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O amor não se mendiga

Todas as manhãs acordava com a esperança de que ele olhasse para ela. Todos as noites rezava para que ele voltasse a ser o homem que povoava os seus sonhos. Todos os dias recolhia as migalhas de amor que ele deitava ao chão, mas não enchia o seu coração. Tão poucas! Cada dia menos. Ela sofria com a humilhação de ser trocada por outra mais nova, mas não mais bonita. Ele dizia que não existia nada entre eles. Mentira. Existia sim: os filhos. Crianças pequenas que também recebiam as migalhas de amor que o pai sacudia. À noite, sozinha na cama, olhando para o lugar dele vazio, dizia: "amanhã ponho fim nesta relação", mas quando acordava mudava o pensamento ao vê-lo. "Vou esperar...pode ser que volte a amar-me." Levanta-se e recolhe as migalhas de amor que ele espalhara ao sair...

Deu-me uma...

...Branca, alva, clara,  nívea, assim como quem passou lixívia no cérebro... Não tenho nada para dizer. Estou vazia de palavras. Não me lembro de algo com substância e fico aqui a congeminar e a dar cabo da cabeça e não sai nada. Oca, vazia... Enquanto isso o mundo gira e as horas avançam... Rezem para que seja passageiro. Vamos fazer a corrente de oração.

Felicidade

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Abre a felicidade como se estivesse numa garrafa. Como se fosse champanhe. Inspira o seu aroma, espalha por toda a casa o seu conteúdo. Descansa com a garrafa vazia na mão e olha para ela derramada. Vive a vida. Procura uma garrafa e... ...abre a felicidade, pois então! "As ideias das pessoas são pedaços da sua felicidade."                          William Shakespea re

Um dia na cidade de Melbourne

Vi no feicebuque, lugar onde se sabe de tudo ou quase tudo, que um amigo meu viajou até à Austrália. Havia uma publicação em que dizia "um dia na cidade de Melboune" e apontava ter cerca de cinquenta fotografias. Corri a clicar para conhecer a cidade. Pois, as cinquenta fotografias eram a cara dele em primeiro plano na benditosa Melbourne. Escusado será dizer que da cidade não vi nada mas consegui contar os poros da cara e os pelos que constituem o seu bigode.

Sempre na vanguarda do bem servir

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Ai se não era eu não sabiam conjugar o decote com o colar. Não pensem que sou "ingoista" e guardo as dicas da moda só para mim. Que seria da blogolãndia sem os meus conhecimentos? Eu que vim ao mundo para ensinar a forma de usar correctamente os colares. Agora apareçam aqui com o colar de bico sobre a gola redonda que eu mando ver o manual!. Futilidades.

No Portinho da Arrábida

Nunca os meus lindos​ pés e sapatos tinham pisado este local e, a bem dizer, não achei tão lindo como se fala. Quiçá também ajudou o dia sombrio e cheio de maresia que dificultava a vista mas, de verdade, até passei por recantos mais bonitos. Mas não vou falar das visitas, vou falar de uma situação que a mim me incomodou. Éramos dezasseis e ficámos na parte coberta do restaurante que logo a olho nu não merecia nome de restaurante. Mas tinha uma óptima lista de peixe. (Por exemplo: robalo do mar a 42€ ao quilo e o que duas pessoas pediram tinham um quilo), garoupa também. Adiante... Na hora de pagar dirigimo-nos para a caixa de pagamento e vejo numa mesa ao lado duas senhoras e um bebé. O bebé chorava e agitava-se muito. A mãe pega nele deita-o em cima da mesa que até tinha as toalhas e muda-lhe a fralda suja de cocó. Se ela se importou que havíamos jantado lá (e deixados mais de trezentos euros), e merecíamos um um pouco de respeito, penso que não, naquele momento o que realment