Mensagens

Eu, Moi-Même e Euzinha três a dançar o tango

Imagem
Sentadas no canapé, logo a seguir ao almoço digo a Moi-Même que a casa de banho está para limpar. Ela olha para mim com cara de "mete-nojo" e mantêm-se deitada, sem contudo me fazer crer que dali não tiro nabos da púcara nem limpeza da casa de banho. Olho para Euzinha, a brasileira à experiência (uma vez que Moi-Même não tarda muito vai ser recambiada para a sanzala de onde veio, em virtude de ser uma calaceira para o serviço), que é dócil, trabalhadora, sensível às limpezas, uma verdadeira fada do lar. Ela olha para Moi-Même e abana a saia rodada como se fosse desfilar na escola de samba do Tipué, no carnaval e desata logo a limpar o pó e a varrer o terreiro. Eu, madame que nada faz por ter, agora, Euzinha, digo-lhe para fazer o que ainda não foi feito, a modos que Pedro Abrunhosa, ementes eu descansava este corpo Danone e massagava o ventre cheio de uma bela duma caldeirada feita por Moi-Même, vá lá, pelo menos ainda faz umas comidas deliciosas. Olho para o alto do ter

E depois digam que sou egoísta e não partilho as novidades

Acabei de ler que "ter um bocado de gordura abdominal, pode ser, na verdade, benéfico, pois protege os órgãos mais sensíveis, tais como estômago e intestinos..." Bem, eu nem li mainadinha, isto chega para me dar por satisfeita por transportar todos os dias este pneu à roda da cintura. Mulheres da minha vida, falo para aquelas que como eu têm uma roda de gordura ali ou aqui, e massajo, neste momemto, o sítio do costume, sintam-se vaidosas e gritem aos quatro cantos do mundo, embora ele seja redondo como uma bola de catchu, que ela está ali com uma finalidade: proteger os orgãos interiores e, não a tiram porque não querem ficar desprotegidas, sim, não é porque não conseguem por mais exercício que façam. E se virem aquelas com mais gordura na barriga pensem que essas são mais previdentes e receosas, por isso duplamente protegidas. Ai que alegria abrir o diario e ler esta notícia. É que assim dá-me forças de usar aquele biquini reduzido e mostrar a minha protecção abdominal.

Daqui a dias só há a carcaça da Angelina

Refiro-me à Angelina Jolie. Já tirou mamas, agora ovários e útero, pelo andar tira estômago, fígado, rins e por fim o cérebro. Não sei se será a melhor opção, mas quem sou eu para dar opiniões, aliás, ela nem me perguntou quando há dias estivemos na passadeira vermelha e olhem que passámos um bom bocado juntas a falar de crianças: ela dos seus seis filhos eu das Minhas Pulgas, de doenças e de, vá lá, do seu Brad que é qualquer coisa de bradar aos céus.

Os dilemas da minha vida

Imagem
Ponho ou não toalha no chão? É que não houve tempo.

À noite só à noite

Não não estou a trautear a cantiga pimba, nada disso, estou a dizer que é só à noite que conto histórias às Pulgas, na cama. E não há vez nenhuma que durmam sem a história. Ontem não foi excepção. Avó, conta uma história, pede um de cada vez. Só se estiverem quietos sem abanar a cama, digo. E começo a contar : "era um vez uma linda princesa que casou com um lindo príncipe e foram felizes para sempre". Silêncio. Só? Só isso? Quero uma história longa, e no escuro vai a mão da Baixinha desenhando uma linha. Uma história de mais ou menos quinze minutos, dia agora a Maiveilha. Era uma vez... ..e calei-me. Então? Continua, avó. Vocês disseram longa e  de quinze minutos. Estou a fazer o que pediram. É quinze minutos....de silêncio. Ai, que chata é esta avó! Quinze minutos com palavras. Entendes?, explica a Maiveilha.  Ah, agora percebi, digo. E começo: " era uma vez uma linda princesa...laranjas limões, anonas, gatos, lagartos, ratos" ...e outras imperceptíveis. Hãn

Era só o que faltava!

Estava eu e mê senhor a preparar a terra para plantar alfaces quando o gato Ruca, que é um preguiçoso que só quer sol e taça cheia de comer (e se fôr do lume ainda melhor, a fumegar se possível) passa entre as minhas pernas, a correr (e eu a pensar que era para fugir antes de levar uma sapatada, mas não). O peste do gato mais preguiçoso que se houvesse prémio para "gato mais preguiçoso não há" ele era o detentor do título, aproveita o buraquinho já preparado para um pé de alface e...ali mesmo agacha-se a fazer a sua necessidade, sem se importar com os presentes, bem, "presente" foi o que ele deixou, não sem antes tapar e bem. Só depois é que pensou que, por via disto, estava sujeito a um pontapé no traseiro e foge à frente do meu sapato. Mas eu fiz uma boa acção, não o interrompi no acto, deixei- o saborear o momento e depois é que ia levar a trolitada se não tivesse pedido patas ao demo. Gato esperto.

E depois ainda me criticam...

...deitam-me abaixo e pior negam-me com frases do género: "ah, idiotices tuas", "só mesmo tu para pensares isso", quando digo que, ultimamente, tem caído do céu não chuva nem cagadelas de pombas mas aviões. E cada vez mais tenho medo...não é bem medo é pavor daquele que me faz ficar sem pinga de sangue que mais parece chupada por um vampiro e com dores de parto. Sabem aquelas dores que parece chumbo na barriga a precisar de sair por um buraco de agulha? São essas que sinto quando tenho de entrar naquele canudo com uma espécie de asas de águia e faz que voa como um falcão. E, de cada vez que entro num penso que poderá ser a última vez. Digo "última vez" porque juro que da próxima vou a remos e depois abano a cabeça e digo: "ah, sua tonta, atão não vives numa ilha onde viajar de barco é mais caro e mais tenebroso; lembraste dos marinheiros que descobriram esta coisa, lembraste?" Pronto, e só vinha cá dizer que do céu caiu mais um avião.