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Diospiros, aquela sensação na boca

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Estava eu a roer um diospiro e veio-me à memória uma cena engraçada de há uns anos atrás.  Numas mini-férias a passear pelas estradas do norte por esta altura, à minha frente só via diospireiros e a vontade de os roubar era muita, mas estar com outras pessoas esfria a reacção e testemunhas do acto é bom nunca haver. Mas o desejo de comer alguns era muito, reparei que estavam espalhados pelo chão caídos das arvores e, só de me lembrar ao preço a que os comprava no meu rural o desejo aumentava. Então pedi ao mê senhor que parasse perto de uma árvore cheia e com muitos pelo chão. Aproximei-me e recolho alguns mais afastados...De repente oiç o"oh, minha senhora, oh minha senhora...." Tremi e levantei a cabeça na direcção da voz, vejo uma senhora já com idade avançava, trajada de preto, com as mãos na cintura. Tremia eu pois tinha o produto do roubo nas mãos. "Olhe, minha senhora, o que está a fazer?" Respondi que levantava uns diospiros do chão pois adorava a fruta e na

Um porco vegetariano

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O meu vizinho tem um porco. Esse porco só come pimpinelas. Atrevo-me a dizer que é vegetariano, estou a pensar que posso afirmar sem sombra de dúvida que os vegetarianos podem comer à vontade esta carne, deste porco. Eu costumo dizer aos meus netos que sou vegetariana quando estou a traçar à dentada um belo bife do filet. Eles refutam logo "avó, mas tu estás a comer carne...." Respondo assim: "Eu sei meus lindos, mas esta vaca é da série vacas felizes dos Açores, e pastam todo o dia naqueles prados verdejantes e só comem erva. Logo se elas só comem erva se eu como a vaca logicamente estou a comer erva, se como erva sou vegetariana, é a cadeia alinentar"".Eles abanam a cabeça como que a dizer "não vale a pena contrariar! Não se aprende nada com esta avó". Isto tudo a proposito do porco do meu vizinho, salvo seja. Fotografia: Vacas felizes pastando num prado em São Miguel, Açores

Apaixonante

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É outono, está tudo dito. Fotografia: Póvoa do Lanhoso, ano passado.

No Portinho da Arrábida

Nunca os meus lindos​ pés e sapatos tinham pisado este local e, a bem dizer, não achei tão lindo como se fala. Quiçá também ajudou o dia sombrio e cheio de maresia que dificultava a vista mas, de verdade, até passei por recantos mais bonitos. Mas não vou falar das visitas, vou falar de uma situação que a mim me incomodou. Éramos dezasseis e ficámos na parte coberta do restaurante que logo a olho nu não merecia nome de restaurante. Mas tinha uma óptima lista de peixe. (Por exemplo: robalo do mar a 42€ ao quilo e o que duas pessoas pediram tinham um quilo), garoupa também. Adiante... Na hora de pagar dirigimo-nos para a caixa de pagamento e vejo numa mesa ao lado duas senhoras e um bebé. O bebé chorava e agitava-se muito. A mãe pega nele deita-o em cima da mesa que até tinha as toalhas e muda-lhe a fralda suja de cocó. Se ela se importou que havíamos jantado lá (e deixados mais de trezentos euros), e merecíamos um um pouco de respeito, penso que não, naquele momento o que realment

Estou aqui...estou aqui...

Estou aqui... aqui mesmo em frente a vocês de braço no ar para me verem...sim sou eu, regressei. Não me vêem? Claro, entendo... Foi muito tempo, não foi? Cá nada! Um fim de semana nada mais... Como!? Estou mais gorda!? Ai, não não comecem! Poupe -me Nannnnnn esses olhos enganam! Eu até nem comi muito! Tudo macrobiótico, dietético, orgânico, saúdavel. E foi robalo selvagem e foi carapaus com arroz de feijão. Também foi picanha, arroz de marisco, bacalhau com frutos do mar, lulas recheadas e grelhadas. Foi também arroz de pato e bolonhesa... Sim queridos e queridas da minha vida, eu sei que deixo saudades não estando aqui à vossa frente, mas, caramba, eu avisei... Não me vêem, e oiço ali uma voz rouca de tanto gritar pelo meu nome.... Estou aqui à frente de lenço branco no ar... aquiiiiiii.... Olá para ti também...para ti, para ti...aquele abraço tao sincero. Um abraço do tamanho do oceano que nos separa... E que nos une. Saudades minhas. Eu também tenho muitas... não minhas cara

É já amanhã

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E eu que comecei a hiperventilar!

