Quando precisei de renovar o cartão de cidadão dirigi-me à loja do cidadão ao balcão correspondente e disse ao que ia. A menina pede para que me sente para a fotografia. Ah, e tal, tem de tirar os óculos, diz a menina linda, olhando para mim. "Comé?" pergunto em bom madeirense à simpática e adianto que não tiro, que uso desde sempre, que é a primeira e a última coisa que faço todos os dias é pôr e tirar do nariz, que identifica-me.... Ela mostrando desalento e tornando a dizer que "é sem óculos" e eu a ripostar que não tiro, chame quem quiser, os óculos para mim são uma necessidade, a minha vida é com eles, sempre usei.... Ela olha para mim e diz que "os óculos são um adereço, você não nasceu com eles." Aí deu-me aquela volta no estrampalho e antes que vomitasse tal era o desejo que tinha disse-lhe serenamente. - Também nasci nua, devo despir-me? Calou e engoliu em seco pois tinha gasto a saliva a mastigar o "gâmesse" que dava voltas na b...
Querida Gisele.
ResponderEliminarVou deixar de falar à madeirense, pois há observadores que só observam o outro lado da página. Possívelmnte ainda não tiveram ocasião de falar em Portugal o Menderico, o Crioulo o Algarvio, ou mesmo ir até à região do Pêgo... De certeza que ainda não passaram além da Fonte da Telha.Se me permitires, vou passar a falar o Francês trazido pelos emigrantes que sairam a salto de Portugal e, de vez em quando vêem passar as " vacanças" ou vêem para a "retrete"
Vacanças " Vacances", "Retrete " "Reutret". Portanto Férias e Reforma. Será? Eu não tenho vergonha de falar de forma a que meus conterrâneos me compreendam. Também não preciso de andar de tradutor quando viajo pelo meu Querido Portugal.
Quante aos cornes, eu bem queria ter muintes.Ai vezes vou por esse Alinteje abaixe e veje tantes que chegue a preguntar a minha milher porquê mê pai nã me deixou plo menes um par deles. Daqueles que existem prá lá do Marão. Os mirandezes que cheguem a ter um afastamente entre pontas de mais de um metre. Ê cá queria ter bastantes e muintes hectares de terrene para pastages. Despois que me chamassem o que quizessem. Quante ás laranjas e limões tenhe bastantes. Ei laranjas são muinte ducinhas pois passaram o serene de Janeire. Auguenta-se até quase o fim de Junhe.
Já agora se um dia fizeres a gentileza de vires até à minha casa, vou contar-te.
Se cá vieres de verdade
à nossa santa terrinha
Levarás uma dúzia de queijos
da vaca da tua madrinha.
Pois o cavalo do teu pai
é sempre a cabeça tonta
A mulas machos e éguas
A todos ele lhes dá conta.
Vou terminar canão vou ser escmungade. Um beijo de amizade João.
Já me esquecia:- as minhas habilitações académicas, são até ao segundo livro.Um pouco mais que minha mãe e, então do meu pai nem se fala.
João
ResponderEliminarSó tu hôme. Mas que piada tens! Que humor genuíno! Adoro-te conterrâneo. Continua assim.
"Há canos"...que não me ria tanto ao ler o comentário do João:):):)
ResponderEliminarfatyly
ResponderEliminarEste nosso amigo João tem montes de piada.
Sabes fatyly
ResponderEliminartenho uma pasta com todos as comentários do João. acho-os de morte.kisses
Ena pah!!!
ResponderEliminarAh "canos" assim.
:)