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Frente de ataque

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"Só te deixo passar se me deres comer. E pronto." A pessoa até tem medo e mesmo a pedir licença arrisca-se a levar com umas garras cravadas nas pernas, vai daí conversa com a família e explica que tem de entrar para ir à lata tirar a porção diária, mas não os convence. Logo, de joelho no chão, afastada uns vinte metros, voltei a explicar que a comida está dentro de casa e para isso tenho de passar, precisamente, por onde está a familia. A mãe, então, olhou para a prole e mandou-os afastar. Obedeceram como os bons filhos fazem. Ufa, estava a ver que hoje dormia na rua.

Phisalis ou tomate-lagartixa vai dar tudo ao mesmo

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Por cá, no meu rural, a Phisalis é conhecida como tomate-lagartixa, porque assim que abrem as lagartixas saciam-se e, como nasce selvagemente pelas beiras dos muros e terrenos, elas acham que é só comer à discrição sem perguntar se tem dono. Antigamente ninguém comia este fruto até porque era considerado erva daninha, e como não comíamos as lagartixas lá sabiam o que era bom....Daí o nome. Lembro-me de ver paredes tapadas e espantar só para apanhar o desabrochar, o abrir da cápsula e ver o tomate, mas era logo: "Tu não toques nisso, não metas na boca, as lagartixas andaram aí". Presentemente mudou de nome, e já é uma corrida à frutaria comprar a Phisalis que é cara como o diacho. Agora até tenho pena das tristes lagartixas! Pobres jacarés que não apanham nem uma.  Na semana passada o meu vizinho que tem imenso e não gosta e até fez uma cara de nojo como que a dizer: "credo, quem come isto!", disse-me que ia arrancar tudo e deitar no lixo. Pedi-lhe que antes diss

Um dia mato este gato.

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Reginaldino da Silva Rebelo de Bramcaamp Sobral e Mello de Herédia, mais conhecido por - Ruca, ladrão de meia dose, voltou a fazer das dele. Hoje acabando o almoço na rua, Pulgas levantam-se e vão fazer o que têm feito todos os dias: brincar, avó recolhe os pratos e leva para a cozinha, avô na rua, mas a olhar para os seus ricos netos nem vê que Ruca da Silva, subiu à mesa e roubou um bife de perú. Perú, meus senhores, se ainda fosse frango!, mas não, foi um bife de perú que juntanto a um outro era para amanhã... Só quando Gugu diz "manas, olhem o que o Ruca tem na boca" é que, sabendo que é ladrão, sabendo eu que ele trepa à mesa e mais...sabendo que tinha sobrado um bife, saltei da cozinha para o quintal e tirei o bifinho dos queixos. Avançou também um pontapé no rabo e uma selampada nas ventas e uma vassourada no lombo. Anda fugido o sacristo....ele que venha que dou-lhe o outro bife. Fotografia: dois abandonados que apareceram à porta. O Ruca, não o vejo..

No alto do pico do Pico Ruivo do Paul da Serra

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E, ontem, subi até ao alto do pico. Aquele ponto branco na primeira fotografia é o mê Gugu. Valente. Foi à frente a abrir caminho. E quem sobe 700 metros desce os mesmos...mas para baixo todos os santos ajudam, não é? Ajudam ajudam, mas a empurrar... E a giesta e as silvas...ai as malvadas que arranham o corpo. Depois, o sol que fervia como água quente a tornar mais difícil a caminhada.

Pensei que...

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Sempre estudei que os dias de verão são maiores. Pois acho que não. Estes dias têm sido pequenos, passam a voar. Quando penso que ainda estou na manhã já é tarde... Se julgo ser ainda seis horas já são oito e por aí... São dias que passam a correr e eu, de pernas cansadas, não consigo apanhar. São dias bons cheios de Pulgas a saltar, casa desarrumada, brinquedos espalhados. Mas falta-me tempo. A minha empregada veio engomar na passada quinta e ainda tenho a roupa toda para colocar nos sítios, a propósito algum voluntário ou também estão atarefados? Enfim, dias de verão e, a saber, eu sou assumidamente uma amante do verão mas ele tira-me o fôlego de tanta paixão. Fotografia: desde a Pontinha (ou doca) a ver a baía do Funchal