Fiquei possessa! E foram só quatro dias...

Ontem foi dia de peso. De me pesar quero dizer. Atão, como eu sei que a balança marca sempre um pouco mais (é defeito dela), eu coloco o ponteiro antes do zero. Mas hoje ela irritou-me. Andou muito mais do que eu pensava. Só me apetecia pegar num malho que o mê senhor tem na oficina e dar até o ponteiro desaparecer como o sol no horizonte. Ora, uma p'ssoa vai de minimini-férias, a p'ssoa fica na casa da comadre e para não fazer a desfeita diz que sim a tudo: "gosta de arroz de pato? Gosta de favas guisadas com carne de porco, vaca e galinha? E coelho, gosta? E para sobremesa quer leite-creme? E quer provar um vinho cá da casa? Verde ou tinto? Para digestivo vai uma cachaça? Ah, o jantar ainda não está pronto mas vai sair uns queijinhos com presunto e uns rissóis. Prefere chouriço ou paio? O depois é que está a pôr-me possessa. Dois quilos?! Mas como!? Se andei a pé pela margem do Lima, se andei por Braga de mala na mão, se pus as pernas numa roda-viva sem descanso!

O problema é que eu dou-me nisto

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Fui feita para viajar, tenho alma de viajante, sedenta de encontrar novos caminhos, novos desafios. Sou, portanto, um ser caminhante... Desde quinta-feira, numas curtas mini-férias conjugais que andei mais que muito. Sozinha, falando com o meu pensamento (dá-me para isto de vez em quando, isto de falar sozinha), palmilhei Braga, vi-a por um canudo, arrastando a minha mala, descansei os pés até que o mê Bisalho me apanhasse. Um calor que aquecia a alma e aqueceu os meus tristes pézinhos de cinderela ao ponto de os inchar (prontes, coisas de velha, eu sei). Em Ponte de Lima, na sexta, novamente só, caminhei ao longo do rio (credo, não pensem que foi desde a nascente até à foz, não fiz promessa, tá bem?), e descansei na relva húmida da margem do Lima. Sábado foi dia de reabastecer forças e pela aldeia onde pernoitei vi paisagens que de outra forma passariam despercebidas. Dei atenção ao pormenor e à beleza da singularidade. Domingo, logo cedo, arranquei de Ponte de Lima em direcçã

Receba as flores que lhe dou...

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...e em cada flor um beijo meu". Cantava assim alguém que não me lembro quem, mas para o caso pouco importa. O que importa mesmo é que "vou daqui para a minha terra que desta terra não sou", assim cantava alguém que não me lembro quem, mas para o caso pouco importa. "Adeus aldeia, eu levo na ideia..." também cantava alguém que não me lembro quem... Mas para o caso pouco importa...

Ponte de Lima (como eu nunca a tinha visto)

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Tantas vezes venho aqui a esta vila erroneamente considerada a "mais antiga de Portugal" e nunca a tinha visto reflectida na água do rio Lima. Desde Arcozelo, freguesia situada na outra margem do rio Lima, é possível passear pelos jardins e, à beira rio, desfrutar da beleza singular desta vila medieval.

Olá Braga

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Feliz por estar aqui...

E assim de repente apraz-me dizer...

...Que ainda estou em modo de voo. E as mini-férias acabaram.

