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Pensamento meu: E já dizem por aí que a vida vai melhorar

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E eu acredito. Que seria de nós se não acreditassemos, como se, de repente, a palavra fosse riscada da nossa linguagem. Confiar. Outra palavra que está a cair em desuso. Será que estas duas palavras não têm efeito nas pessoas? Este país precisa de pessoas como eu que acredita e confia num futuro melhor. Num futuro próximo onde haverá trabalho para quem quiser, dinheiro na bolsa para gastos, onde os jovens não precisarão de emigrar. Acredito num futuro sorridente para os meus netos. Acredito num futuro próspero onde a alegria dos jovens e as gargalhadas dos velhos ecoarão na terra. Acredito num país onde os velhos vão ser acarinhados e não roubados. E confio. Acredito num futuro cheio de dignidade. Acredio porque é por falta de acreditar e confiar que grandes sonhos se perdem. É por falta de acreditar que vivemos dias diferentes de formas iguais. Sou daquelas pessoas que vivem a acreditar, que vêem o copo meio cheio ao invés de meio vazio. Acredito e confio, isso faz-me ser alegr

Enganar crianças

A minha Baixinha chega à cozinha munida de um envelope que estava na caixa do correio. Era publicidade. Começa ela a ler, e, tenho de esclarecer que, ainda não sabe. - "Pa-ra a se-nho-ra Gi, e-ra fa-vor de re-ce-ber es-ta-car-ta." Inventa, soletrando a modos como se estivesse no primeiro ano,com acompanhamento de dedo indicador em cima das palavras. Entrega-me e, como sabia que no dia anterior tinha feito birra à porta da escola digo: - senhora avoGi, avó da aluna Baixinha. Informo que, se amanhã a sua neta fizer birra à porta da escola... Nem me deixa acabar, tira-me o papel da mão, corre para o avô e... "Avô, lê o que está escrito" O avô que tinha ouvido a "minha leitura" diz exactamente o que eu acabara de dizer. - "Mentira, mentira, não é isso que está escrito." Não fizeste birra à porta da escola? Pergunto-lhe. E tiro-lhe o papel da mão. Ah, e diz ainda que... "Senhora avoGi, se a sua neta voltar a fazer a mesma cena terá um c

É tão bom ser pequenino...

...Ter pai, ter mãe, ter avós, e ter quem gosta de nós, era assim um fado que a minha mãe cantava-me. Ao ter as Pulgas a bailar à minha volta, lembrei desta cantiga e, senti-me pequenina. Não por ter pai, mãe e avós mas, por ter quem gosta de nós. E ao brincarmos todos juntos eu volto a ser pequenina. Como elas. Duplamente pequenina.

Tou feita ao bife!

Atão não é que hoje devia ser um dia lindo de primavera e, afinal, tenho frio? Eu bem sei que primavera não é verão, mas ela - a Primavera, podia mostrar uma cara alegre. Algo deve ter-se passado! É que há pouco chorou. Aquele choro miudinho pela cara abaixo que, faz pensar que nesta estação ainda cai umas gotas de chuva e faz frio. Logo hoje, que tinha um programa ao ar livre, a modos um daqueles de pôr a roupa a secar na rua. E tapetes dos grandes, afinal, cá-te-vistes. Mantém-te quietinha dentro de casa que o tempo não está seguro. Seguro até está que não há-de cair. Por isso, minhas e meus dalingues, falando em inglês, mantenham-se de casaso vestido, meias quentes nos pés e se sairem levem o guarda-chuva. Bom fim de semana e nada de constipações. Atchimmmmm, atchimmmmm, desculpem, parece que....vou constipar....estes espilros, como se diz por cá, deixam-me sem nariz.

Ai se era eu!...

Ao aproximarmo-nos de um semáforo com o sinal vermelho aceso, o senhor guarda de trânsito montado na mota à nossa frente pára, também e, assim como quem não quer a coisa, quiçá, achando-se impune por ser polícia fardado com colete amarelo e tudo, arrasta-se para a outra faixa, ajudado pelo movimento dos pés, passando o traço contínuo, e fica em cima da linha anterior à passadeira, atravessado à frente da viatura (adoro esta palavra quando relatada pelos senhores guardas) que estava parada. Tentei captar o momento para mostrar a uns polícias cá do burgo, e ainda barafustei, para dentro, claro, com a boca fechada não fosse o senhor guarda polícia de trânsito, achar que a infratora era eu. Que lata, meus senhores, que lata a deste polícia que faz, precisamente, o que andam a caçar todo o dia. Três infracções assim de seguida é obra. Ai se era eu!...Levava logo o carimbo.

Senhora professora, cara colega

Escrevo para lhe dizer que, por cá, não temos touros, quiçá, será essa a razão pela qual aplicamos a palavra "lidar" muitas vezes, não só quando falamos de crianças. A frase: " com esta criança é difícil lidar" está correcta. E, nós por cá, aplicamos também esta acção: "lidar" quando nos referimos aos trabalhos domésticos, ou melhor dizendo, às lidas da casa. Quero dizer que, se uma aluna madeirense usa este termo não a deve chamar à atenção dizendo que a frase está incorrecta que, "lidar" é com touros e não crianças, além de mostrar o seu ar de desagrado e, desculpe, de mete nojo. Lidar, segundo o dicionário Priberam, significa trabalhar, andar na lida, combater, pelejar, além de tourear. Quem nunca lidou com uma criança rebelde? Sim, não me refiro a tourear uma criança rebelde, segundo o que deu a entender esta minha cara colega, professora com estagiárias (sendo uma madeirense  que ficou arregalada quando foi corrigida por ter dito est