eu, na minha parva maneira de pensar até acho que se gasta mais. Mais electricidade. Senão vejamos, cinco e meia, em Portugal Continental, anoitece, portanto luz artificial para poder trabalhar, os computadores ligados, aquecimento. Produzir até pode, mas com gastos na conta da electricidade. E depois cá o Zé (piada caseira) é que paga. Ando, como sempre, cheia de dúvidas.

Parque Natural da Madeira

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Por que eu sempre me "babo" (desculpem a expressão), quando vejo mistura de cores. Por que no meu rural, também, é possível observar o outono em todo o seu esplendor. Parque Natural da Madeira, no ano passado, por esta altura.

E depois há aqueles que...

...aproveitam para passar umas brasas quando o seu carro está parado no sinal vermelho e só acordam  com o despertador, ou seja, uma buzinadela do carro atrás. E depois... Começa o baile... olha para o sinal a comprovar que está verde, baixa o travão de mão, põe o pé no acelerador, aceleram, mas a pancada de sono era tão forte que o carro vai-se abaixo; dá à manivela, ou seja, liga a ignição, coloca novamente o pé no acelerador, baixa o travão e com o pé pesado arranca quando o sinal está no alaranjado, acenando, quiçá, agradecendo o toque de buzina, deixando o condutor do carro atrás a bufar pelas orelhas pois ficou vermelho, novamente. Aselha do caetano!

Trabalhar cansa?

Caramba, hoje tenho a certeza do que se diz em relação ao facto de nos cansarmos quando trabalhamos.  Já acabei as decorações de natal. Soltem o gritinho de alegria ou o do ipiranga. Acabei, yep, foi custoso, mas "já tá". Cada ano, ali em meados de Janeiro prometo que "vou fazer pouca coisa", " já não tenho paciencia para estas tretas", mas depois... Começo e dá-me gosto e, coisa aqui coisa ali... encho a casa de espírito natalício. Pronto, agora está pronto, concluído, acabado. Inafe . Toca a arrumar a tralha que as Festas andam por aí. Estapilha, tá quase...

O quê? Não sabem?

Pipol , não sabem o acontecimento mais importante, para mim no mês de Dezembro? Tenho de fazer um desenho? A cores ou a preto e branco? Eita, tenho de dizer tudo, darligues ? E, todos os anos é a mesma coisa, todos os anos ele vem por esta altura, todos os anos espero sentada, ano após ano... Mas não digo, prontes, esperem só mais uma semana e podem pôr a boca na trombeta e soltar todo esse ar cá para fora...pois é o dia em que... E nan digue mainada. Mas ele vem...

O melhor da Festa é esperar por ela

 Lá dizia o meu sogro homem dado a palavras certas. E é verdade. Seja qual festa for o melhor são os dias que antecedem o momento. E por cá, no meu rural, chamamos Festa ao período do Natal. Por que natal não é só o dia 25 é também as missas do Parto, a missa do Galo, a noite do Mercado, a Primeira Oitava do natal, o Fim do Ano. Isto sem contar com as visitas e os jantares em casa de amigos (e que começam já a 14 para mim), para ver a Lapinha e constatar que o Menino Jesus mija que duram até ao "varrer dos armários". E depois...depois há algo especial...algo que acontece uma semana antes do dia de Natal. E não digo mainada.

Depois da tempestade a bonança

Ditado antigo que se aplica em pleno a esta noite vivida por nós, madeirenses. Se me perguntarem se ouvi a chuva direi que não, se me perguntarem se ouvi os trovões direi não e, será sempre não para qualquer pergunta que me façam acerca desta noite. Não, não, não. E porquê? Simplesmente por que depois de tirar os aparelhos auditivos durmo como um anjo. A minha filha, que veio cá deixar as Minhas Pulgas, fez pão durante a noite, o mê Gu-Gu não dormiu, segundo a sua versão "os trovões estavam em cima dele". E eu dormi como um anjo: nem trovões, nem chuva, nem relâmpagos, nada. Se tem vantagens ser surda? Terá vantagem fazer-se surda, mas eu não me faço, sou e pronto. Por isso direi que não por tantas outras razões.

Alerta vermelho na Madeira

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Ó mar salgado quanto do teu sal são lágrimas de Portugal.

