A felicidade é como o telemóvel. Temo-la na mão e andamos à procura
Pareceu-me ouvir o telemóvel tocar. Não parece, toca mesmo. Levanto-me apressada e vou a correr à procura do dito que tocava sem parar. Não o encontro. Mas estava mais perto, percebia pelo tom do toque. E tocava... Até que dei de conta que andava de um lado para outro, como um mosca à procura da luz, com ele entre os dedos. Tive-o sempre na mão e procurava-o. Fez-me lembrar que acontece com a felicidade. Temo-la na palma da mão e procuramos. Camnhamos com ela entre os dedos, debaixo dos nossos olhos e não damos conta. E quando nos apercebemos, deixou de tocar como o telemóvel. (Pronto, cuidado que as minhas "armonas" estão a saltitar como pipocas.)