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E daqui para a frente é olhar...

Sabiam que a cor da urina pode indicar se tem cancro? Segundo um estudo e, abro parêntesis para dizer que hoje em dia só se fazem estrudos, demasiados até, fecha parêntesis, é possível detectar esta maldita, se tiver atenção e olhar para quando urina e, claro, identificar a cor. Depois vai a este sítio  e tira as dúvidas. Olhem, e agora um aparte deste assunto, fiquei assustada porque tenho este terrível hábito de olhar para os produtos que faço e a minha urina estava roxa. Pus logo a mão na boca para reprimir um grito e, com a outra puxava, insistentemente, pela saia de Moi-Même, para que olhasse o buraco e só acalmei quando ela, Moi-Même - a empregada que me acompanha sempre nestes obras, me disse: - já tavas a hiperventilar, não? Não te lembras que comeste paletes de beterraba, não? Só ela para me acalmar! E só eu para vos indicar o caminho da luz...

Eu, Moi-Même e Euzinha três a dançar o tango

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Sentadas no canapé, logo a seguir ao almoço digo a Moi-Même que a casa de banho está para limpar. Ela olha para mim com cara de "mete-nojo" e mantêm-se deitada, sem contudo me fazer crer que dali não tiro nabos da púcara nem limpeza da casa de banho. Olho para Euzinha, a brasileira à experiência (uma vez que Moi-Même não tarda muito vai ser recambiada para a sanzala de onde veio, em virtude de ser uma calaceira para o serviço), que é dócil, trabalhadora, sensível às limpezas, uma verdadeira fada do lar. Ela olha para Moi-Même e abana a saia rodada como se fosse desfilar na escola de samba do Tipué, no carnaval e desata logo a limpar o pó e a varrer o terreiro. Eu, madame que nada faz por ter, agora, Euzinha, digo-lhe para fazer o que ainda não foi feito, a modos que Pedro Abrunhosa, ementes eu descansava este corpo Danone e massagava o ventre cheio de uma bela duma caldeirada feita por Moi-Même, vá lá, pelo menos ainda faz umas comidas deliciosas. Olho para o alto do ter

Isto é que vai ser mandar papaias!

Num cântaro cá do jardim, e sem que tivesse eu deitado sementes à terra, nasce a olhos vistos papaieiras. Ainda perguntei a Moi-Même, aquela minha empregada que não tarda muito vai de volta para a Jamaica, se tinha plantado. Responde-me, olhando para mim com aqueles olhos esbugalhados como se eu tivesse a doença do esquecimento, e tamborilando os dedos no tampo da mesa vira a cara como se fosse a rainha deste palácio. Preparada como estava ainda pensei, já de seguida, mandar-lhe umas papaias, mas abri a boca e fechei. Mas não perde pela demora. Sou senhora de mandar algumas.

O que fazes neste momento?

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O que faço? Eu e Moi-Même a descansar Apanho sol.

Tão preguiçosa a minha empregada

A minha empregada doméstica - Moi-Même, imigrantre ilegal, recolhida em minha casa por mim, grande benemérita das causas perdidas, anda com umas ideias no que toca à limpeza da casa. Ainda ontem vi-a de perna cruzada, sentada no sofá, precisamente no lado que uso para descansar, a ver um filme indiano-policial-de amor no faroeste e a casa toda para aspirar, e o pó a brilhar ao sol. Eu, dona do palácio, pergunto a Moi-Même - empregada, se não era boa ideia fazer as limpezas da Festa, uma vez que elas estão a chegar. Estava a roer uma maçã reineta e continuou sem me passar cartão. Irritei-me, caramba, eu falo com ela e finge que não me ouve. Mas amanhã sssim que Moi-Même se levantar da cama lá estarei a dar-lhe as boas-vindas, de pano, avental, vassoura e pá numa mão e o aspirador na outra para lhe explicar como se faz a limpeza da Festa.

Quem tem?

Quem tem um jantar de família para preparar, quem? Eu, claro e Moi-Même (a empregada) também. E quem tem de ter a cama feita e fresca, quarto a brilhar e sem uma réstia de pó, quem? O mê Bisalho e respectiva madame. E, quem tem de pôr tudo a preceito, quem? Eu, claro. E quem, em vez de preparar tudo isto está aqui a escrever? Eu, claro. Atão, se me dão licença, vou escafiar a casa, preparar a janta e ir ao "orioporto buscar-ele." que se não for eu a  fazer não há quem faça. Só Moi-Même é que me entende e ajuda.

Afinal fui e vim...

