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Ferver, assar, ebulir...

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- Avô, a minha mota tá a ferver ! - Diz o Gu-Gu quando coloca a mão no assento ao se preparar para umas voltas, depois de ela ter estado debaixo do sol. Daí a pouco. E olhando para o Ruca II, o gato amarelo que sornava ao sol, dizia: - Avó, o Ruca tá a assar . A assar estão as pernas de frango no forno! Enquanto a água para o arrozinho branco ebului... e  eu ...ardo e borbulho de calor. Fotografia: O Ruca II

Sabiam que...

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... Não uso sapatilhas e por conseguinte não tenho um par? E sabem que preciso de umas para fazer uma caminhada? E sabem que não vou "mercar" um par para satisfazer os pés? E pensando melhor com os sapatos do domingo não faço a caminhada? E sabem que se  não fizer a tal caminhada fico triste pois que a ideia foi minha? E sabem, ou talvez não, que tudo na vida tem solução menos para a morte (irra! já deviam ter achado uma!) e por isso a solução é... levar umas da filha (deixadas aqui de quando era solteira) filho (idem aspas aspas) marido (gandes muita gandes!) nem que tenha de meter algodão na frente  mas comprar isso tá longe muito longe e nem as vejo devido à distância? A tal caminhada que por sinal é uma levada, a das 25 Fontes, é das mais belas que por aqui há. Para terminar, há mais alguém que também não use sapatilhas? Oquei, isto é querer saber da vidinha alheia, mas, vá lá... digam, sim? Fotografia: Daqui

Com licença só se...

Gu-Gu assim que mete a última garfada de comer na boca quer logo sair da mesa, mas, por aqui, nesta família só saem da mesa quando todos terminam a refeição. É um sufoco para eles estarem a fazer circunstância podendo ir brincar, mas, regras de convivência social e boas maneiras aprende-se logo que se nasce. Ontem ao jantar o rapaz estava sempre a repetir: "Avó, posso sair da mesa?" Ouvia sempre a mesma resposta: "Só quando todos terminarem". Mas água mole em pedra dura tanto bate que fura e como nas férias algumas regras são quebradas esta também foi. Ao fim de milhares ( prontes , estou a aumentar) de vezes (Posso sair?) e com cara de enterro lá disse que sim, mas antes adverti que se deve pedir licença. Ele salta da cadeira sem ouvir: - Com licença - repito em voz alta para que oiça. Ele já no chão e de costas para mim riposta: - Mas eu não dei um fofó? - como se só se pedisse licença quando se dá traques. Moral da história: fofós só com licença, não sei

Pfuu, cu enjoo!

- A sanita cheira mal. Avó, tu fizeste cocó? - perguntava-me o Gu-Gu, de nariz franzido, quando o levei à casa e banho para fazer chichi, sempre com a presença do resto das Pulgas. Responde a atrevida da Pulguinha que tudo sabe. E tudo diz. - Pois tá! - diz ela sem sequer inspirar para confirmar. - A avó fez cocó ontem e jogou às cartas. Prontes , não se pode fazer nada à vista de canalha miúda! Eu só fiz uma paciência enquanto aliviava a tripa e ela entrou num instante. Mas viu. E cheirou também. *Enjoar, por aqui, em madeirense, significa cheirar mal.

E depois da festa

Eram duas da manhã de hoje e ainda estava eu (e Moi-Même, claro) a limpar a casa. É que primeiro preguicei e depois trabalhei. Depois de deixar o bisalho e sua madame no aeroporto e esperar que o avião aterrasse (e só o fez passado uma hora e meia do previsto) fui tomar um banho de calhau seco (mas o mê senhor esteve de molho na água caliente de Santa Cruz é que alguém tem de tomar conta dos sacos que ficam em terra enquanto se vai ao mar molhar o corpo. Então fico eu de plantão aos sacos ) eram já sete da tarde. Ó depois é que foi! Depois de jantar com as Pulgas, e lá pelas onze da noite, ementes elas viam televisão (escusado será dizer que era a Disney!) deu-me aquele frenesim e toca a mudar lençóis de cama limpar o pó, além de varrer todos os cantinhos e ainda arrumar aos 345 pratos, 1246 talheres, 876 travessas, mais 78 cadeiras, 39 mesas; despejar 45 sacos de lixo, 5670 garrafas de cervejas, 679 garrafas de vinho e ...etc... Só sei pelas duas da matina estava com um calor e a

Parabéns Bisalho

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Este dia tão lembrado Foi para mim de muito trabalho Pois  há 28 anos Nascia o “Mê Bisalho.” Foi num sábado pela manhã que disse ao mê senhor “Leva-me já pó hospital Tou a sentir aquela dor.” Era uma dor tão forte Que alastrava a todo corpo Pensei cá comigo: “É desta que morro!” Ao hospital cheguei Com uma mala de cartão À saída trazia um busico E a mana pela mão. O bisalho tinha pressa Deste mundo conhecer Nem esperou que desse uma Para nascer.     A sua mana sempre presente Exclamou logo de que o viu “ Há-de ser Bruno, mamã.” E ele concordando, sorriu. Lá cresceu o bisalho Tornando-se  num galo palheiro Quando começou a falar Disse que ia ser engenheiro. Hoje, vinte e oito anos depois Estamos aqui a celebrar O aniversário do rapaz Que em Setembro vai casar. Portanto, além desta festa Vamos também fazer A despedida de solteiro … Caramba, isto é que vai ser! A juntar aos Gregórios E a dançar

Pensamento (muito meu)

Lá dizia o outro e eu confirmo: O que não me derruba só me fortalece. Venham as balas. Pim pam pum cada bala mata um...Há um copo com veneno quem bebeu morreu... Este arcaboiço, esta carcaça velha e usada é bem forte e faz ricochete.