Gaspar - o gato ocioso, gordo, emigrante e que arranha quem se aproxima

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Gaspar é o gato madeirense que vive agora em Braga, mas já viveu no Porto. Gaspar é o gato que viaja, tipo caixeiro-viajante, sempre que o seu dono - o mê Bisalho - viaja. Gaspar está velho, tem dez anos e passa o dia à janela a apanhar os raios de sol. É esquisito na sua alimentação, só come ração e fiambre. Está obeso. Gaspar é um delator, conta tudo ao dono quando este, à noite, chega a casa. Além disso é ciumento. Que ninguém se aproxime do dono quando ele está presente. Queria eu ter a vida de Gaspar!

Mas por onde andas tu, mulher!?

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E eu respondo com uma pergunta: mas com este tempo de chuva, frio e baixa temperatura por onde posso andar? Mas ando, ando a empacotar loiças, copos, panelas, armários, sofás, camas, colchões... E nos intervalos vejo o movimento no shopingue. E saí eu de casa pra isto! Vida de mãe não tira férias.

Há quem não resista a bolos eu é mais rios

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Rio Cávado desde Barcelos.

Bom dia, Braga. Bom dia vida

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Bom-dia, amigos. Bom dia, meu mundo. Bom dia, mini-férias...

Na minha mala tem de tudo

Na mala de uma mãe cujo filho está emigrado mesmo sendo ali ao lado em Portugal Continental (para mim é como se estivesse na Austrália, tal é a sensação de lonjura) tem de tudo. Ora, o Bisalho (para quem ainda não saiba "Bisalho" quer dizer pintainho em madeirense) manda-me uma lista de saudades, que é como quem diz comidas, para eu levar. Assim, mesmo antes de colocar a roupa meto as saudades dele. É anonas, bolachas inglesas e palitos de cerveja. É fígado de novilho que levo já preparado) e milho para fritar. É milho para cozer com espada de cebolada. É bananas, é espigos... Broas de mel, de coco, de manteiga... Só depois disto tudo é que meto a roupa. Onde cabe a roupa, pergunto também vocês, meus amigos, enquanto tamborilham os dedos na mesa e franzem o sobrolho? Só acrescento que vamos dois, e só vai a mala de cabine que, na Transavia, tem o peso máximo de dez quilos. Agora é aquele momento em que levantam as sobrancelhas e dizem: hããã!? Como?! E nem pensem por

Há momentos em que preciso de cinco litros de café

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Hoje é um desses momentos. Mulheres e homens da minha vida e do meu coração, vocês sabem lá o medo que tenho de viajar de avião. Vocês nem sabem quantas vezes vou ao WC tal é a sensação de desconforto e o nervosismo que se instala nas tripas​! Vocês meus amigos não acham que tenho razão quando digo que num mundo tão grande com tanta terra eu, rapariga dada a medos de avionar, nasce num pedaço que quase não figura no planisfério de tão pequeno que é, e ainda para piorar rodeado de mar todos os lados que é como dizer que para qualquer lado que me vire é sempre mar? Vocês meus amigos e amigas a sorte que têm de poder meter as unhas no guiador do carro e comer alcatrão, que é como quem diz: andar sem parar, por essa estrada fora, porque eu se quiser sair da minha zona só de avião, de barco ou a nado mas já experimentei - a nado - e só avancei um bocadinho como daqui ali...e olhem, estou a apontar com o indicador de onde até onde... Fotografia: Santa Cruz, vendo-se, ao fundo, o ori

Acácias no Douro ou não sou eu uma rapariga apaixonada

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Decerto sabem que não resisto a ver rios, principalmente, o Douro que por mim tem uma paixão. E eu por ele, digamos. E quando ele se esconde por detrás das acácias (ou mimosas, tanto faz) floridas, misturando o seu tom azulado com o amarelo das flores não resisto ao seu encanto e subo por ele acima para enchê-lo de carinhos. É o suficiente para nascer um romance entre nós dois.

A escolher o destino das próximas férias

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Porque no ano passado estava aqui. O feicebuque, esse eterno malandro, fez questão de me lembrar. E hei-de voltar sempre aos lugares que me fazem feliz.