Um susto do tamanho do aeroporto.

Malas iguais dá azo a que se confundam e foi isso que aconteceu ontem. Ao chegar ao aeroporto do Porto, depois de uma viagem para lá de agradável, agarro na mala que, por sinal era a única no espaço por cima das cabeças e ala que faz-se tarde e chovia, como sempre, aqui, neste penico do norte. Pelo caminho mê senhor, para vestir a camisola deixa cair a outra, que ficou mais molhada que um bisalho, e já ia esbaforrido. Chegando ao tapete rolante esperando pela mala de porão, ele,  homem previdente como daqui até Bagdad, abre a que eu trouxe para tirar o porta-moedas, quando...
Oh, mas o que é que enfiaste aqui?, pergunta à rapariga ao lado dele, que por sinal era eu, e eu, que não tinha metido Cd,s olho esbugalhada para ele. Hã? Cd,s?!
Mas o que é isto? E isto?
Oh, raio, esta não é a nossa mala! E pede pernas ao diabo para correr,  sei lá para onde, procurando a sua mala que, como eu lhe disse, até podia estar a caminho de Paris, uma vez que o voo seguia viagem. Nunca o triste do hôme correu tanto atrás de uma mala! Corre, vai lá acima ao balcão da Transavia a ver.. A ver....dizia eu e, com o braço mandava-o subir.
Era ele e eu a correr pelo Sá Carneiro afora...olhando para todas as malas...
É que dentro da bendita estava a chave de casa, o porta-moedas, e toda a nossa fortuna.
Ai mê Dês!, rezava eu para que a mala não tivesse ido para Paris de França porque na mala que eu tinha havia literatura em francês, e fatos de homem, gravata, artigos de barbear, o que fazia eu com isto?  Iria fazer a barba agora e vestir roupa masculina?
Até que...
No balcão do voo a senhora telefonou para a porta de embarque e a mala não tinha viajado. Por sinal, estava um rapaz também a reclamar que a mala que tinha não era a dele. Soube-o quando a abriu para tirar o cachecol.
Encontramo-nos, trocamos as malas e rimos da peripécia, e, a casualidade de cada um abrir a mala ainda no aeroporto, porque se fosse pelo caminho ou em casa havia de ser lindo! A preocupaçaão do rapaz era também que a mala dele tivesse ido para Paris.
 Mas o susto ficou. Podem crer que vou colar na mala uns macacos quaisqueres, mas com a certeza porém que de feia ninguém a vai trocar. Que treta esta!

Comentários


  1. Doida páh!!!
    Que grande susto mesmo!!!!
    Eu acho que me dava uma coisinha má e tinha uma apoplexia coma ansiedade! LOL!!

    Beijos... mas sem trocas
    (^^)

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  2. Caraca! Verdadeiramente um susto!
    As alternativas que aponta (ir para Paris,
    u ser aberta no caminho), são aterradoras.
    Já viajei com documentos imprescindíveis
    em minhas missões profissionais, e coisa
    desse tipo nem me passou pela cabeça.
    E ainda bem que nunca me sucedeu algo assim.
    Beijos.


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