Crise. Muita crise. Mas de barriga cheia.
Não posso ouvir mais falar em crise. Acho que se banalizou a palavra e muitos não sabem o quer dizer; julgam que poupar é só no supermercado e no mercado.
Falar em crise é, estar sentada na padaria com filhos, na hora quase do jantar (e os pequenos ainda com a bata da escola) e na mesa bolos, pão com queijo e fiambre, mais leite achocolatado e galão e à saída um saco de batatas para cada.
É o pequeno-almoço na pastelaria; é o lanche na pastelaria. Eram assim os meus alunos. De manhã, pastel de nata e um garoto. Ao lanche, antes de irem para casa, uma ferradura e um leite achocolatado. E viviam ali na curva do caminho.
Crise?
Eu é que sempre andei com a crise às costas. Todos os dias levava o meu pãozinho para a escola (ou as minhas bolachas e iogurte), e lá só tomava o café e via as minhas colegas, as mais novas na profissão, encostadas ao bar e sai tostas mistas mais um sumo de laranja natural e a olharem de lado para a cota velha, e se calhar a pensar: "olha-me esta unhas de fome!"
Eu é que era a parva que não fazia despesa na escola.
Crise? Qual crise? Tanto ontem como hoje.
Falar em crise é, estar sentada na padaria com filhos, na hora quase do jantar (e os pequenos ainda com a bata da escola) e na mesa bolos, pão com queijo e fiambre, mais leite achocolatado e galão e à saída um saco de batatas para cada.
É o pequeno-almoço na pastelaria; é o lanche na pastelaria. Eram assim os meus alunos. De manhã, pastel de nata e um garoto. Ao lanche, antes de irem para casa, uma ferradura e um leite achocolatado. E viviam ali na curva do caminho.
Crise?
Eu é que sempre andei com a crise às costas. Todos os dias levava o meu pãozinho para a escola (ou as minhas bolachas e iogurte), e lá só tomava o café e via as minhas colegas, as mais novas na profissão, encostadas ao bar e sai tostas mistas mais um sumo de laranja natural e a olharem de lado para a cota velha, e se calhar a pensar: "olha-me esta unhas de fome!"
Eu é que era a parva que não fazia despesa na escola.
Crise? Qual crise? Tanto ontem como hoje.
:o Era professora?
ResponderEliminarProfessora de quê? :)
Beijinho*
SHEILA
ResponderEliminarfui professora do 1º ciclo durante 32 anos 6 meses e 12 dias
kis :=)
AvóGi como já deves ter reparado, estou a aplaudir de pé o teu post, agora sentei-me e fiquei preocupada, andas a ler-me os pensamentos. Eu digo isso tanta vez, mas tanta vez. Os meus filhos tomam o pequeno almoço em casa e lancham em casa e na escola almoçam quando é necessário e aindo sou do tempo de levar o almoço para a escola, o meu marido leva 2 marmitas com o almoço. No poupar é que está o ganho.
ResponderEliminarBeijinhos
Com a minha idade não posso falar muito, mas pelo que ouço os meus pais e avó dizer, as coisas não estão assim tão diferentes do que eram dantes, a vida sempre foi difícil, sempre houve necessidade de poupar, sempre houve aqueles que se queixavam de serem pobres mas para certos luxos não se importavam de gastar dinheiro, sempre houve gente pobre e gente rica, sempre houve os que não gostassem de trabalhar e vissem o acto de trabalhar como um castigo. O problema é que a palavra "crise" ganhou fama, e agora toda a gente age como se fosse um fenómeno novo. Já estou pela ponta dos cabelos com notícias do governo isto, governo aquilo, greves, pa-ta-ta, pa-ta-ta. Santa paciência, mudem-me o repertório, senhores da comunicação social!
ResponderEliminarAvoGi isso também se pode chamar desgoverno, desleixe e irresponsabilidade. a minha avó também era professora (primária). beijinho
ResponderEliminarAs pessoas habituaram-se tanto a esses maus vícios que agora não conseguem voltar ao ritmo normal.
ResponderEliminarMuito bem dito! =)
ResponderEliminarConcordo plenamente! Sabes que mais? Levar comidinha de casa além de ajudar nas finanças ajuda na linha! lol
Não cometemos loucuras de comprar bolos e mais bolos...
Beijinho
http://makeupbox-maria.blogspot.pt/
Ela existe(e eu k o diga), mas também muita gente a fazer uma má gerencia dos seus recursos, isso também não se pode negar, enfim, vamos andando e vamos vendo onde isto nos vai levar. Jokinhas, vó;)
ResponderEliminarBom, se não pode ouvir falar de crise, não cometerei tal deslize...
ResponderEliminar(banalização? olhe que não... olhe que não...)
Infelizmente a crise está aí e muita gente está a passar mal.
ResponderEliminarMas também há muito desgoverno, sei de crianças que vão para a escola sem pequeno almoço tomada e as mães estão no café a tomar o pequeno almoço e a fumar á conta do subsidio.
Beijinhos.
Avogi, também sou professora e, também levo a lancheira para a escola, nos dias em que tenho aulas de manhã e de tarde. No poupar é que está o ganho! Poupo no que posso e, posso-lhe garantir que cada vez mais colegas fazem o mesmo. Temos um micro-ondas e aquecemos a comidinha saudável que levamos de casa. Aliás está até muito in fazê-lo. Sabe quem vai almoçar fora sempre? A maior parte do(a)s colegas contratado(a)s. Não sei. Será porque nunca passaram pelas dificuldades que nós na nossa idade passamos(sim somos da mesma incorporaçaõ. Só que eu ainda estou ao serviço da canalha(como se diz na minha terra- o norte, carago!- quando se fala da criançada). Como tudo o que conseguiamos era suado e, nunca dado de mão beijada, aprendemos a dar valor ao dinheiro e à necessidade de poupar. Digo eu...