Bateu mais forte a decisão de ir. E era só uma ida ao cabeleireiro dar um ar mais jovial para o Natal e, fazer uma mudança de visual, assim a modos que, tornar nova uma peça antiga, agora imaginem se a indecisão era entre fazer uma viagem ou ficar em casa. E tem q´se gode ai ame blondi agueine (em inglês se faz favor). Saudades! Saudades! Espelho meu espelho meu há no mundo mulher mais bela que eu? Há sim. Moi-Même.

Agendar postes

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 Eu sou uma máquina neste capítulo do agendamento de postes. Uma excelsia cabeça que pensa conseguir acartar o progesso à frente dele mesmo. Atão, não é que agendei um poste para, pasmem-se, abram já a boca de espanto, coloquem a mão à frente para reprimir o riso, que isto até tem a sua piada. Andei à procura de uma coisinha que tinha gatafunhado e, que tinha agendado, para ontem, dia 9, tal foi o meu espanto quando não vi a coisa prantada na face do meu humilde casebre! "Oh, diacho!" disse pra mim, uma vez que não estava mais ninguém ao meu lado, pois é o dia de folga de Moi-Même, "queres ver que ...." e nem terminei a frase, fui logo a correr ver a asneira, sim, que só podia sair asneira... Chego à mensagem, já cansada de tanto correr, para ver o agendamento e...é agora, pasmem-se... Ia ser publicado a: 09-06-2184. 2184?! Não me perguntem como aconteceu, pois não sei. Até me ri, e gostaria muito de cá estar nessa data para ver publicado o meu postezinho

Não é que eu seja de intrigas, mas Moi-Même...

...mas ela - Moi-même - é mesmo tonta. Atão não é que ela, a tal que vos escreve - Moi-Même,  pôs grão de bico a cozer sem antes deitar de molho? E cozia, e cozia, e continuava rijo que nem cornos. Até que, o mê senhor, homem entendido em artes manuais e não em culinária me perguntou com aquela vozinha de macho sabedor: "puseste de molho antes de cozer?" Aí sim, assegurei-me que o homem, afinal, percebe de cozinha. Agora, jazem ali, dentro de uma panela, a inchar depois de terem sido cozidos. Despedimento com justa causa para Moi-Même.

Com comadres destas quem quer outras?

A minha comadre da Beira Baixa - mãe do senhor meu genro - mulher sabedora dos gostos refinados da comadre cá da ilha, e sabendo da sua apetência por enfardar figos - passados ou por passar, mandou uma safatinha deles, bem doces, lá das figueiras da avó Ginja; e como por aqui em casa mais ninguém gosta deste pitéu (também somos só dois - eu e o mê senhor, e ele não é apreciador), ora eu sentei-me no sofá com Moi-Même, que também adora figos e nem toma fôlego quando toca a comer, a saborear, quando dei por mim já tinha embuchado praí uma vintena deles. Ai comadre, isso não se faz, quando quiser mandar mande duas safatinhas que uma é pouco. Ou então deixe-os a tomar gosto que daqui a dias passo por aí e trago esses, mais uns litros de azeite, mais as azeitonas, o bacalhau, o queijo da serra, os enchidos e aquele belo do chouriço feito por si, comadre! Na próxima não convido Moi-Même, é que ela come mais que eu.

Moi-Même, aquela velha biteche

Se vos disser que ainda mantenho o saco da praia exactamente como o usava no verão, cheio, a transbordar de tralhas, são capazes de dizer: "credo, já arrumavas isso!", e quem melhor que ninguém sabe disso senão a minha empregada, Moi-Même? Mas a biteche (inglês) até revirou os olhos quando a interroguei a razão da sacola estar ali em cima de uma cadeira. Eu própria olho para ele daqui de onde escrevo e apetece-me, sim, só me apetece... ir arrumá-lo e num momento assola-me o desejo. Vou? Não vou? Pronto, não vou. Mas aquela voz de culpada atormenta-me: devia eu arrumar? Devia eu levantar o rabo daqui agora mesmo, guardar as tralhas e desfazer o saco? Mas não, recuso-me a fazer o trabalho dela. Digo, em boa verdade digo, acredito no que aquela safada disse para mim quando exigi, sim, leram bem "exigi" que guardasse. Passo a escrever na íntegra: "vai continuar assim mais um tempo é que daqui a dias é verão outra vez". E eu - a patroa, acredito que é tem

Já passaste a roupa a ferro?