Eu é mais antónimos

A Pulga - a maivelha estava a fazer os TPC´s e pergunta ao avô qual o antónimo de nunca. Avô fica baralhado e sem puxar pela chaminónia (é melhor perguntar a quem sabe), a principio fica a pensar, mas depois descarta com aquela do "vou chamar a avó que ela é que era a professora". Chega-se ao meu pé, que não estava muito longe da Pulga, e pergunta se o antónimo de "nunca" não é "sempre". Afinal sabia, não tinha era a certeza. Dahhhhh, como diz a canalha, atão dá-se a resposta? Atão não se pergunta em voz silenciosa para a busica não ouvir? Atão é assim que se ensina? É assim que se puxa por eles? Foi o que a rapariga quis ouvir. De orelhas arrebitadas estava ela, e quando cheguei ao seu lado já sabia a resposta. Há quem tenha queda para ser professor de primeiro ciclo mas há quem não. Por isso é professor de meninos mais crescidos como diz a Baixinha.

No rio Vouga

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Adoro rios e adoro estar perto deles. Quiçá, por não haver no meu rural, somente há ribeiras como vós sabeis, delicio-me com eles. E faz parte do meu espólio fotográfico montes de fotografias de rios. E recordações de todas as formas e espécies. Aqui, o rio Vouga, em São Pedro do Sul.

Crocodilo (ou crocodaile em inglês) a nova droga

krokodil  é uma avassaladora droga semelhante à heroína que está infiltrada na Europa. É de origem russa e chama-se Crocodilo devido ao seu consumo tornar a pele escamosa e esverdeada. Ela provoca necrose no lugar onde é aplicada abrindo fissuras e expondo ossos e músculos. Há casos em que foi necessário amputar membros. Muito utilizada, desde 1992 altura em que apareceu, por ser barata tornando-se uma droga substituta da heroína. Por exemplo, uma dose de heroína pode custar 150 dólares e a krokodil apenas 10. Vi alguns vídeos de pessoas com esta droga no sangue, mas pela sua natureza não coloco aqui, é, deveras, constrangedor.

Debaixo do diospireiro...

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Tenho de contar algo sobre mim. Admirava-me por ver estas árvores cheias de fruto, mas despidas. Para mim, rapariga da cidade, e sabendo que as laranjeiras são árvores de folha persistente cismava por ver "laranjeiras sem folhas e cheias de laranjas". Até que, um dia, coloquei-me debaixo de uma. E não saía de lá. Por que eu adoro dióspiros, porque no meu rural os dióspiros são caros como lume, porque neste lado do oceano dão-se aos porcos e porque quando não temos é que apreciamos. Estava a comer os do chão quando chega a dona da árvore. A princípio fiquei em sobressalto, mas ela, a dona, disse-me "em vez de comer os do chão coma os da árvore". Bem, foi um assalto! Mandei o mê senhor (que é rapaz envergonhado) saltar a cerca e abastecer-se simplesmente por que eu só chegava aos ramos mais baixos e os melhores estavam perto do céu.  Apanhava e dava-me. Eu já nem podia de tantos!... E,a senhora, na sua humilde simpatia, deu-me um saco para encher. Não trouxe

E dizem que tá frio?

Dizem que tá frio em Portugal Continental? Não acredito naquilo que dizem, mas sim, no que os meu "zolhos vejem". Sintonizo a televisão na TVI e que vejo, perguntem-me vá... que eu logo respondo. Vejo umas meninas lindas, a dançar despidas em cima de um palco, a cantar com os braços ao relento, em body,  as nalgas ao léu como se estivéssemos no pico de Agosto, no baile da quermesse. Agora digam que tá frio no Continente! Atrevam-se a dizer que tá frio, que têm a lareira acesa, que estão a dar uso ao cachecol, às luvas, às botas da Sibéria com pêlo, digam...ah, não dizem... Frio só se for na cadeia de supermercados na zona dos congelados que em Portugal Continental, na zona de Penela tá bué de calor! Vão lá perguntar às cachopas e aos cachopos...

Se eu mandasse...

Se eu mandasse mandava a chuva para a trampa para não ser agressiva porque o meu gosto era mandá-la para...um sítio onde só houvesse um sentido no caminho. Ora, que a parva começou ontem à noite, depois de um dia de verão, quiçá, melhor que alguns na época e, de rebendita, toca a cair na tola dos incautos como eu, aqueles, que julgavam que ela não encontrava o caminho de volta. "Ah, pensavam que eu não voltava?" Deve ter disso, entre dentes, a estuporada dum raio! E hoje, cai que nem tordos à frente duma bala. E eu que tinha um programa bem bom pra hoje... Shite (inglês)!

