Na cama

Estávamos na cama. A luz da rua entrava pelos tapa-sóis fechados. Eu vi-a. Ela via-me. Depois da história (sempre a mesma), julgando que já dormia, levanto-me lentamente e sento-me na cama.
- O ti é abó?(O que é avó) - Oiço perguntar. Eu tentei disfarçar, esfrego os olhos e digo.
- Tenho uma coisa no olho!
- Tem eu! (Também eu)- E senta-se ao meu lado, esfregando também o olho.
Ora esta Pulga. Já a sabe toda. Ai sabe, sabe.
Mas eu também sei.
E lá fiquei mais um bocado a fingir que dormia.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Tabaibos ou figos da Índia

Usar óculos é um adereço e não uma necessidade

Um estado de alma