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E o que dizer disto?

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Estou pronta para sair. Lábios pintados de vermelho escarlate, cara fresca cheia de creme anti-rugas, carteira numa mão, chave do carro na outra, olho ao espelho e sorrio. Estou bem, muito bem mesmo. Ego nos píncaros e saio. Mas algo não batia certo nem mesmo a insistência do olhar das Pulgas me alertou. Só quando coloco o pé na degrau das escadas é que o branco do calçado contrastava com a meia castanha. Oh, diacho! Oh, mulher perdida! Nãn tás bem! Tinha as chinelas de andar em casa ainda calçadas. E não fazia conjunto! Estas que, aqui, estão nos pés da Pulga-a maiveilha.

Numa de reduzir encargos

Adeus Telecines 1,2,3 e 4 e tv séries. Fomos muito felizes enquanto durou. Mas olha, o dinheiro é pouco para supérfulos e prefiro alimentar a boca que viver de ilusões; é que não prescindo de um bom vinho acompanhado de um bom queijo antes da refeição. Posso ainda vir a cortar mais mas nisso eu não corto ou não me chame avoGi-aquela-que-abre-uma-garrafa-de-vinte-euros-para-molhos.

É tão fácil ser feliz...

...Nós é que complicamos a vida com as decisões que tomamos, com as escolhas que fazemos no caminho que traçamos. Para ser feliz há que dar apreço aos momento que vivemos, encontrar prazer no que fazemos. Para ser feliz há que viver a vida consoante as nossas expectactivas e não de acordo com o que os outros pensam ser melhor para nós. Para ser feliz não podemos permitir que as opiniões dos demais nos distraiam do caminho. A vida tem um fio condutor, é a modos que um elástico preso entre os nosso dedos; pelo caminho da vida deixe-o esticar até mais não, mas não o solte. Nunca. Assim perderá o controle sobre a sua vida, deixando que os outros se apoderem da ponta do elástico. Não tente agradar a todos, essa é uma missão impossível pois que somos todos diferentes. É este o meu lema de vida. E tento aproveitar ao máximo nunca me esquecendo de mim própria só para que os outros gostem de mim. Esta sou eu e não tempo para mudar, quem quer quer quem não quer que queira.

E dizem que os homens são mais desarrumados?

Meu povo, estais enganado. Há homens tão mas tão arrumados e mulheres tão mas tão desengonçadas no que toca à arrumação. Há homens que mesmo estando num hotel para passar duas noites, assim que chegam ao quarto, mesmo ainda antes de ver as vistas, vão logo tirar a roupa da mala e colocar nos cabides tão alinhados, milimetricamente colocados, no roupeiro. Eu, mulher despachada e com outros interesses em mente deixo a mala e dirijo-me à varanda, observo as áreas circundantes, olho para as varandas a ver se tenho vizinhança, ver as vistas vá lá...só depois é que faço uma vistoria ao quarto. Cheiro os lençóis, passo a mão na cabeceira, vejo debaixo da cama, sei lá, pode ter um esqueleto...e concentro-me na casa de banho. Verifico a desinfecção, cheiro as toalhas...e depois disto olho para a mala e penso: desarrumar para quê? Está tão bem assim. Já arrumada para a saída.

E depois há aqueles momentos em que...

...reparas que estão todos entretidos e aproveitas para te sentares no trono, porque quando lá estás precisas de estar só. E, sentada ouves passos. De repente entram três Pulgas apressadas, uma que quer pentear-se, outra que quer uma mola para o cabelo e o mais novo pretende fazer chichi, e já salta e pula logo seguidas pelo macho da casa que, sabendo o quanto gostas de sossego quando obras vem atrás (das Pulgas) para que não aborreçam a avó. E, assim, a obra que ia fazer...não foi feita. E existem mais dois tronos nesta casa. Pulgas mãos chatas não há, têm de destronar a avó.

Eu indico o caminho da luz, sigam-me

Dizem que não sou a única madeirense na internet. Oh, que coisa! Eu aqui a pensar que não havia mais ninguém com internet cá no rural. Chatice! Mas de uma coisa tenho a certeza: sou a única com este blogue. E, neste reino sou a rainha, por isso, mando eu, sim? Faço e aprovo as leis também. Aqui recebo amigos, faço as honras da casa e dito as regras. Quem vier com um sorriso recebe um de volta, ou até dois vá lá, os outros que vêm com pedras na mão cá estou de peito aberto para receber e me defender como posso. Cuidado, pode fazer ricochete. Este espaço não representa os madeirenses em geral mas sim eu e as minhas Pulgas, em particular. Que fique bem claro que escrevo como quero, uso as palavras da forma que gosto. Sou como sou e não deixarei de ser quem sou só para satisfazer egos que por aqui povoam. E agora falemos de flores e da fotossíntese. Ou se preferirem, e porque estamos a um mês da Festa, de sandes de vinha d' alhos e de cebolas descabeche. Chega de amargos de boca! A

Pensar uma coisa e fazer outra

Resume-se a isto. Pensava eu que ia ter uma tarde sentada de sofá a preguiçar depois de ter dado descaminho às Pulgas, ou melhor depois de tê-las entregue aos pais, eis que, aquele com quem vou à bola, lembra-se de ir até aos píncaros da montanha captar uns momentos pois que não chove, está sol e uma temperatura que convida ao passeio. Atão esta rapariga que vos quer bem, vai ter de se levantar âncora da cadeira que já tem lomba, e acompanhar o hôme. De uma coisa tenham a certeza: vou tomar uma bela poncha. Mas estes maridos não deslargam...