E eu não digo que a tia-velha tira-me o juízo?
Se eu antes dizia que ela queria-me tirar o juízo agora digo que já tirou, não restam dúvidas.
Mas... vamos lá a sentar num banco... pensando melhor escolham a poltrona, a melhor, a mais confortável que houver por aí que hoje vai avançar um filme. Um far-west, um drama ou uma comédia, quiçá, terror depois classifiquem...
Ontem à tarde a tia-velha caiu. Deve ter sido o seu quingentésimo bate-cu. A lembrar: já fracturou o úmero, o fémur (tem uma prótese) os punhos.
Mas ontem caiu e sabem onde? Pois, eu também não sei. Nem ela. "Foi ali em baixo" disse. Mas a coisa até estava razoável, ia à casa de banho com ajuda...até chegar às seis da manhã e não poder andar. Ambulância em casa pelas seis e meia e fomos ao hospital. Ortopedia. (A ala crítica desastrosa do hospital do Funchal. Meti-me num ninho de vespas.)
Às 9:30 foi atendida raio-X já o Gu-Gu me esperava na rua. "É melhor ir" disse a enfermeira "se calhar vai subir ao bloco operatório." Assim que chego a casa telefonam para a ir buscar. Teve alta hospitalar.
Ora aqui é que a porca torce o rabo ou seja além de torcer, deu o nó.
Tinha um Jeep na garagem (eu ainda sei conduzir) sem cadeira de bebé (para levar o Gu-Gu) e a tia-velha não entra nele nem aos empurrões.
Liguei à minha filha e foi buscar a tia-velha. Ao chegar a casa, diz-me: "Ela não vai subir as escadas! Para entrar no carro foi um custo."
- Ai vai-vai nem que seja d´ arrasto - digo eu. (Ela agora pesa 50 quilos, mas já pesou 85)
E começámos o transporte da tia-velha pelas escadas acima. Cena digna de um filme. Eu à esquerda, Quicas à direita, a meio o peso-morto (ai Jesus, mas é verdade não dava conta de nada) ou o peso pesado. O braço da tia-velha no meu pescoço e como não se segurava, meto o sovaco dela em cima do meu ombro e seguro-lhe na mão para fazer força, o meu esquerdo na sua cintura, como se fossemos um casal de namorados enlaçados. A minha filha a puxar pelo braço direito da tia. E combinávamos: "vamos subir três degraus." Um dois três descansa. Subimos aos soluços. A tia-velha no ar quase a cair...Mas subiu.
"Eu tou a suar" dizia ela.
Quer dizer, eu é que carreguei 25 quilos (que a minha filha carregou os outros 25) ela é que transpira.
E agora estou aqui "emantada das arcas." E ela jazz ( pois está sempre a tramelar) na cama.
Mas... vamos lá a sentar num banco... pensando melhor escolham a poltrona, a melhor, a mais confortável que houver por aí que hoje vai avançar um filme. Um far-west, um drama ou uma comédia, quiçá, terror depois classifiquem...
Ontem à tarde a tia-velha caiu. Deve ter sido o seu quingentésimo bate-cu. A lembrar: já fracturou o úmero, o fémur (tem uma prótese) os punhos.
Mas ontem caiu e sabem onde? Pois, eu também não sei. Nem ela. "Foi ali em baixo" disse. Mas a coisa até estava razoável, ia à casa de banho com ajuda...até chegar às seis da manhã e não poder andar. Ambulância em casa pelas seis e meia e fomos ao hospital. Ortopedia. (A ala crítica desastrosa do hospital do Funchal. Meti-me num ninho de vespas.)
Às 9:30 foi atendida raio-X já o Gu-Gu me esperava na rua. "É melhor ir" disse a enfermeira "se calhar vai subir ao bloco operatório." Assim que chego a casa telefonam para a ir buscar. Teve alta hospitalar.
Ora aqui é que a porca torce o rabo ou seja além de torcer, deu o nó.
Tinha um Jeep na garagem (eu ainda sei conduzir) sem cadeira de bebé (para levar o Gu-Gu) e a tia-velha não entra nele nem aos empurrões.
Liguei à minha filha e foi buscar a tia-velha. Ao chegar a casa, diz-me: "Ela não vai subir as escadas! Para entrar no carro foi um custo."
- Ai vai-vai nem que seja d´ arrasto - digo eu. (Ela agora pesa 50 quilos, mas já pesou 85)
E começámos o transporte da tia-velha pelas escadas acima. Cena digna de um filme. Eu à esquerda, Quicas à direita, a meio o peso-morto (ai Jesus, mas é verdade não dava conta de nada) ou o peso pesado. O braço da tia-velha no meu pescoço e como não se segurava, meto o sovaco dela em cima do meu ombro e seguro-lhe na mão para fazer força, o meu esquerdo na sua cintura, como se fossemos um casal de namorados enlaçados. A minha filha a puxar pelo braço direito da tia. E combinávamos: "vamos subir três degraus." Um dois três descansa. Subimos aos soluços. A tia-velha no ar quase a cair...Mas subiu.
"Eu tou a suar" dizia ela.
Quer dizer, eu é que carreguei 25 quilos (que a minha filha carregou os outros 25) ela é que transpira.
E agora estou aqui "emantada das arcas." E ela jazz ( pois está sempre a tramelar) na cama.
A "tia velha" tira-te o juizo?
ResponderEliminarMais ainda?
Saio a correr.
Já sei o que me vais chamar...
;)
Esqueci-me de dizer Avogi já consegui retirar as letras de verificação aos comentários no meu blog...finalmente!!
ResponderEliminarAs melhoras da tia, a Avogi tem que ter paciência pois todos chegamos a isso uns melhor outros pior, é dificil isso é, mas é daquelas coisas que acontecem sem querer! Eu ainda agora tive que gritar ao telefone para a minha mãe me ouvir e tem aparelhos nos 2 ouvidos!!! só tem 65 anos e já está assim!!!
ResponderEliminarBem haja por a tratar tão bem e conseguir ver o lado cómico da coisa. Há poucas pessoas assim. Muitos beijos.
ResponderEliminarVê o lado positivo, a tua vida é estimulante e nada sedentária e,..... ainda fazes exercicio fisico!!
ResponderEliminar:)
Pobrezinha!!!
ResponderEliminarNão, esse aí não foi dirigido à tia Alice!
Foi dirigido à você!!!
Agora, no sério mesmo, nessa idade, elas caem igual mamão maduro.
Não seria o caso de você arrumar um andador pra ela?
No caso da minha sogra, ajudou bastante.
Beijinhos, e que tudo se resolva.
Paz e Bem
Cid@
Pobre titia!!!
ResponderEliminarEspero que esteja melhor...
Que essa é a idade das quedas e algumas deixam marcas profundas, e até fatais...
bjinhos
Safa! Mas que aventura...
ResponderEliminarAbracinho meu!
Bolas, que sufoco...e as melhoras dela e as tuas porque jamais é tarefa fácil!
ResponderEliminarESpero que a tua tia já esteja melhor. AS quedas nessas idades ás vezes resultam em coisas bem chatas.
ResponderEliminarBeijinhos.