Foi desta forma que fiz a pergunta à minha empregada - Moi-Même, e ela fez orelhas moucas. Pedi-lhe para arrumar tudo, limpar a cozinha, passar o ferro na roupa, dar um lamirê na casa põr tudo a lustrir. Ela sentou aquela cesta de vimes no sofá, ou melhor enterrou-se no sofá, viu um filme, sim, agora  dá-lhe para se embuseirar no meiple (inglês) esticar as pernas e ver filmes; é esta a vida daquela esteporada da empregada. Voltei-me para ela, que por sinal estava sentada ao meu lado, dei-lhe uma cotovelada antes a ver se... mas não. Atão viro-me, olho no olho, frente a frente, cara a cara e levanto o dedo e... - Vai já pegar no ferro. Andor daqui! Encolheu os ombros e deitou a cabeça no meu ombro. Gostei do gesto e ficámos assim. Como a vida é bela, como é bela a amizade entre patroa e empregada. E a roupa, essa, está lá à espera que eu ou Moi-Même a passe a ferro.

Eu, Moi-Même e Euzinha

Estava eu já a deitar lume p´las ventas de tanto escafiar, olho para o sofá e vejo Moi-Même, a minha empregada, sentada a tomar um cafezito e a comer um bom dum pão de cereais que custam os olhos da cara cá à senhora. Pergunto-lhe se não há nada para fazer. Responde-me logo que está cansada, por isso, merece um descanso e, até aproveitou para me convidar a sentar-me no sofá que é meu, no lugar que é meu, por inerência. Claro que não me sentei, ora essa, ia cá eu, senhora dona da casa, me sentar ao lado de uma empregada, e até lhe deitei uns olhos de labaredas... Voltei a dizer a Moi-Même que vai sendo horas de fazer algo de proveitoso e, aconselhei-a, a abrir bem os olhos a fim de constatar que há uma ligeira camada de pó... Aquase nem me deixava acabar... E, sabem o que me disse, a mim, sim, aquela bruta de Moi-Même, empregada francesa em modo ilegal? - Limpa tu que estás na retrete (francês)! Ainda bem que Euzinha, a outra empregada de limpeza (esta, brasileira) fez o serviço

E ela deixou de ser virgem

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A minha vinha que é virgem deixou de o ser assim que ele começou a bufar. Bufa daqui, bufa dali e no seu papel de macho, a plenos pulmões soprou e... tungas,.. .Tirou-lhe a roupa, pô-la nua ao frio. E no chão jaz os despojos da vinha que era virgem. E toca a eu e Moi-Même (a minha empregada para todo o serviço) a limpar os despojos. Ainda barafustei, praguejei e mostrei-lhe um manguito (sim, estava a comer um mango muito pequeno; não, não fiz nenhum gesto malcriado!) porque vendo bem as coisas, quem devia limpar era ele, o senhor vento que foi quem a desvirginou; mas não, somente tirou-lhe as folhas colocou-a nua e foice, fazer o mesmo a outra. Eu, eu que assisti ao acto de desvirginação, tenho de "avergar a giba ou  azarcas" e assim a modos que de rabo para cima limpei. Calha bem que ele ainda viu a minha cara de reles! E o meu manguito. Fotografia: A vinha-virgem do meu quintal depois de lhe terem tirado as folhas e antes de Moi-Même passar a vassoura.

Bastou só olhar para o chão...

...E fiquei logo de mau-humor assim que me levantei.  Ontem lavei o quintal à chuva que mais parecia a outra, a Debbie, a Reynolds no filme  "Serenata à chuva" tal era a indumentaria (e mesmo assim fiquei constipada,merda para a constipação, com licença de vossas senhorias) e assim que colo o nariz na janela, uma forma de controlar o tempo, vejo pegadas de lameiro no chão. Foi o bastante para inchar as narinas e as queixadas (ou bochechas), de ar e desatar a brigar com o mê senhor, que nem estava em casa mas ouviu, telepaticamente, o que lhe disse. "Bolas, caramba, anda aqui uma fada do lar a mexer-se como a Shakira  para limpar a casa e vem um lorde  com lameiro nos sapatos e carimba o chão. E acrescentei : Ah, isto não fica assim, quando chegares vais ouvir umas verdades! Prontes , desabafei com Moi-Même. Depois pensei , e aqui vem o sentimento de culpa por ter sido agressiva de pensamentos: "Oh, coitado do velho, coitado "daquilho", afinal deve t

Se não perguntasse não ouvia o recado

Vou ao banco para levantar dinheiro. Espero pela minha vez o senhor de fato diz-me pode sentar-se aqui . Cá comigo pensei e disse a Moi-Même "queres ver que vai demorar?" Sento-me. Ponho a perna esquerda sobre a direita. Desfaço o que fiz. Estico as pernas. Bocejo. Vejo fotografias no telemóvel, escrevo mensagens em rascunho. Escorrego na cadeira já farta de esperar. Volto a olhar, o senhor de fato ainda atende o rapazinho. Chega um casal de idosos. Sentam-se. Vem outro senhor de fato e atende-os logo. Disse pa Moi-MÊme: "Devem ter entrevista marcada." Ela nada responde. Também!Tá cus humores! Volto a cruzar as pernas. Descruzo. Abro a boca tipo jacaré. Fecho e vejo a chuva lá fora. Conto as pingas que ficam no vidro. Poça! Ca demora! O banco fecha as portas. Passa uma hora. O casal sai do gabinete e vem o senhor de fato todo prestativo e .. - Posso ajudar? Fulminei-o com os olhos ao mesmo tempo que... - Já podia ter ajudado antes de atender o casal. É que eu

Depois de tormentosa viagem...

