É tão bom ter quem cozinhe por nós
Desde há muitos anos que sou a cozinheira de serviço permanente, uma coisa de trinta e tal anos, (desde que me casei, prontos, que antes eu era a menina que não fazia nada) e, todos os dias tento fazer diferente, mas o que é certo é que se assemelha sempre igual; por mais voltas que dê ao miolo acabo por cozinhar sempre da mesma forma. É um ritual que se repete dia após dia. De vez em quando tenho quem faça as honras ao meu paladar e me delicie com outros cozinhados. Isto acontece quando visito a minha filha, que tem um cozinheiro esmerado há mais de dez anos, e quando visito o meu filho que tem uma cozinheira há pouco tempo mas que é uma óptima fada do lar. E eu, que sou apreciadora de um bom prato, tento não abusar quando ele e ela me preenteiam com gastronomia da sua terra: Minho e Beira Interior. Fotografia: Ponte de São Sebastião, Ribeira de rio Caria (afluente do Zêzere)