Não se pode andar na rua que prece que somos jogados de um lado para o outro, e os peneiros que caem deixam-nos húmidos mas com vento não há hipótese de abrir o guarda-chuva. Mas é uma treta, não é? É que, por cá, estes alertas laranja e vermelhos não surtem efeito. E depois, chuva e vento é próprio desta estação e sempre houve não de agora, pois não? Mas esta coisa do vento é uma treta, não é? Encerrar o aeroporto, desviar aviões para Tenerife, cancelar a vinda de cinco cruzeiros que trariam oito mil pessoas à região e, os comerciantes estavam à espera de fazer algum, é uma treta, não é? E nós por cá a ver as ondas no mar alto, ferozes como só elas nem estamos aflitos, a vida segue igual porque a Madeira está para estas intempéries como os Açores para os vulcões e os tsunamis para o Japão. E o mais importante é que a água não chegue aos pés da cama, que o sol brilhe e que as crianças brinquem de mangas curtas. Mas é tudo uma treta, não é? Há gente que só passa na vida d' agent...