...Já beijei o chão. Poça, caramba, bem que podia abanar menos o avião. E assim que levantou, o sacristo deu uma volta no céu que uma asa ainda arrastou no mar ao mesmo tempo que a outra tocou na túnica de São Pedro. Eu, dentro, inclinei-me para o lado contrario da asa que arrastava no oceano, a fim de equilibrar a coisa, não fosse o peso estar concentrado num lado e ele não se poder endireitar e eu ficar com um peso na consciência que podia ter feito mais e não fiz! Mas já cá tou! Eu e Moi-Même viemos a fazer paciências (Solitário, de seu nome correcto) para distrair para não sentir os solavancos do diacho do pássaro, para me distrair e não soltar aqueles gritinhos estridentes. Abanou, abanou e no fim assim que pisou terra firme, ai, Jesus até bati palmas. Eu sei que é foleiro! Sim, também sei que só os "vilhões" de campo é que batem palmas. Sim, eu nasci na cidade, mas quando o medo aperta as palmas das mãos soltam-se. E Moi-Même ainda fez pior, levantou-se e beijou o

Amadornada*

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É assim que me sinto. Mal me sento dá-me um amadorno tal que era capaz de passar por umas brasas; só que a bitche (inglês) da minha empregada francesa - Moi-Même, anda assim a modos que sem pachorra pó trabalho e pior...tão pior, mais pior quando ela me disse que... Atão não é que ela vai viajar? Aquela sane ove a gode máder (inglês) lembrou-se que era altura de bater botas, sacudir a poeira da mala e...ir até ao Porto. Ora, caramba, lá vou eu ter de a levar. E prontes , era isto, eu e Moi-Même vamos hoje, daqui a nadinha até à banda d´além. E claro que... Já me deu da "chorrica e aquase que rabiçava." Mas porque é que tenho um estômago fraco? É que, só de pensar que para ir tenho de entrar (pa dentro) daquele pássaro grande! E depois, mesmo que queria ir na esplanada não me deixam! Mas vou, dentro, contrariada mas vou, nem que tenha de ser empurrada. Fraldas preciso de fraldas para mim e...Moi-Même. Fotografia: Moinhos Apúlia. Julho de 2012 *"Amadornada&qu

Quem fala paga

- Ah, já que estás aqui (no chopingue ) não queres ver vestidos para o casamento? - pergunta-me aquela travessa da minha empregada: Moi-Même quando, ontem íamos juntas, ambas as duas, (como se diz por cá no meu rural) ultimar as compras da semana. - Boa-ideia, mulher do diacho! Tu és aquela, a tal que se lembra quando a minha cabeça já é só vestígios do passado! De uma boa e excelente cabeça! - rematei, ainda a concluir a minha alocução; ela, vaidosa pelo elogio, solta o sorrisinho 43 - o convencido. E, prontes, procurei e encontrei o tal (é assim a modos que procurar e encontrar o homem ideal, leva o seu tempo), vestido aquele que me assenta como uma luva aquele lindo-lindo-lindo. E, como quem fala paga, ela pagou. Toma lá para não teres ideias.

A minha cabeça já foi em tempos uma boa cabeça, mas a de Moi-Même...

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Na cozinha, abro a porta do frigorífico e espero que me lembre do que ia lá fazer. Desespero! Entretanto, coloco a mão no queixo e o indicador na boca (sinal de que estou em transe), e pergunto a Moi-Même que, ao meu lado, coçava o rabo por não ter nada que faça: "Sabes o que vinha cá fazer? Sabes porque abri a porta do frigorífico e estou a olhar para dentro há sensivelmente meia hora sem saber para que estou aqui? Ela, malcriada como uma mula, abana-se, vira o traseiro e sai a assobiar. Abandona-me.  Deixar-me ali  sozinha  com ele - o  frigorífico fez-me ter a certeza que ela é bruta. Fico pasma! "Mal-educada, esta reles empregada francesa!" digo ao mesmo tempo que lhe atravesso os olhos. Com a "arrabanada" de vento que ela fez ao rodar os calcanhares, a porta do frigorífico fecha-se e com ele as minhas esperanças. Desisti de olhar e vou procurar o que faça já que me havia esquecido do que fazer. Assim que dou meia-volta-volver para a esquerda dou