Rás parta o mosquito

E olhem que eu até sou defensora dos animais indefesos mas este estapor não me deixava a testa assim que deu 9 horas no relógio da mesa de cabeceira.
Vinha de mansinho e, tungas, poisava na minha testa e eu dava uma tapona, na testa, claro, pois não acertava nele. Fugia. Voava novamente.
Levantava a cabeça e sem óculos postados na cana do nariz tentava vislumbrar o sacristo. Nada. Não via ou era da falta de vista ou ele escondia-se. Deitava a cabeça para amadornar uma coisinha. Ele regressava. Parecia que esperava por isso. Vinha e, pumba, novamente na testa. Levantava a mão, chapada bem forte. Nada. Já tinha a dita a arder como fogo e ele voava...ainda, o arrogante, a se rir da minha falta de pontaria. Poça, aqui não há quem durma, rás parta este mosquito.
Levantei-me e munida do canudo de insecticida dei uma tão forte vaporizadela que ele nem teve tempo de pedir perdão a Deus antes de entrar no reino dos céus.

Comentários

Enviar um comentário

Como? O que disse?
Não ouvi nada.
É melhor escrever...

Mensagens populares deste blogue

Tabaibos ou figos da Índia

Usar óculos é um adereço e não uma necessidade