Como eu era e como eu sou

Ontem, em cada ombro trazia uma mochila, na mão três lancheira e ainda a minha bolsa mais três casacos, e ainda um Gu-Gu na outra (sim, que este menino é um estrepela e tenho receio que corra e pule, atão, afinco as garras na mão dele). As Pulgas, essas, iam à minha frente com as mãos a abanar.
Em chegando ao bólide, mê senhor olha para mim e antes que dissesse algo, perguntei:
- Mas alguma vez eu acartei as mochilas dos meus filhos? - e antes que respondesse respondi eu. - Nunca. Jamé. Sempre foram eles. Mudei, não?

Comentários

  1. Os avós estragam os netos. Por isso é que nunca lhes dei muitas hipóteses de "meterem a colherada" na educação da minha pulga. Depois eles iam descansadinhos para a casa deles e eu é que ficava a aturar as faltas de educação. Não querias mais nada? Eles mandaram nas filhas deles, em mandava na minha e que ninguém contrariasse as minhas ordens, porque então é que tínhamos o caldo entornado.

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    1. Riddle
      Podes ter a certeza que não permito má-educação e posso-te garantir que as minhas Pulgas nunca saltaram a cerca que divide a boa da má educação.
      Costumo dizer que em casa da avó manda esta rainha em casa manda a mãe. Nunca i terfiro na educação dada pelos pais a elas, minhas pulgas, mas gosto que me considerem presente uma vez que participo na educação e desenvolvimento do seu percurso. Há coisas que lhes permito fazerem aqui que eu, como mãe não permitia aos meus filhos. Falo de cousas simples do dia a dia.
      Mas como dizes, os avós estragam..
      com mimos com permissividade e com algumas nuances que lhes é próprio deste estatuto. Por isso, as minhas pulgas correm para ficar comigo aos fins de semana. Só não ficam mais porque os pais tb precisam de estar com eles uma vez que durante a semana é uma aceleração.
      Pronto, a relação netos avós é um fenómeno, como há dias alguém me disse. E acho que sim. Tido o que faço é de agrado e sou reconhecidas por eles, todos os dias.
      Kis :>}

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    2. Não tenho qualquer dúvida, AvóGi. Nem creio que os avós da minha filha procediam de outro modo. O que eles gostavam muito era de dar palpites nas minhas decisões e isso eu nunca permiti. E, para aquelas pessoas que não sabem interpretar o que leem, a minha filha nunca foi privada do convívio com os avós. O que nunca permiti foi que alguém passasse por cima do que os pais determinavam.
      E é verdade, os avós estragam os netos com mimos. Provavelmente eu irei fazer o mesmo, se os tiver. E também muito provavelmente a minha filha não vai admitir que eu contradiga o que ela determina. É a lei da vida. Filho és, pai serás, como fizeres, assim encontrarás.

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  2. Tenho pena de si RIDDLE, ou melhor tenho muita pena da sua filha, que está privada de uma sã convivência com os avós.

    Mais haveria a dizer, mas não no blogue da Avogi, que tenho a certeza que dá aos seus netos, amor, carinho e a devida educação.

    Parabéns Avogi, pela FILHA que tem e por lhe permitir ser uma grande AVÓ.

    Um abraço.
    C.

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    1. Tenha antes pena de si, seu/sua abécula, que a minha filha é adulta, está muito bem psicologicamente e não sente necessidade nenhuma de falar com os avós, que já faleceram há muito.
      E quando eu precisar de conselhos, não vou procurá-los entre gente idiota que não tem mais que fazer do que interpretações literais do que se diz num simples comentário a um blog.
      Presunção e água benta, cada um toma a quer.

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  3. Ó avozinha, deixe lá, nós com a idade vamos cedendo e não há nada melhor no mundo que os nossos netinhos.

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  4. Avós são iguais aos Pais mas com requintes de malvadez e uma sabedoria mais poderosa, o pior é o que vem com tudo isso! ;)

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  5. Não concordo que pais e avós levem as mochilas às crianças (a não ser em casos especiais)!
    Hoje há formas de serem usadas...de modo a facilitar a deslocação...mas também sei (fui professora) que há demasiados livros para serem transportados!
    Enquanto fui professora...tive o cuidado de não sobrecarregar os meus alunos!
    Bj amigo

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  6. Os avós acabam por fazer aos netos coisas que não faziam aos filhos, mas eu (que não tenho experiência nesta área, verdade seja dita) acho que é natural. Os tempos mudam e a obrigação, digamos assim, com as crianças também é outra.

    r: Acho que todos nós devemos ter uma pitada de orgulho, mas na medida certa que é para não nos prejudicar. Ter orgulho nas nossas conquistas, nas nossas decisões, na pessoa em quem nos tornamos devia ser obrigatório. Mas aquele orgulho de não ser capaz de ceder, de reconhecer quando se erra não nos leva a bom porto.

    «minha poeta com o coração nas maos», oh, que querida, obrigada *.*
    Beijinhos*

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  7. Nisso não mudei nada...as filhas carregaram sempre e os netos carregam na mesma e nada fica esquecido na escola. Não lhes preciso dizer nada:):):)

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