Quando precisei de renovar o cartão de cidadão dirigi-me à loja do cidadão ao balcão correspondente e disse ao que ia. A menina pede para que me sente para a fotografia. Ah, e tal, tem de tirar os óculos, diz a menina linda, olhando para mim. "Comé?" pergunto em bom madeirense à simpática e adianto que não tiro, que uso desde sempre, que é a primeira e a última coisa que faço todos os dias é pôr e tirar do nariz, que identifica-me.... Ela mostrando desalento e tornando a dizer que "é sem óculos" e eu a ripostar que não tiro, chame quem quiser, os óculos para mim são uma necessidade, a minha vida é com eles, sempre usei.... Ela olha para mim e diz que "os óculos são um adereço, você não nasceu com eles." Aí deu-me aquela volta no estrampalho e antes que vomitasse tal era o desejo que tinha disse-lhe serenamente. - Também nasci nua, devo despir-me? Calou e engoliu em seco pois tinha gasto a saliva a mastigar o "gâmesse" que dava voltas na b
Pois, deve ser isso.
ResponderEliminarQuerida Gisel
ResponderEliminarEu fico pasmado com certos comentários sobre a cultura dos madeirenses. Madeirense de gema,sou eu e, considero-me inculto, porque tenho um certo conceito de cultura.
Ser culto , não é saber de tudo, vai daí não hexistir ninguém com cultura. Certo? Ora então vejamos:_
Eu felizmente tenho uma cultura que considero normal dentro da minha especialidade. Agora podem dizer que sou inculto por não saber quem é o rei do Nepal? E, mesmo que eu não saiba onde se reuniram as primeiras cortes em Portugal, sou inculto? Se chamar semilha à batata é sinal de inculto? Ora valha-nos Deus. A cultura não é mais do que aquilo que nos resta do que se aprendeu. Ainda há bem pouco tempo, soube que a palavra " caralho" era o cesto da gávea grande das caravelas, lugar que os vigilantes detestavam e normalmente os castigos infligidos aos insubordinados dados pelos comandantes das naus era precisamente mandá-los para lá fazer o que ainda hoje se chama "quarto de sentinela", ou simplesmente quarto. A linguagem madeirense é riquíssima e, se sua pronúncia é diferente da que se pratica em parte do continente, por cá em determinados locais , então sim, é necessário usar um dicionário especial. Basta ir ao Alentejo, Algarve, Trás os Montes entre outras localidades e, verificar o seu sotaque. E que dizer dos Açores? Somente a ilha Terceira, tem uma pronúncia semelhante ao continente. Se somos pobres na nossa pronúncia deve-se aos nossos governantes de antanho e, não esquecer que foram os portugueses os povoadores das ilhas. Temos realmente alguns estrangeirismos mal pronunciados, mas quem não os tem? Nos próptios países Europeus , de cantão em catão ou de região em região, encontramos o mesmo. Posso afirmá-lo, pois felizmente tenho aportado a muitos portos e aeroportos mundiais. Bem, vou acabar com iste porque o grade tá engasgade com um osse na guela. Um abraço João.
Ao revisitar o teu blog, deparei-me com as mangas ou mangos como se diz na madeira.
ResponderEliminarNada mais fácil adquirir um pé de manga. Vai ao mercado, compra uma manga que seja de boa qualidade, deixa que esteja bem madurs, comea, com ou sem casca, põe o caroço a secar e, depois com terra boa como a da Madeira, planta-o. É tão certo ele nascer como nós estarmos aqui a trocar correspondência. Eu, muitas das vezes meto-os na compostagem e, qual o meu espanto enconto-os com o grelo de fora. Somente que por estas paragens é difícil dar mangas, pois o frio dá cabo das plantas. No Entanto existem por cá e, nem enxertados foram. È como as abacates, mas essas ainda consigo comer algumas.
Ai coitado do moçoilo :):):):)
ResponderEliminarPara mim instruçao nao quer dizer cultura, mas claro que pode nao estar certo... É porque eu vejo muita gente instruida que não acho nada culta... Quando falo em instruçao, é na possibilidade das pessoas poderem frequentar a escola até o seu fim (e depois a faculdade para quem quiser - mas nao penso tão longe, especialmente a mtas decadas atras)e aprender a pronunciar as palavras como elas são com o respectivo sotaque de cada um. Seja ilhas ou continente é td igual, os portugueses viveram sob o mesmo regime que eu saiba, mas outra vez, pode não estar certo, já que nao tive oportunidade de estudar a historia de portugal pq tive de estudar a historia do pais onde cresci. Os meus pais so estudaram até a 4ª classe, os meus 3 avos não frequentaram a escola, 1 avô sabia escrever mas sinceramente não sei como aprendeu, nunca me lembrei de perguntar.. Nos outros paises será que era igual? Nao me parece, já que os estrangeiros que recebemos por ca são maioritariamente de faixas etarias entre 60 e poucos e noventas e sabem escrever perfeitamente na sua lingua e até noutras, e nao me parece que sejam todos pessoas privilegiadas, mtos parecem-me de origens simples. Eu adorei falar com um sra nos seus 90 e poucos e era uma força da natureza, tinha as pernas que não lhe cabia mais uma variz, mas andava tanto a pé pela nossa ilha com a companhia do seu filho.. impressionante. Ela tinha acabado de se graduar a poucos anos e queria continuar a estudar - achei-a uma mulher mto interessante - uma sra de 90 e tal anos. Sera que estou a dizer alguma coisa "ressabiada"?? lol
ResponderEliminarJoão
ResponderEliminaré assim tão fácil ter um mangueiro? vou experimentar e se o grelo não ficar de fora queixo-me. E de castigo ofereces-me um. kisses
anónimo
ResponderEliminarPelos visto já foste ao dicionário à cata da palavra "ressabiada". Fizeste muito bem. É melhor do que falar de cor.Pronto, festinhas na cabecinha, beijinhos no carrolo e enterremos o machado de guerra. Tá bem? Volta sempre. É bem bom estes espaços onde podemos trocar ideias e palavras. não me ofendo com isto, alias o blog está aberto a todos.kisses ó madeirense anónima.
Antes uma laranjinte que uma úrsula. :)
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