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É pró lado que durmo melhor

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O meu humor muda de segundo a segundo. Estou assim, a modos que, "diferente" quase não me reconheço, aborreço-me com pequenas coisas do dia a dia, situações que antes passavam despercebidas, agora fico a matutar sem descanso, durante o dia, pois que, à noite, durmo sem interferências. Aplica-se aqui a frase "é pró lado que durmo melhor".  Se antes não dava atenção e, por isso passava ao lado agora dramatizo e pesa no coração. Coisas mínimas coisas minhas que, certamente, outras pessoas não valorizam eu dou-lhes valor acrescido. O pior é que reflete-se nas minhas expressões e não faço por esconder aliás, não consigo evitar e quem me rodeia descobre logo que algo não bate certo. Quisera eu não demonstrar desagrado e evitar que se aloje nas rugas. Este sentir-me "diferente" faz com que sofra mais do que o devido, aperta-me o coração, deixa-me a penar. Vai passar e, só espero que pese sempre para o lado que durmo melhor. Fotografia: Santana, a pitoresca fregue

Certas pessoas, certas atitudes

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Há aquele tipo de pessoa que aproveita a ida a casa de amigos para tirar a barriga de misérias, basicamente comer o que não come em casa, e são camarões e figos pingo de mel aliás tudo o que aqui, na região, é caro mas que se gosta de presentear os amigos e familia em dia de festa. Estas pessoas vão a todas, como o José Malhoa, mas incapazes de retribuir o gesto convidando os amigos para ir à sua casa. Questionados sobre o assunto arranjam pretextos: a mulher está doente, o filho trabalha, tem de ficar com os netos. A melhor foi que tinha tábua de passar a ferro a meio da sala por isso não convidava ninguém. Adoro estes comportamentos (estou a ser sarcástica).  Fotografia:  Phissalis, tomate cereja, pimentos amarelos e azeitonas

Outono em Portugal, Primavera no Brasil

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  De verdade, de verdade vos digo, adoraria estar a iniciar a primavera que o outono. Embora goste das cores de outono, prefiro as flores a desabrochar e os passarinhos a chilrear. Nada bate os dias alegres da primavera em que crescem ao fim da tarde. Nada como apreciar as  flores nas árvores e esperar pelos frutos.  Fotografia: uma cereja a crescer no Jardim da Serra, Estreito Câmara de Lobos

A saudade é perene

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As leis da vida não têm explicação, temos de as aceitar sem questionar. Por isso vou aceitar a realidade, procurar viver com a saudade, com a falta das tuas mensagens, das gargalhadas sem nexo. Vou tentar encher o vazio que há no coração com recordações, momentos e memórias tuas. Quem me vai oferecer gerberas nos meus anos? Quem vai brindar e tilintar os copos com o Tim-tam-tum pelo Natal?  Quem sabe, meu irmão, se um dia, lá na outra vida, não estás de copo na mão e com um grande ramo de gerberas à minha chegada. Até lá, estarás sempre no meu coração. Fotografia: o último ramo de gerberas oferecido pelo meu irmão.

Afastamento obrigatório

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Tenho uma colecção de pessoas para mandar assistir à aula de unidades de comprimento pois que não sabem medir um metro linear e, como não sabem um metro dificilmente sabem medir dois metros de afastamento. A p'ssoa respeita, a p'ssoa tem medo, cuidado e pavor  e, por isso, afasta-se como se tivesse uma doença contagiosa e na fila para entrar na frutaria a p'ssoa mantém o distanciamento qual não é o espanto quando vem uma que cola bem ao meu corpo quase a roçar. E o pior é que se a p'ssoa olhar e manifestar afastamento está sujeita a ouvir uns impropérios, porque a otária sou eu. Na próxima vez que eu for à frutaria levo a fita métrica de mestre e coloco-a no chão para evitar que respirem para o meu pescoço. Fotografia: Machico, desde a Levada dos Maroços

Pessoas....pessoas...

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Aprecio aquelas pessoas que se sentam na primeira cadeira que encontram quando entram no café sem perguntar se está ocupada.  E, depois, quando se diz: "desculpe, está ocupada", olham p'ra nós com cara de bolo-rei e, como se tivessem uma mola presa ao rabo, levantam-se, jogando a cadeira com um revirar de olhos, mandando-nos para aqueles sítios que ninguém gosta. E ficamos assim, a olhar para aquela pessoa que demonstra sinal de educação elevada. Fotografia: Caniço com o seu casario e o oceano Atlântico a seus pés.

Já cá está o outono

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À entrada da minha casa já se adivinha a estação que está para chegar. Essa mesmo o dourado outono. Gosto dos frutos, das cores das folhas das arvores quando caem ao chão mortas e cansadas de todo um verão a fazer sombra. Adoro o pôr do sol no mar, raiando de violeta as nuvens, tornando o céu numa bola de fogo que torna a ilha dourada. É este o outono que gosto, não o outro de dias frios, pequenos, cinzentos e chuvosos.