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O corno é sempre o último a saber, dizem eles.

- Levanta-te, ele já vem. - Foi assim que o mê senhor me acordou hoje pela manhã, comunicando-me que "o outro" já vinha a caminho. Mas como descobriu ele que, logo que sai, tenho um que aquece o  lugar dele? Como descobriu que sai pela esquerda e "o outro" entra pela direita? Terei sido descuidada? Levanto-me. Passo pelo espelho e arranjo os cabelos, os brancos, que teimam em espetar durante a noite. Belisco as bochechas para dar tonalidade e passo um batom suave, não quero que "o outro" me ache uma boneca de loiça! Desço apressada, espero na porta e, assim que me vê, soltam-se os braços e deita a cabeça no meu ombro. Subimos as escadas assim. Enlaçados. Já no quarto pergunto o que quer fazer? Sim, pode ele querer algo que eu ainda não saiba. Abana a cabeça de um lado para o outro, em sinal de: "tanto me faz" e ajeita-se no sítio ponde costuma se deitar. Abafa-se; eu coloco-me ao seu lado e deito a cabeça no seu ombro. Afasta-me. "Quero

Quem sai ao seus não bebe genebra (como eu costumo dizer)

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O mê Gu-Gu pede-me duas folhas. Diz ele, e eu acredito, que quer fazer um desenho para mim e outro para o avô. Logo que oiço isto e sabendo a criatividade do rapaz para as artes gráficas, basta relembrar-me dos grafitis que ele fez nas paredes e no tampo da mesa de cabeceira, sem contar com os do chão e as   marteladas dadas com o lápis e com balde do lixo...dei-lhe as folhas pretendidas e ainda não tinha contado até três já estava ele atrás de mim... Não tardou muito a vir todo satisfeito assim tipo Miguel Arcanjo quando acabou de pintar a Capela Sinistra. - Avó, pega, isto é para ti. - E entrega-me a folha que acompanha esta publicação com um sorriso bem grande de artista apanhado no auge da sua obra. Vendo a obra e... whaw!  para que não ficasse ofendido, elogio, dizendo o quanto estava lindo. - É chuva, avó. Boa, pois claro! Tem a quem sair e não é ao avô. Também não é à avó. Será à mãe? Ao pai? Ao tio?

Quem diz o que quer ouve o que não quer...

...Lá dizia a minha avó, mulher sabedora da vida e nunca se enganava. - Companhia... (é assim que chamo as Pulgas quando as quero todas à minha frente em sentido), vamos à padaria. - Ohhhhh!... - responderam em uníssono, mostrando o seu desagrado por interromperem a brincadeira. - Não querem dar uma volta de jipe? - ciganei com esta frase pois adoram andar de cabelos ao vento. - Ohhhhh, não!... - novamente em coro. Atão salta o avô para o baile e diz que a avó quer ir tomar um café, a ver se assim se prontificavam a sair de casa e deixar a brincadeira. - Mas tem café em casa! - Com esta é me lixaram e ademais vindo do mais pequeno ou seja do mê Gu-Gu, rapaz com três anos que ainda nem acertar a sua micção dentro da sanita sabe, e já manda papaias!

Estão todos de castigo e pronto!

Pela altura do Natal, o mê Gu-Gu chega-se ao presépio montado na arca de madeira à entrada de casa, e coloca as figuras viradas para a parede desde o Menino Jesus, passando pela Virgem e o São José, até o burro, a vaca (que segundo o Papa não deviam estar presentes na lapinha...) A mãe aproxima-se e admirada pergunta a razão. - Estão de castigo - diz ele.

Estes cachorros comem uma vez mas...

