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Fim de semana, pois então!

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E é tão bom sair à porta da cozinha de mãos a abanar e entrar com uma mão cheia de vitaminas, sais minerais e fibras. Chicória, alface frisada vermelha e verde e alface folha de carvalho vermelha. Da minha horta. Plantadas por mim, cuidadas por nós (eu e o mê senhor). Sem aditivos, corantes ou conservantes. Só água, sol e lua. Eu poderia oferecer-vos uma mão cheia delas com muito boa vontade se estivessem aqui perto de mim, mas na falta da vossa presença permito que olhem e tentam saborear; até dou uma ajuda e só digo que a vermelha tem um leve sabor a noz. Acreditem, eu sozinha dou conta do recado ou seja, papo uma taça delas regadas com limão ou vinagre balsâmico e azeite, uma taça sem mais nada só verde e vermelho. Já viram um coelho a comer "sarralhas"? É tal-igual a mim a comer alfaces. Aliás eu acho que sou mais rápida. E se quiserem, apareçam que eu partilho algumas. Dedinho no ar e toca a contar. Esse é o dedo do "fixe", não é esse; é o outro, irra

Levanta a pata do chão seu parvalhão. Não disse, mas apeteceu!

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No café, as Pulgas gostam de brincar com a carteira do avô, para contar dinheiro concretamente. O avô dá e rola uma moeda para o chão. Dois euros. Logo de seguida uma moeda de um euro. Bem, a avó põe o traseiro no ar...ajoelhou, procurou e...nada.  O avô segue os mesmos passos e as Pulgas também. Nem sombra de moedas. Balcão cheio de homens colados (ou grudados), mãos nas canecas de cerveja, pés bem assentes no chão. Chamámos o dono e contámos-lhe; sempre são três euros. Arrasta a caixa de gelados; arrasta a caixa de cigarros, as mesas as cadeiras. Nada. Porra (desculpem, se incomoda troquem por poça) o chão não tem buracos. Os pés dos homens grudados com cola super-glue ao balcão não se movem. Nada. Nem olham. À saída disse o mê senhor: "algum viu as moedas caírem  e pôs o pé em cima delas." Hoje perguntámos ao dono se tinha aparecido quando limparam o café. Ah, cá nada! Algum daqueles que estavam ao balcão deve ter posto o pé em cima delas. E sai três cervejas à cont

Traíste-me seu... e mulher traída é...e digo-te nunca mais me afrontes!

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Nem queria acreditar quando tu me disseste: "apanha-me. Se conseguires!" pensando que eu não te apanharia. Feita estúpida e para não te desapontar, mostrando toda a minha garra "de mulher que tudo faz para te apanhar" galguei os pés de amor de burro. Ingénua e bronca. Ainda acreditei que ao fim de algum tempo tu...Nunca mais na vida, podes crer, acreditarei em ti; seu...espinho encravado no meu pé e mesmo que me faças aqueles olhinhos de: "anda cá!" Bem, estou aborrecida, é um facto. Esta situação incomoda-me, a sério que sim, já é tempo de saber que...a vida tem espinhos como a roseira e fazeres-me crer que podia trepar até ti sem me arranhar...nunca mais; além de ficar cheia, cheia daquela praga que se cola na roupa; por ti e só por ti faço destas loucuras: por que te adoro; porque adoro o teu cheiro, e adoro ver-te ali... juro por tudo o que tenho, por tudo o que quero, nunca mais acredito que posso passar por entre as roseiras nem me arranhar e pel

E sabem quem vi indá pouque?

A Fulumena. Há canos nã ná via! Ela tava cu mareide e cuma rapareiga cagente ná chama de Cabide por ela ser magrichinha. Mas o noume dela é Imílhia. Ela tava da filha da fermácia do Bom Secesse. Agente pôs-se ao paleio.Tá meia trompicada e olheirenta, coitada! Eu nã atremei bem que tava uma azuada, mas parece canda cumas cangueiras nas pernas e comichão da boca do corpo. Apanhou du mareide...a doença; é quele anda na má-vida cas meninas da rotunda, apilhou (a doença) e pegou dela, aquele bode! Estepilha, ca cangalha quele tem! Agora é chibarro, não há nada mais bem-feite! Ah, louca du cão! Até  fiquei entujada! Vim demitada pa casa pa rabiçar! Eita, quem não atremou deiga, queu traduzo!

E se não tenho não posso dar...e sai um "quilho" de pachorra à cobrança

A tia-velha perdeu os dentes novamente, pela milésima vez, mas desta feita disse-lhe: "vá procurar, tem todo o dia para encontrar." - Não tenho pachorra - responde-me. E atravessa os olhos logo depois de limpar o nariz nas mangas da camisola. (Irra como fico fula com esta atitude!) Olha, e eu...como não tinha ali à mão, nem na gaveta havia um grama para lhe dar, nem na venda do Ti Zé do Cabeço, aquela que fica na cruz do caminho, porque houve uma ruptura no stock (de "pachorra", claro)... então comeu sem dentes. Não lhe fez falta nenhuma. Tamém era só engolir! Tem dias que só me apetece esgaçá-la. Principalmente nos dias, como o de hoje, que contraria-me em tudo, desde o nascer do sol até o acaso. E agora que o ocaso chega depois das nove!... Eu não disse que me apetecia deitar as mãos às go(e)las de alguém? "Fujem, desmarquem-se da minha trás!"

Sou uma mulher de pancadas. Já levei muitas, mas também já dei!

Venho cá falar de iogurtes. E de pancas, as minhas. Um tema deveras interessante e deveras profundo como o caneco onde vem o iogurte. Isto para dizer que adoro iogurte de limão, como também gosto de pudim de limão  vodka limão , gin tónico com limão, poncha de limão e até gelado de limão. Limão limão limão. Estes pitéus descobriu-os há muito, desde os tempos em que saía de casa à noite que agora sei que ela - a noite fez-se para dormir ... pois antes não sabia e aproveitava a  para conversar, dançar, beber... agora danço sim, mas deitada, e olhem que é bom . Mas falemos de iogurtes que foi para isso que aqui vim. É novo na minha boca e bem que sabe pela goela abaixo! Descobri na semana passada e agora não quero mais nada. E antes que pensem eu digo: Será que sou azeda? Será que o iogurte vai pôr-me ainda mais azeda? Ando com uma vontade de deitar as mãos às goelas de alguém. Algum voluntário?  Se isto não me passar nas próximas vinte e quatro horas, internem-me.  Mas deixem-me l

Saibam que...(luto com falta de imaginação para os títulos) e que...

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...Aqui no meu rural come-se as sardinhas e deita-se as espinhas ao gato que por sua vez partilha com o cachorro que por sua vez rosna, (mal-agradecido!) mas no fundo todos comem da mesma refeição. Ah, e não há tradição e se comer sardinhas na véspera de santo António, mas se havia de ir para o gato, e já que estavam baratuchas, comeu-se, e eles chuparam as cabeças, aliás gato que é gato come as espinhas enquanto que dono que é dono come a carne, e os meus ...adoram, adoram comer carne, mas chupam é as espinhas. Também acredito que se lhe deitasse a carne e chupasse eu as espinhas eles iam achar estranho. Muito estranho, mesmo! E a frase: "brigam como cão e gato" nem sempre é verdadeira. Para brigar não precisamos de ser cão nem gato basta sermos...humanos.