E depois, eu é que sou aquela...
Estou no sofá a pingar sono com o queixo a cair de tanta soneira. Levanto-me, cumprimento o mê senhor e dirijo-me aos aposentos conjugais, não sem antes lavar a cremalheira, às escuras, para não afugentar o sono, e fazer o chichi da noite sempre às escuras, não vá o malvado do Morfeu estar à espreita... Meto-me no vale dos lençóis e, de repente, o sono foi-se. O senhor que compartilha a cama comigo estava de olho arregalado, sem dar mostras de sono quando o cumprimentei, mas, de repente, vem deitar-se a meu lado e ...nem parece que era eu a ensonada a pescar bodeões e ele, o arregalado sem sono. Deita-se e começa logo a partir pedra. E eu, ali, a ouvir o respirar forte, muito forte direi, para ser mais explícita. E o Morfeu, esse danado, fugiu quando ouviu o mê senhor a respirar com tanta intensidade!