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- Ráis partam estes grades que cagam em todo o sítio (desculpem  a palavra "cagam" mas foi assim que disse, se incomoda, coloquem evacuam ). - Dizia eu já fula e a bufar gases pela boca ao ver mais uma cagadela do cachorro assim que abro o portão de casa. Pensava eu que tinha falado para dentro, em pensamento, e não tinha aberto a boca para dizer nada quando oiço uma voz fininha atrás de mim. - Avó, tens que ensinar que o cocó é na sanita. E volta-se para os cães de dedo espetado a dizer: "cocó na sanita, sim?" Era o mê Gu-Gu que está na fase do faz-não-faz (na sanita), certamente lembrando-se das recomendações que tem ouvido acerca do assunto. "Gu-Gu, cocó faz-me na sanita, sim?" É a frase mais dita cá em casa. Pois tá claro! Nunca lhes disse! Ora esta?! Cocó na sanita, sim cachorros cá de casa? Mas, onde é sanita, perguntar-me-iam se falassem? Quiçá na casa ao lado? Debaixo da ponte? Que tal, nunca fazer, hã? Fotografia: o mê Gu-Gu

Onomatopeiando

Estava eu a falar com o mê Gu-Gu sobre as vozes dos animais e perguntava eu: Como faz o gato? Ele respondia miau. Como faz o cão, a vaca, o galo, o lobo...e, de cada vez  ele reproduzia a onomatopeia referente ao animal em questão. Entretanto, ele lembra-se do burro. - E o burro faz assim como o avô: ronc ronc. Mas a cara dele a imitar o avô a ressonar! A ressonar não, o rapazinho enganou-se. A respirar, que o mê senhor não ressona somente respira com intensidade. E inspira e expira.

O poder do fogo

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Todos nós sabemos que a Madeira foi assolada pelo fogo em Julho deste ano e que isso deixou marcas em todos os madeirenses ainda mais porque no ano anterior havíamos sofrido uma aluvião. As Pulgas estiveram perto do fogo, isto porque ao passarem para casa todos os dias vêem os terrenos queimados e até chamam à atenção de quem está com elas. Ora, há dias, o mê GuGu estava ao meu lado quando o computador estava a iniciar. A foto que tenho é a que publico: pôr do sol. Ele pára, olha com atenção e.. - Avó óóóóó (infindável este óóó), onde é esse incêndio?

Três anos de Gu-Gu

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E hoje é dia de afinar as vozes e sem desafinar cantar os Parabéns ao mê Gu-Gu. O rapazinho faz três anos. É dia de festa para ele e para a família. Parabéns meu neto mais novo.

Ferver, assar, ebulir...

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- Avô, a minha mota tá a ferver ! - Diz o Gu-Gu quando coloca a mão no assento ao se preparar para umas voltas, depois de ela ter estado debaixo do sol. Daí a pouco. E olhando para o Ruca II, o gato amarelo que sornava ao sol, dizia: - Avó, o Ruca tá a assar . A assar estão as pernas de frango no forno! Enquanto a água para o arrozinho branco ebului... e  eu ...ardo e borbulho de calor. Fotografia: O Ruca II

Com licença só se...

Gu-Gu assim que mete a última garfada de comer na boca quer logo sair da mesa, mas, por aqui, nesta família só saem da mesa quando todos terminam a refeição. É um sufoco para eles estarem a fazer circunstância podendo ir brincar, mas, regras de convivência social e boas maneiras aprende-se logo que se nasce. Ontem ao jantar o rapaz estava sempre a repetir: "Avó, posso sair da mesa?" Ouvia sempre a mesma resposta: "Só quando todos terminarem". Mas água mole em pedra dura tanto bate que fura e como nas férias algumas regras são quebradas esta também foi. Ao fim de milhares ( prontes , estou a aumentar) de vezes (Posso sair?) e com cara de enterro lá disse que sim, mas antes adverti que se deve pedir licença. Ele salta da cadeira sem ouvir: - Com licença - repito em voz alta para que oiça. Ele já no chão e de costas para mim riposta: - Mas eu não dei um fofó? - como se só se pedisse licença quando se dá traques. Moral da história: fofós só com licença, não sei

Jogos Olímpicos de Londres

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O atleta que ficou de fora na categoria de saltos para a água.

Proposta indecente

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Não me refiro ao filme com o mesmo nome, mas sim a uma proposta que recebi logo de manhã. Atão não é que um rapazinho de dois anos e oito meses, de seu nome Gu-gu fez-me uma proposta ...que, infelizmente, tive de recusar. Vou eu a caminho da casa de banho, podia ser a caminho de Viseu, mas não, foi mesmo a caminho da casinha e como quando tenho netos em casa (e o mê Gu-Gu está febril por isso está cá), tenho o hábito de ir falando com eles, dizendo o que vou fazer, para assim mantermos conversa. E digo-lhe - A avó vai fazer chichi. - Poxo ve a tua...inha*?- pergunta-me o rapaz e, temendo que não tivesse ouvido pois fiquei encavacada repete mais alto, sabendo ele que sou surda logo pela manhã. -Avóóóó, po-xo vê a tua...inha? - E aponta para o sítio onde está a respectiva dele, para que eu entenda bem. * posso ver a tua ratinha?