Hoje é dia D

De abrir as janelas; De Deixar o sol entrar; De ultimar umas compras; De organizar as prendas; De limpar a casa; De preparar o natal; De sair um pouco; De aproveitar este Dia magnífico; De olhar para a natureza e constatar que continua bela; De sacudir tapetes; De absorver este ar; De acreditar que a vida vai melhorar com a passagem do ano. De Descansar! De Desejar um bom fim de semana, poizentão!

Floresta Laurissilva

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A floresta Laurissilva da Madeira é a maior e a mais bem conservada mancha de floresta. Esta floresta apenas se encontra nas ilhas da Macaronésia (Madeira, Açores, Cabo Verde e Canárias). Este exemplar pode ver visto no Parque Natural. E para mim é um sinal de Inverno estas Barbas de Velho. E quando chove!..

E ontem numa de "deixa-me entrar aqui a ver o que tem..."

...comprei as prendas todas, sim, leram bem, TOdas as prendas para dar à família e amigos neste natal. Sou, assim, a modos que uma bala. E digo foi em apenas uma horita do meu dia...E só ia tomar um café, comer um bolo e ler o diário. Juro, embora se diga que quem mais jura mais mente, era só e exclusivamente para ver o que lá tinha. Ah, família e amigos, sim é para vocês que falo, não pensem que a oferta é bolos, pão, broas ou sobremesas, nada disso, caramba!

AvoGi, diz-me que fazes de pé tão cedo?

Não caí da cama abaixo, não se preocupem... Eu respondo à questão com todo o prazer. Faço voluntariado, serviço comunitário, beibissitingue (inglês), dona de casa, informática, enfermeira, dama de companhia e tudo o que for necessário. E ainda não acordei completamente.

Serra da Freita

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Na região montanhosa entre Douro e Vouga situa-se a capela da Senhora da Laje, na serra da Freita, Arouca, região pertencente ao distrito de Aveiro. Lugar muito procurado tanto no verão para os tradicionais piqueniques como no inverno para brincadeiras na neve.

Para que guardaste tu cabeça de burro?

Exactamente, é isso que estão a pensar. Eu, aquela que vos escreve, guardou uma garrafita desde 2004 dum vinho excelente e, com o passar do tempo, mais excelente ficava, para uma ocasião especial. Ela guardou, guardou, olhou, e, como não era ainda a ocasião especial guardou mais um ano, e mais um, até ontem. Ontem foi a ocasião especial esperada há muito tempo. Quando esta rapariga que vos escreve estava a lavar o chão, qual princesa transformada em gata borralheira, eis que dá com a esfregona na tal garrafita e nem teve tempo de agarrar quando ela ia pelo ar para aterrar no chão em frente aos pés desta serva. E atão, esta que sou eu, só se lembrava que podia e devia aproveitar aquele néctar espalhado. Assim, num vaipe de momento, lembrou-se que a solução passaria por agachar-se e lamber o divino líquido. Mas não. Com a esfregona limpou aquele vinho tinto de uma garrafa de 2004 guardada para uma ocasião especial que não seria de todo ontem e quanto mais limpava mais encharcado ficav

Tenho de dar o primeiro passo...

...Pois Dezembro já iniciou e o Natal está quase a bater à porta e, como sempre, estou atrasada nas compras, nas decorações, nos festejos, mas o primeiro passo já foi dado. Já marquei o Cozido à Portuguesa, tradicional cá na casa da AvoGi, para o dia 28 de Dezembro. Vai daí, quero lembrar que as portas estão abertas nesse dia e, como sempre, têm de trazer um ingrediente para o Cozido e tem de ser algo bom, algo comestível, algo festivo, algo da época, algo simples, algo que me surpreenda. Corram rápido, aos saltos, a escolher o melhor...para me deixar de queixo caído.

Ponte do Milénio

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A ponte é uma passagem para a outra margem, isso já se sabe. Aqui a Ponte do Milénio sobre o rio Minho, em Ourense, projectada pelo engenheiro espanhol Juan Calvo e pelo arquitecto Álvaro Varela é caracterizada por duas longas abas laterais metálicas que servem como passagem pedonal e ponto de observação do rio elevando-se a 22 metros. Ai se não fosse a google eu não saberia o que disse. E foi, gentilmente,  surripiado .