Ver a sombra

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É tradição aqui, no meu rural, na noite de São João ir ver a nossa sombra na água. Reza o mito que se não a virmos não chegaremos ao próximo São João. Sei que é superstição, mas o hábito fica enraizado nas pessoas e é vê-las na ponta do cais a fazer brincadeiras para a água na esperança de ver a sua sombra sem dúvidas. Os mais antigos fazem solenemente esta tradição e até contam que fulano, filho de beltrano, irmão do sicrano não viu a sua sombra e morreu antes do são João seguinte. Não sou de superstições mas antes prevenir que remediar e ontem pelas cinco e meia da manhã, estava a dormir...de repente acordo a me lembrar que não tinha visto a sombra. Corro à cozinha, encho uma panela com água e ponho a cabeça em cima dela, abano para um lado, abano para o outro, levanto baixo para ter a certeza que aquela sombra era a minha mesmo estando sozinha. Até para o ano... Fotografia: Caniçal, ponta este da ilha da Madeira

Vim de cesta cheia

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Fui à horta (àquela que anda esquecida e que tenho descuidado a sua limpeza, rega e tratamento), e vim de coração cheio. Na cesta onde coloquei salsa, couve, pimpinela, tomate cacho, além dos que a foto reproduz: tomate cereja e tomate lagartixa, trouxe também uma certeza: mesmo que eu não cuide a natureza segue o seu ritmo. E eu agradeço...

Eu dou-me nisto. E venha o sol o vinho as flores...

Logo pela manhã a chuva bate nas persianas da janela e chama-me à razão. Era hora de levantar este corpo (outrora Danone agora baleia assim a modos que azul meia-noite) e passear. Dez horas diz o galo no campanário da igreja da Sé e a galinha da vizinha cacareja no quintal. Dez horas de um dia chuvoso mas não frio. Depois de levantar o corpo outrora Danoninho agora Michelinho, fazer as orações matinais, e obrigações inerentes ao levantar, tais como espreguiçar, bocejar e outros fui ao encontro de doze pessoas (apenas conhecia duas) para um passeio tipo meia-volta à ilha. Pelas dez horas de hoje abandonámos o Funchal e a chuva e fomos ao encontro do sol. Vimos as montanhas, olhando de baixo para cima e de cima para baixo, tanto subimos como descemos, atravessámos túneis, cortámos caminhos. Houve trambolhão e joelho esfolado. Houve risos, abraços, choros e cansaços. Foi um dia pleno de amizade. Foi dia de unir Madeira ao continente português...porque somos Portugal.

Festa da Flor 2017. A Madeira está em festa

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Não preciso dizer nada. A beleza das flores sobrepõem-se às minhas palavras. Desfrutem da beleza ímpar de cada flor. Só digo que ao  vivo é um sopro no coração.

Madeira não é Portugal

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O presidente do Governo Regional afirmou hoje que não tenciona conceder tolerância de ponto no dia 12 de Maio, uma vez que “não faz sentido”. “Se estivéssemos num território com continuidade territorial fazia sentido”, afirmou Miguel Albuquerque, explicando que só se justificaria caso os madeirenses tivessem a possibilidade de irem para Fátima. Pois é assim: os funcionários públicos vão ter tolerância de ponto aquando da visita papal a Fátima, no dia 12 de Maio, mas, nós, madeirenses não. O governo dos Açores concede a tolerância nesse dia. Se formos a ver a geografia de Portugal Continental e insular vemos que a ilha do Corvo e das Flores é todo o arquipélago dos Açores é uma continuidade territorial...fica assim, a modos que, ao lado do Santuário de Fátima daí a razão da tolerância.

Piscinas Naturais do Seixal

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Sou rapariga de palavra como podem comprovar. O que é prometido é de vidro, perdão, é devido. São de água do mar, salgadas e naturais. Um regalo olhar para elas. "Soberbo", como dizia um estrangeiro retendo a respiração.

Podia ser o Havai mas é Santa Cruz, ilha da Madeira

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E no Havai não há pedras de calhau há um areal amarelo que com vento nos torna num croquete ou rissol pronto a ir à frigideira quando damos um creme para proteger a pele. Tão bom sair da água sem areia entre os dedos dos pés! Tão bom mastigar uma maçã sem ter areia entre os dentes!

A vida é para ser vivida e não tirada

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Foi a sepultar a jovem vítima de violência por parte do antigo namorado. Ela advogada, ele personal trainer, portanto, pessoas com formação académica. Tinham já posto termo à relação, mas ele não aceitou. É difícil entender ou compreender que, alguém de quem se gostou, possa ter um comportamento tão obsessivo/compulsivo. Como pode uma pessoa munir-se de uma faca, sair de casa às quatro da manhã para matar alguém que um dia foi-lhe chegado? Ela foi apanhada de surpresa por ele que lhe desferiu umas facadas e espalhou o sangue pela casa. Macabro! A violência doméstica não tem idade nem classe social. A violência está entre nós, está num momento em que o cérebro deixou de comandar os movimentos, trazendo ao de cima o lado mais negro de uma pessoa.