Mana, tostas?

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Eu parto-me a a rir com as saídas deste rapazinho.Falo do mê Gu-Gu. Assim que me vê, grita logo bem alto, e faz festa que até parece que vim da "Venzuela" e como não sabe falar pianinho, sai um: avóóóóóóó.....e logo de seguida continua na frase...-  o avô? Portanto eu sou o trampolim para chegar ao avô. E eu contento-me com isto. Um dia destes perguntava ele à mana, à maiveilha - Mana, tostas? - Não, não estava a comer tostas, nem perguntar se ela queria tostas embora estivéssemos na cozinha, perguntava sim, se ela gostava de doce de frutos silvestres. Como me ri ele rectificou a pergunta: Tu tostas, mana? E de olhos bem abertos que tem cá umas "bagalhonças" e de sorriso na grande boca, ficou-se a olhar... Fotografia: Ele, o mê Gu-gu saboreando o ovo de Páscoa.

Hoje foi assim

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E por aqui o calor abunda, por isso o mê Gu-Gu já anda com as canelas de fora e sem meias. Hoje foi assim para a escola e na vinda uma voltinha de triciclo na casa da avó. E se há coisas que gosto é de ver pernas ao léu. De criança digo. Branquinhas, roliças, sem pêlos. Prontes , também gosto de ver canelas de adulto ao léu, mas bronzeadas, magras e com pêlos. Fotografia: Gu-Gu no intervalo de uma pedalada para a foto que a muito custo foi captada. Ele não sossega.

E vamos lá afinar as vozes...

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 ...Que hoje é dia de cantar Parabéns. É verdade, por aqui há festa. (Não! Outra vez?! Coitada dela, da velhinha simpática que não tem nada para fazer, pensarão vocês. Ao que eu respondo: Ai não que não tenho! Mas hoje a ementa está a cargo do homem do interior-centro, ou, trocando em miúdos: genro.)  Mas, vamilhá a ver se ainda se lembram de quem faz anos hoje. Quem? Não, esse já fez. Também não sou eu, queredo ! Atão, quem festejou um ano no ano passado neste dia - 10 de Setembro? Quem nasceu há dois anos? Pois esse mesmo: o mê Gu-Gu. Acertaram. O meu toy-boy ruço faz anos hoje. E agora que já sabem, vamilhá cantar a canção. Parabéns para ti Parabéns para ti Parabéns para ti Mas o bolo é para mim. Não é não, é para todos. Sejam bem vindos à festa dos dois anos do Gu-Gu. Parabéns, Pulguito.

Era só para dizer que ...

..O mê Gu-Gu cheira a bolachas acabadas de mastigar e eu adoro este cheirinho. E na cama coloquei a mãozinha dele debaixo do meu nariz (sim, que ele agarra no meu dedo para saber que estou ali ao lado dele) e fui cheirando enquanto ele tentava dormir. Já disse que adoro o cheiro a bebé, não já? Excepto merdinha. E não me digam que é santinha que não cheira que não faz mal que é de bebé que é virgem e tal e coisa ...mas só sei que cheira a merda (desculpem a palavra, se incomoda, substituam por cocó, titica, merdinha, obra, fezes...) e merda é sinónimo de mau cheiro; mas que coisa, eu vinha só falar de bolachas e entrei com cheiro a bolachas no nariz  e saio daqui a falar de merda e pior, com o cheiro no focinho! Que mania a minha!

Se não era eu!...onde estariam agora?

