1º de Maio - dia de saltar a laje
Antes de conhecer este dia como o "Dia do Trabalhador" sempre o conheci por ser o dia de "saltar a laje".
Logo pela manhã as pessoas enfeitavam as furgonetas (ou meio-carro) com ramos de giesta e colocavam um belo par de cornos. Sim aquela "cangalha" que os cabritos ostentam na cabeça.
Primeiro de Maio-Dia dos Cornudos.
Homens da minha terra, se não saem à rua durante o resto do ano, por causa deles, do peso do adultério e da vergonha, hoje é o vosso dia. Saiam e mostrem que os têm na cabeça. E mais, saiam de braço dado com autora dos ditos, aquela que os colocou lá bem no alto.
Saltar a laje é adultério. Não há adultério sem cornos. Cornos tem a ver com os cabritos que saltam e pulam as lajes, daí se dizer que os homens com cornos saltam a laje.
Para mim nunca foi o Dia do Trabalhador, era sim o dia em que íamos passar o dia à Quinta do Palheiro Ferreiro, levávamos uma cesta com sandes de omolete e bebíamos laranjada. Saltávamos à corda, fazíamos rodas, dávamos a mão a gente desconhecida, mas que estavam lá com o mesmo fim-o de se divertir. Admirava-me ao ver os homens com cornos dependurados ao pescoço e de ver também nos carros(à frente, na grelha). Perguntava o que significava aquele ornamento e a minha tia dizia que era por ser o dia dos cornudos e que tinham de saltar a laje, mas eu não via nenhuma laje, por isso ficava sempre com a pulga atrás da orelha e sem perceber a razão de existir um dia para os homens com cornos, mas enfim.
Ah, o mê senhor saiu, mas deixou os dele em casa atrás da porta, deve ter sido esquecimento!!"
Logo pela manhã as pessoas enfeitavam as furgonetas (ou meio-carro) com ramos de giesta e colocavam um belo par de cornos. Sim aquela "cangalha" que os cabritos ostentam na cabeça.
Primeiro de Maio-Dia dos Cornudos.
Homens da minha terra, se não saem à rua durante o resto do ano, por causa deles, do peso do adultério e da vergonha, hoje é o vosso dia. Saiam e mostrem que os têm na cabeça. E mais, saiam de braço dado com autora dos ditos, aquela que os colocou lá bem no alto.
Saltar a laje é adultério. Não há adultério sem cornos. Cornos tem a ver com os cabritos que saltam e pulam as lajes, daí se dizer que os homens com cornos saltam a laje.
Para mim nunca foi o Dia do Trabalhador, era sim o dia em que íamos passar o dia à Quinta do Palheiro Ferreiro, levávamos uma cesta com sandes de omolete e bebíamos laranjada. Saltávamos à corda, fazíamos rodas, dávamos a mão a gente desconhecida, mas que estavam lá com o mesmo fim-o de se divertir. Admirava-me ao ver os homens com cornos dependurados ao pescoço e de ver também nos carros(à frente, na grelha). Perguntava o que significava aquele ornamento e a minha tia dizia que era por ser o dia dos cornudos e que tinham de saltar a laje, mas eu não via nenhuma laje, por isso ficava sempre com a pulga atrás da orelha e sem perceber a razão de existir um dia para os homens com cornos, mas enfim.
Ah, o mê senhor saiu, mas deixou os dele em casa atrás da porta, deve ter sido esquecimento!!"
Desconhecia essa tradição e embora o 1º. de Maio de 1974 tivesse sido especial, hoje a meu ver é mais um dia de... a juntar a tantos outros!
ResponderEliminarOlá,
ResponderEliminarTenho estado a ler o teu blog e a adorar.
Quanto a essa tradição,desconhecia por completo, mas eu adora tradições...
Na minha aldeia costuma-se " maiar", isto é, ir buscar coisas dos vizinhos para pôr no largo da aldeia:)
Bj
Bom Dia !
ResponderEliminarEstou preparando uma festa surpresa
Pra nossa Amiga Maria Dias
Hj ela esta de aniversario
Vamos dar um super abraço
Amigos blogueiros.
Bjkas e te mais
Avogi,não consigo acreditar, é verdade mesmo essa história dos galhos na cabeça?
ResponderEliminarSe homem veste qualquer tipo de chifre no Brasil, é só no carnaval, por brincadeira...ou quer ser mt palhaço!
Por aqui os cornos ficam em casa o que não representa que "não se salte a cerca" = saltar a laje aí da tua terra.
ResponderEliminarQueria mudar o template do meu blog e gosto do género dos teus (este e o anterior). Onde o arranjas? Já fui ao link do template que aí tens, mas não percebi nada, parece k não acertei no sítio. Podes dar-me uma ajudinha?
O AJJ saíu à rua?
