Na mala de uma mãe cujo filho está emigrado mesmo sendo ali ao lado em Portugal Continental (para mim é como se estivesse na Austrália, tal é a sensação de lonjura) tem de tudo. Ora, o Bisalho (para quem ainda não saiba "Bisalho" quer dizer pintainho em madeirense) manda-me uma lista de saudades, que é como quem diz comidas, para eu levar. Assim, mesmo antes de colocar a roupa meto as saudades dele. É anonas, bolachas inglesas e palitos de cerveja. É fígado de novilho que levo já preparado) e milho para fritar. É milho para cozer com espada de cebolada. É bananas, é espigos... Broas de mel, de coco, de manteiga... Só depois disto tudo é que meto a roupa. Onde cabe a roupa, pergunto também vocês, meus amigos, enquanto tamborilham os dedos na mesa e franzem o sobrolho? Só acrescento que vamos dois, e só vai a mala de cabine que, na Transavia, tem o peso máximo de dez quilos. Agora é aquele momento em que levantam as sobrancelhas e dizem: hããã!? Como?! E nem pensem por