Ouvido de passagem entre dois que nada fazem

Dois vizinhos cá do burgo, ambos rapazes com mais de quarenta anos que adoram polir a esquina da rua como o seu rabo sempre encostado à parede e ainda vivem com os pais que trabalham até à exaustão para alimentar estes dois solteirões e restantes membros, dizia um para o outro: - O melhor lugar para se trabalhar é aqui na Madeira. Ora bem, meus senhores, aqui eu cocei-me toda desde a ponta do pé até ao couro cabeludo por achar que estão cobertos de razão. Aqui é o melhor sítio para os "pais deles" trabalharem porque se um dia os pais emigram à procura de melhor trabalho eles vão avergar a giba porque a mama vai secar. E o leitinho quente e papinhas de bolacha Maria com banana esmagada vai faltar.

Muitas vezes nem damos conta o quanto é reconfortante

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Um banco, um jardim, relva, uma paisagem outonal, e eu que procurava um lugar para descansar, encontro-o ali, ao virar da esquina, onde o vento faz a curva. Tão perto e nem sabia o quanto é apaziguadora esta quietude. Não é preciso muito para ser feliz

Anda ver o mar e esfoliar as costas e os calcanhares nas pedras

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Ohhhhhh , é de areia preta! Devem estar a dizer baixinho com ar de decepção! Pois é, não estamos nas Caraibas! Atão não sabem que a nossa pedra é basáltica? Nunca poderia dar areia amarela. Mas é linda! Ohhhhhhh , mas tem pedras! Ah, pois tem. Atão não gostam de esfoliar os calcanhares e o corpo? Não pagam por uma sessão de massagens com pedras quentes nas costas? Aqui é de borla! Vamilhá correr na praia...Se conseguirem! Fotografia: Praia Formosa, Funchal, Madeira

Mulheres, sabem o que fazem os homens!?

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Cheguem-se aqui à minha beira, aproveitem os banquinhos ainda livres e virados para o sol que vamos dar início ao uorquechope  sobre o tema: "o que fazem os homens quando as mulheres se juntam para uma saída só de mulheres que inclui jantar". Não sabem, pois não? Atão eu digo, afinal nasci para vos ensinar o caminho da luz. Os homens também se juntam numa galhofada sem mulheres por perto a travar as brincadeiras e vão jantar fora. Pensam que eles ficam em casa a remoer o abandono? Pensam que ficam a encharcar lenços de papel com lágrimas, suor e moncos por serem preteridos? Povo enganado! Eles partem numa aventura em grupo, quiçá, melhor e mais recheada que o programa das suas mulheres. E a felicidade estampada na cara deles é notória, digna de registo. Olhem que eu vi com estes lindos olhos cor de alface, mentira, são de beringela. Mas vi tantos grupos de homens felizes, no dia em que as mulheres se juntaram para uma saída....

Se tu visse o que eu vi o-i-o-ai

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Como já referi, ontem, foi um dia "pra lá de Bagdade" de bom tanto a nível da comida como o passeio. Alias, passear à beira-mar tem o seu quê de romantismo. Não é para onde vão os casais namorar? Oras, estava eu a passear pela marginal do Paul do Mar, quando a fazer uma panorâmica de 180 graus, olho para o hotel sobranceiro à dita marginal e que vejo. Vejo.... Vejo um turista na varanda do seu quarto de hotel completamente nu a assistir ao belíssimo pôr-do-sol, de pé, com as mãos pousadas no varandim, com total desembaraço, nada acanhado, sem se preocupar com quem estava a passear na marginal. Uma descontracção que deixa com contracção quem por lá passava. Haja decoro.

Há dias assim...

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Há dias que, sem nada previsto, acabam por ser espectaculares. Começa com a pergunta: "onde vamos?" Depois, é só meter-se a caminho. Almoço num sítio à beira-mar, um pôr-do-sol magnífico que nos deixa românticos e, por fim, a célebre poncha. Porque a vida sem romance é como um jardim sem flores.

É com muita vaidade que anuncio que...

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...O meu rural é um destino popular. Alô gran-canários e esta que tal? Fiquem lá com as praias de areia amarela, quilos e quilos de areia a perder de vista, as dunas e os dragoeiros  que nós com o nosso basalto e areia preta entrámos a matar logo para quarto lugar. Não temos praias de areia amarela mas temos floresta, levadas, montanhas... Obrigada a quem nos visita. Voltem sempre.