ResponderEliminarMostrou o que tem na cabeça?
Por dentro, claro.
Ai essas mentes terríveis!!!
lol não fazia a mínima de tal acontecimento... mas não deixa de ser engraçado...
ResponderEliminarGi, descobri agora que andaste a cuscar num blogue que tenho só para experimentar templates. Como parece que gostas de fotos, convido-te para ires a um que tenho dedicado a essas lides e que está no meu blogue no sítio dos blogs que visito. Chama-se (in)certamente por aí, vais gostar de ver a tua Madeira. Procura nas etiquetas e aproveita também para veres os safaris que fiz. Bjs
ResponderEliminaragora sabemos de onde o termo corno vem! hahahahaha! Mas chifre é algo que as pessoas colocam na cabeça dos outros não é mesmo? lol!
ResponderEliminarMinha querida Gi.
ResponderEliminarBela postagem e belos cornes.
Eu gostava de ter muitos cornos, mas mê pai era muinto pobre e nã tinha cornes. Se ele fosse rique e tivesse alguns hectares de terra eu bem queria ter cornes de todas as qualidades e feities. Mesme assim tenhe alguns para fazer um bengaleire e quem entrar á minha porta tem que pôr lá o chapéu sanão nã entra em casa pra nã arranhar as portas. Além disse está escrite neles que são meus., nã vá alguém enganar-se e levá-lo na cabeça. A pele da minha testa é bem rija e, cada camada de pele demora 365 dias para mudar. Já viste o tempe que leva para arrebentar um par de cornes? Além disse eu uso boina , caso contrário nã podia usar. Abraços e beijos á família pulguedo.
FATYLY
ResponderEliminarpena que tivesse calhado num sábado, sempre era mais um dia a descansar.kis :)
SOFIA
ResponderEliminarobrigada pela visita também já visitei o teu. sabes pena tenho de que muitas tradições tenham caído no esquecimento e a malta nove está nem aí (como dizem os nossos irmãos brasileiros) para as tradições. kis :)
MARI
ResponderEliminarAcredita é verdadeiro, neste dia ainda há pessoas que seguem a tradição e saem à rua com cornos. (não na cabeça mas no carro)kis :)
CALENDAS
ResponderEliminarClaro que andei a ver não a cuscar, sabes tinhas a porta aberta , eu entrei só bati e não atendeste (estavas ocupada na lida da casa) sabes eu sou incapaz de entrar sem pedir licença ao proprietário ahahahah. já vi que descobriste então quer dizer que a ajuda que dei foi proveitosa.kis :):)
OBSERVADOR
ResponderEliminaro Albert johnny garden está no estoril open a trabalhar para os madeirense pena que não me tivesse pedido para lá ir, evitava ter de se deslocar. mas perguntas o que tem ele na cabeça? hmmmm será uma cangalha? bem por dentro será que tem algo? ou é oco? kis :):)
SISSIY
ResponderEliminarclaro que tem piada mas há pessoa que não admitem que os têm. kis :)
GISLEY
ResponderEliminarSim é isso mesmo cornos , cangalha
chifres é tudo o mesmo. kis :)
JOAO
ResponderEliminarOs nossos cornos são como os do caracol quando saem à rua encolhem com o sol.kis :):)
Quando era miúdo, punham-se giestas às portas das casas para afugentar o Diabo. Só quando já era teenager ´qu epecebi o significado do 1º de Maio
ResponderEliminarCARLOS
ResponderEliminargestas para afugentar o diabo? como se ele tivesse medo de giestas!!!
Como tu, outros teenagers é que descobriram o valor e o significado do 1º de Maio.kis :)
CARLOS
ResponderEliminarnão completei a frase... já depois de crescidos.
Ele há cada tradição xD
ResponderEliminarDe cair qualquer coisinha, já não basta tê-los ainda ter de assumi-los ihihi
Ainda me lembro das patuscadas e do convivio que fazia mos entre colegas...
bjocas
MINA
ResponderEliminarPara que toda a gente soubesse do adultério ainda por cima. kis :)
Não conhecia tal coisa!
ResponderEliminarNa minha terra ainda se usa aquela tradição de por uns galhos no carro :)
Ainda hoje mantemos a tradição na Ilha da Madeira de ir "Saltar a laje". E foi fantástico :)
ResponderEliminarSempre bom
EliminarKis:>}
lendo este relato, em minha familia contava-se que meu avô conhecido como Blandy pobre, seu nome era Manuel de Freitas, entrava a cavalo nos comercios e lia uma relação dos cornos. Riamos muito de ver os Patricios que conheceram meu avô, contarem que ele raspava os pelos da cabeça e andava a cavalo a anunciar a tal lista. Não sei se isto realmente aconteceu, mas gostavamos de ouvir essas historias
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