Assim-assim

O tempo está como eu quando me perguntam como estou. "Assim-assim" dirá ele, pois que chove mas estamos com uma temperatura de 20 graus. E o sol a marcar presença. Não há quem te entenda, ó outono!, que só agora vem... tarde, direi, mas vem, para nos lembrar que existe e que está lá, no calendário das estações. E, 20 graus é coisa boa, mas nós, criaturas insatisfeitas, já reclamamos que está frio.

É só mesmo para dizer que...

...tenho tanto frio que estou de meias calçadas nos pézes,  com um xaile preto nas costas que mais parece uma velha de campo, uma manta em cima das pernas e ainda tenho frio. Estepilha, não tivemos outono, mas o inverno tá a chegar cedo. Ai, meu verão, vem aos meus braços! Este rural está diferente.

Animais nosso amigos

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Os animais merecem o nosso respeito e o nosso carinho. E, quando não há amizade entre os homens há um animal para colmatar esse vazio. Aqui, em Ourense, este gato encontrou um amigo que se preocupa com ele e em troca ele cuida do seu espaço.

Com comadres destas quem quer outras?

A minha comadre da Beira Baixa - mãe do senhor meu genro - mulher sabedora dos gostos refinados da comadre cá da ilha, e sabendo da sua apetência por enfardar figos - passados ou por passar, mandou uma safatinha deles, bem doces, lá das figueiras da avó Ginja; e como por aqui em casa mais ninguém gosta deste pitéu (também somos só dois - eu e o mê senhor, e ele não é apreciador), ora eu sentei-me no sofá com Moi-Même, que também adora figos e nem toma fôlego quando toca a comer, a saborear, quando dei por mim já tinha embuchado praí uma vintena deles. Ai comadre, isso não se faz, quando quiser mandar mande duas safatinhas que uma é pouco. Ou então deixe-os a tomar gosto que daqui a dias passo por aí e trago esses, mais uns litros de azeite, mais as azeitonas, o bacalhau, o queijo da serra, os enchidos e aquele belo do chouriço feito por si, comadre! Na próxima não convido Moi-Même, é que ela come mais que eu.

Toda partida

Aquele rapazinho vai matar-me sem que me dê conta. Poça, uma rapariga fica uns anos sem alongar, esticar, fletir, encolher, saltar e de repente aparece um rapazinho na vida dela que lhe dá a volta à cabeça e o corpo já envelhecido quer agradar ao rapazinho; e então, ela quer ser reconhecida e ter a atenção do tal rapazinho e derrete-se quando ele repara nela e a elogia, deixando-a com o sorriso número 46 - aquele de canto a canto. E o pior é que isto tudo é feito debaixo do bigode do seu senhor. Por isso, se virem uns cacos velhos espalhados por aí recolham com muito cuidado e enviem-me, são os meus, certamente, e vou tentar colar... Mania esta de querer ser esbelta!

Que beleza de ácer na Circunvalação

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Não consigo parar de olhar para esta conjugação de cores. O céu, dum azul intenso, foi rasgado por um avião. Como sempre, na Circunvalação, perto do Hospital de São João, os áceres deslumbram-me. No meu Porto.

Que desperdício! Por cá come-se ao natural

Quando falei das massarocas alguém que não me atrevo a dizer como se chama só deixo aqui a ligação (e vão às carreiras ver beleza de fotos) perguntou-me se era galinha. Ora, por aqui, no meu rural, come-se massarocas, tanto assadas na brasa, como no forno, como cozidas na panela, só não se come cruas. Uma coisa que me admirava quando visitava o norte de Portugal era ver campos cheios de milho e só exclamava:" Ai que belas massarocas!" E só me respondiam, olhando de soslaio: "Ah, é pós porcos!" Pós porcos?! , mais admiradas ficava. "Sim, e pás galinhas!" Dar aos porcos e galinhas. Deixem-me ser porca ou galinha (prefiro galinha, poça!, que cacarejar eu já cacarejo todos os dias e até tenho jeito, mas roncar...) Mas, adiante, massarocas é muito bom, e atão agarrar numa já cozida ou assada na brasa, empastar manteiga e colocá-la na boca se de uma gaita se tratasse, trincar aqueles milhos é algo que só uma rapariga de bom gosto pode e sabe saborear. E e