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Pessoas com óculos, egoístas e ríspidas, uma mistura letal

Um dia vou falar sobre as pessoas que têm óculos mas não os usam, fazendo um esforço mórbido para comer e ler está fora de questão, só para não riscar as lentes. Um dia falo também de pessoas tão egoistas que fazem de tudo para substimar, desqualificar os outros, dizendo tantas vezes: "deixa, tu não sabes como fazer. Eu é que sei". Um dia falo também de mulheres que tratam os maridos com rispidez e eles continuam de orelhas caídas consentindo, mas aproveitando as distracções delas para dar uma avançada... Um dia abro o jogo e desato a dizer tudo sobre este tipo de pessoas. Hoje não, um dia talvez fale também de mulheres que vestem as calças, mandonas. Um dia talvez! Aguardem.

E, hoje, era dia de surfar...

...na tábua de engomar. Mas não. Não apanhei uma boa onda, por isso guardei a prancha, volto amanhã. Daqui vejo a prancha e a roupa certa para o efeito, falta-me o essencial: a onda. Amanhã, amanhã será um dia bom para surfar na tábua de engomar, hoje não.

Só de pensar sobe um arrepio!

Saber que daqui a dois meses já passou o natal, arrepia-me. Arrepia-me, também, saber o quanto se espera por esta data e o quanto ela foge por entre os dedos. Arrepio-me só de pensar que não tenho dinheiro suficiente para oferecer todas as prendas que as minhas Pulgas já falam que vão pedir ao Pai-Natal. Estou arrepiada, portanto!

Detesto ouvir certas frases

"Aquintrodia" como se diz no meu rural, alguém perguntava a outro alguém onde ia deixar o cachorro enquanto ia de viagem. Resposta pronta da personagem: "ele vai ficar com os avós". Minha gente, podem crer que me cresceu cabelos no céu da boca e as amígdalas desceram à zona dos joelhos. Se os pais dela são os avós do cachorro, sendo ela a mãe do dito, estou em crer que posso tratá-la por cadela uma vez que o grade a trata por mamã. Que se estime os animais sou de acordo, mas tratá-los como gente, alto lá c' o charuto!

Ele é um deles

Tive o prazer de conviver durante duas semanas com um homem à maneira antiga, daqueles que, ainda, abrem a porta do carro para a senhora entrar ou sair, daqueles que preparam o brequefeste e levam à cama, daqueles que terminam a frase com um   "dálingue", daqueles que tratam a mulher como se fosse uma peça de vidro Morano, um tesouro frágil. Daqueles que colocam a mulher sobre todas as coisas, atenciosos, carinhosos, sempre com uma delicadeza extrema, digo "extrema" sem sombra de dúvida. E não é fogo de vista, ele é sempre assim. E penso que este formato, este calibre há muito que se deixou de fabricar. Com muita pena minha digo que há muitos que não merecem pisar o mesmo caminho que ele.

E esta, hein?

Atão os enchidos são cancerígenos? E agora como faço um belo dum Cozido à Portuguesa? Sim, que Cozido sem chouriço, sem farinheira, salpicão, chourição, salsichão e paio e sem um naco de carne de vaca não é prato que se apresente na Festa. Não há o direito! Podiam dizer isso depois do Natal.

E que tal este calorzinho, hã?

Mas está mesmo como se gosta e se quer. A minha irmã é que tem umas beiças de zanga daqui até Barcelona. É que, na semana passada, caíu agulhas e canivetes do céu, além de um espectáculo de relampejada que toda a gente, excepto eu, tirou fotografias. Mas, a minha mana anda "cus"azeites e pimenta no nariz a bufar quanto mais pode devido a estar um dia de verão, hoje, e de saber que vai estar toda a semana. Não há quem a aguente nem eu que tenho uma paciência sem limites. A bem dizer, julgo que quer levar o sol engarrafado ou no corpo é que não sai de baixo dele, salvo seja.