ResponderEliminarFErNANDA colega (eu ia dizer de infortunio ma snem tanto por que somos do regimento em que íamos por gosto e vocação , assim como a freiras) obrigada pelo comentário, e sim, as mais novas soaas mais desinibidas no capitulo das despesas, será por nao terem despesas daquelas que fazem o ordenado baixar logo no inicio do mês?
ResponderEliminarkis :=)
MAMA PETRA
ResponderEliminarobrigada e já te podes sentar (hihihi)
a minha filha tb é desta nova era e leva a marmita para o trabalho.
kis .=)
Minha doce LARANJINHA
ResponderEliminarsempre houve miséria e sempre haverá , agora nao me falem desta misera que passa o dia sentado no café À espera do cheque da Seg social . miséria é trabalhar a terra e nao conseguir vender e por conseguinte nao ter dinheiro para comprar.
kis :=)
BELLE
ResponderEliminarum beijo À tua avó e saudações
kis :=)
MARIA
ResponderEliminarconcordo contigo e sabemos de ante mão o que comemos
kis :=)
DREAMS
ResponderEliminarvamos andar para a frente catrás vem gente e penso que isto vai piorar
kis .=)
ROGERIO
ResponderEliminaracho que sim acho que sim aplica-se a palavra a torto e a direito
kis .=)
MONTANA
ResponderEliminarclaro que sim, as crianças sao as mais lesadas que as mães nao deixam de fumar para comprar os cereais para os filhos e acima de tudo sabem, que na escola comem.
kis .=)
Aqui nos EUA eles comem fora por tudo e às vezes os pais levam os filhos para o McDonalds para café da manhã 0.o!!! Depois não sabem pq as crianças se estragam e ficam gordas!
ResponderEliminarHá crises e crises!!!
ResponderEliminarE visões diferentes da mesmas rsss para um fumador não poder comprar cigarros pode ser crise, dirão que não é um bem de primeira necessidade! alguns nem comerão:(
Mas infelizmente à crise da falta de alimentos o desemprego está caótico...
Subscrevo inteiramente o que dizes!
ResponderEliminarConcordo! Eu sempre tomei em casa o pequeno almoço e há um ano comecei também a levar a marmita com o almoço! É mais saudável e poupa-se!
ResponderEliminarhá muita gentinha a queixar-se de barriga cheia. Eu vou a pé para o trabalho, levo lanchinhó alías de tarde levo uma termos com o meu chazinho, ou leite com café, a minha mãe educou-me assim a não estragar porque amanhã podes precisar e depois onde vais buscar??E também porque cresci com pouca fartura monetária mas rica em carinho!
ResponderEliminarPercebo o que queres dizer... mas que a crise é real, não o podes negar!
ResponderEliminarTodas as crises são iguais mas umas mais crises que outras.
ResponderEliminarAvogi, uma vez que fazes moderação de comentários és livre de publicar esye ou não, mas eu gostava de fazer uma perguntinha (ou duas) à sua leitora e comentadora Laranjinha.
ResponderEliminarMinha cara Laranjinha, crise é ficar sem o subsídio de férias, sem o subsídio de natal, pagar a eletricidade aos chineses cada vez mais cara, pagar o IVA a 23% mesmo em artigos de necessidade, ficar sem mais 2% do salário devido ao aumento do IRS, fecharem 10 empresas por dia, estarem 800 mil desempregados inscritos nos centros de emprego, não haver obras públicas, ter-se desmantelado a industria naval, as pescas e a metalurgia, terem-se plantado eucaliptos para destruir a nossa agricultura, vender-se ao desbarato um banco onde foram injetados os milhões de todos nós, os nossos filhos serem aconselhados a emigrar pelo nosso PM e por aí fora, os tais patati-patatá que a senhora fala. E a pergunta que lhe faço é a seguinte: vive neste país e sabia disto ou acha que a crise é uma invenção dos telejornais?
(grato Avogi pela tua paciência)
Beijinho.
Isso é que é amor ao que se faz ;D
ResponderEliminarBeijinho*
Olá! Sei que já fui apontada por ser sovina e levar lanche e almoço para o trabalho ( durante anos e não só agora por causa da crise ), mas quando havia um emprevisto ou queria comprar alguma coisa não precisava de pedir a ninguém! Hoje sei que muitos dos que me "gozaram" fazem o mesmo e já até é moda!! Algumas pessoas só "acordaram" agora para a nova realidade e algumas ainda nem se deram conta disso....!
ResponderEliminarBeijinhos
Sandra / Funchal
Eu sempre vim e venho "marmita" para o trabalho.
ResponderEliminarAté porque não sou de comer muito e uma dose sobra sempre e eu não gosto de deitar comida fora nem dinheiro,
as minhas filhas tambem sempre levaram lanches, sou pobretanas, sou, mas tambem tenho objectivos que gosto de cumprir mais importantes do que ir comer um bolo um galão ao café.. prontessss disse.
O problema é que as pessoas habituaram-se a viver acima das possibilidades...
ResponderEliminar