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Duas gatinhas pequeninas foram adoptadas por nós. Tem sido a alegria das Pulgas (uma vez que pulgas e gatos são inseparáveis não é?) Estas estavam no corredor da morte ou seja à espera da sua hora.Não consigo imaginar e disse logo: "Não as matem. Eu tomo conta delas". Era uma ninhada de três.O gato por ser macho livrou-se da morte certa. (Mas que coisa esta de se matar as fêmeas? Será que não tem direito à vida?) Atão vieram para casa. As Pulgas já as baptizaram: Mimi e Gata-Gira. O Gu-Gu faz miminhos (se aquilo de lhe dar no lombo são mimos, atão não sei o que é bater) mas ainda não tem o "entendimento (como diz a tia-velha) da sua força e coitadas das gatas assim que o pressentem...assim que o cheiram, assim que ouvem os gritos dele (de alegria ) ficam logo tristes que já chegou o rapaz que lhes dá no lombo e tomam logo o caminho do esconderijo. Fotografia: A Mimi e a Gata-Gira, captada por mim com o telemóvel. E o Pulguito não se encontrava por perto canão não h

Era uma vez...

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...Uma linda formiguinha que transportava para a sua casinha uma mosca morta. A observá-la estavam uma linda avó e o seu lindo netinho ambos de caracóis loiros a esvoaçar com a leve brisa numa tarde de sol. A formiguinha arrastava a mosca e de vez em quando parava devido ao seu coração. No ano passado tivera um ataque cardíaco, mas esforçava-se e lá levava o seu fardo. A avó sentada lado a lado com o seu lindo menino explicava-lhe que a vida das pessoas também é assim e disse-lhe: Vês a tua avozinha quando vem do supermercado? Não é assim que carrega os sacos? E continuava a entreter o seu netinho de cabelos doirados e, extasiados, olhavam para a formiguinha que continuava e parava de vez em quando para respirar batendo no peito para que o motor pegasse. - Para onde será que leva a mosca? - indagava-se a avó. - Mota - disse o lindo menino à sua linda avó.  - Sim, meu amor, morta - retorquiu. - Ela está morta. (Menino esperto este)  - Mota - reforça o menino. E  de repente leva

Queredo, cu enjoo*,

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Estou aqui numa de: tenho de... não sei é se...nem como vou...e preciso da vossa opinião, queridas amigas e amigos (tem sido primeiro os amigos, mas agora é leidis fârsete ). Dou sabonete raspado, fatiado ou ralado ao mê Gu-Gu? Já experimentei untar até besuntar o respectivo cano de escape, mas não dá resultado. Tem de entrar por cima para sair por baixo. É que o cocó dele é tão mal-cheiroso que julgo se lhe der sabonete misturado na comida a coisa melhora. Ou será melhor entre as refeições assim como um rebuçado para chupar? Se assim for dou em cubos que inteiro ele engasga-se. A minha dúvida é a maneira como ministrar... por que dar eu vou dar, ai de certeza absoluta. É preciso ter  um estômago ...e ainda dizem que: merdinha de bebé é santa; merdinha de bebé não enjoa...Ai não!... Atão porque razão ele põe-se a dizer: ppffuuuuu!... (e este uuu nao tem fim) e vai abando a mão em frente ao nariz para afugentar o cheiro quando lhe mudo a fralda? *cu enjoo (em madeirense é

Ao fim de algum tempo após nos conhecermos decido que era hoje o dia

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Começo por abrir parêntesis (Espero que o  mê senhor não leia o que aqui vou escrever. E vou fechar parêntesis) Decidi que ao fim de algum tempo de vida conjunta hoje seria ideal para dormir com o meu toy-boy ruço. Já aqui referi que assim que o mê senhor sai da cama e de casa eu meto um rapazinho por ela adentro (ela, casa). Hoje ele chegou assim que o mê senhor saiu. A cama ainda estava quente de um e aproveitei esse calor para o meu toy-boy . Mas ele não estava para aí virado. Queria os preliminares antes dos preliminares, ou seja o pão, o sumo, as bolachas e o meu colo quente. Disse-me que tinha saudades do meu calor de velha, do meu colo franzido, do meus braços cansados. Eu fiz-lhe a vontade, e porque não? Ele merece. Atura-me todos os dias a troco de umas carícias, de uns carinhos. Após este preliminares, sugeri irmos para a cama. Sim, é verdade, há já algum tempo que queria estar com ele na cama. Aceitou sem dizer nada. Calado, foi à minha frente. Fechei a janela, es